O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 84

O Grupo Schneider acorda como uma fera adormecida: um organismo gigante, pulsando em silêncio entre aço e concreto.

No ar da manhã, há uma eletricidade sutil, uma vibração que passa despercebida pelos distraídos... mas não por Dante Bittencourt.

Ele sente.

Ele sempre sente.

Dante é um fantasma em trajes civis — discreto, mas impossível de ignorar para quem tem sensibilidade suficiente.

Sua presença densa, calculada, é como a sombra que se projeta antes da tempestade.

Onde Islanne Schneider vai, ele vai.

Silencioso. Atento. Impecavelmente preciso.

O novo guarda-costas da vice-presidente do Grupo Schneider é uma fortaleza de músculos, disciplina e olhar frio. Não fala mais do que o necessário. E observa, sempre observa.

Para Islanne, isso é o maior combustível.

A primeira investida do dia acontece em um corredor lateral do prédio administrativo. Ela sente sua presença antes mesmo de vê-lo, é como uma mudança sutil na temperatura do ar.

— Você já pensou em usar sinos no pescoço? — dispara, girando nos saltos para encará-lo com um sorriso travesso.

Dante, a poucos passos de distância, mantém os olhos atentos nos arredores e responde seco, sem desviar a atenção:

— Assim eu estragaria o efeito surpresa.

Islanne ri, aquele tipo de riso que reverbera como uma provocação descarada.

— Efeito surpresa? — ela debocha. — Isso aqui é um escritório, não um campo de batalha.

— Ainda não. — retruca ele, a voz baixa como uma promessa sombria.

Ela para, desafiando-o com um brilho curioso no olhar.

— Você é sempre assim? — questiona, cruzando os braços. — Tenso, contido, com essa expressão de quem está pronto para socar o próximo que respirar errado?

Dante finalmente a encara. Um movimento calculado, quase felino.

— Só com quem provoca para descobrir até onde pode ir. — responde, a voz um fio de aço.

O desafio paira entre eles, denso, cortante.

Islanne estreita os olhos, como quem reconhece um oponente à altura.

Dá mais um passo à frente, diminuindo a distância que ainda os separa.

— E já achou o seu limite, Bittencourt? — ela sussurra, como se fosse um segredo compartilhado apenas entre eles.

Dante a encara com uma calma gelada.

— Ainda não. — diz, a voz carregada de intenção. — Mas não se preocupe. Quando chegar perto... você vai sentir.

Por um segundo, o corredor inteiro parece prender o fôlego.

Islanne sorri, um sorriso perigoso, quase predatório.

— Eu sou um problema, sabia? — provoca, inclinando ligeiramente o corpo.

— Eu sou a solução. — devolve ele, sem piscar.

Ela ri, um som suave e malicioso, antes de girar sobre os saltos altos e seguir adiante, seus passos ecoando no mármore do piso.

Dante a segue, como uma sombra que respira.

O jogo havia começado.

Mas quem estava realmente no controle?

Mais tarde, no estacionamento subterrâneo, Islanne decide testar ainda mais seus limites.

Ela para abruptamente diante do carro, jogando a bolsa no banco do motorista com um movimento teatral.

Vira-se, braços cruzados, postura desafiadora.

— Vai ficar grudado em mim até quando, Bittencourt? — dispara, a voz carregada de veneno doce.

Dante não hesita.

A sombra  e o Desafio 1

A sombra  e o Desafio 2

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