O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 87

O relógio digital pisca 18h12 quando Marta se despede de Monica com um sorriso suave nos lábios, ainda imersa no conforto de um dia produtivo. Há uma luz serena em seu olhar, a promessa de uma noite especial vibrando em seu peito.

— Vou para casa preparar um jantar incrível pro Jonathan. — diz ela, abraçando a bolsa contra o corpo.

— Hoje ele merece um carinho dobrado.

Marta atravessa o estacionamento, onde as sombras já engolem os carros estacionados em uma penumbra quase sólida. O ar fresco da noite arrepia sua pele exposta e ela aperta a chave entre os dedos, um gesto instintivo de autoproteção.

Mas a noite, essa velha traidora, fecha-se em volta dela com dentes invisíveis.

Um estalo seco.

Um puxão brutal.

Um braço forte e agressivo se enrosca em volta de sua cintura, e o frio implacável do cano de uma arma se encaixa entre as suas costelas como uma sentença de morte.

— Entra no carro. Agora, sua vadiia. — sibila o sequestrador contra o seu ouvido, a respiração dele quente e apodrecida pela insanidade.

— Sem escândalo. Sem heroísmo. Ou eu te apago aqui mesmo.

O estômago de Marta despenca, mas a sua mente, treinada pelas circunstâncias difíceis da vida, mantém o corpo firme. Não grita. Não cede. Seus olhos, brilhando de terror contido, procuram desesperadamente uma saída, uma brecha, qualquer coisa que a salve desse pesadelo.

— Você é minha! — o homem rosna, apertando-a com mais força, fazendo-a sentir cada palavra como um açoite. — Só minha! Eu esperei tanto... tanto! E agora ninguém vai te tirar de mim... Ninguém! Nem ele!

A loucura goteja da voz dele como veneno.

Em um momento, ele fala como um amante rejeitado; no outro, como um carrasco decidido a vingar uma dor que só ele entende.

— Jonathan vai pagar... — murmura entre dentes cerrados. — Vou destruir tudo o que ele ama. Começando por você, boneca...

O tempo parece se esticar em uma corda fina prestes a arrebentar.

Passos firmes ecoam pelo concreto. Duros. Frios. Precisos.

— SOLTA. ELA. AGORA! — A voz de Eduardo corta o ar como um estalo de chicote, implacável.

Ele surge da escuridão com a arma em punho, apontada com precisão mortal para o sequestrador. A postura de Eduardo é impecável, sólida, firme, sem um traço de hesitação. Um predador treinado para caçar predadores.

O sequestrador hesita. O ódio em seus olhos se mistura ao pânico. Ele aperta Marta ainda mais contra o seu peito, como se pudesse fundi-la ao próprio corpo.

— Ninguém tira ela de mim! Nem você! Nem o maldito presidente dessa merrda! — cospe, a voz rachada entre desespero e a fúria cega.

Dentro da sala de reuniões na presidência, o rádio chia seco, cortando a conversa entre Ravi, Islanne e Jonathan.

— Central para Delta Zero. Código vermelho. Sequestro confirmado no estacionamento. Mulher sob mira de uma arma de fogo.

Jonathan ergue os olhos, o rosto empalidecendo numa fração de segundo.

— Quem? — Sua voz é um rugido estrangulado, o corpo já se levantando com brutalidade.

— Aparentemente... a senhora Marta Maia.

O impacto o atravessa como um tiro.

— NÃO! DE NOVO, NÃO! — Jonathan berra, a cadeira voando contra a parede.

De Novo, Não 1

De Novo, Não 2

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