O som dos gritos ecoa pelo estacionamento como um trovão que rompe a calmaria traiçoeira da noite. Tudo acontece rápido, como o estouro de uma tempestade anunciada.
— AGORA! — urra Eduardo, a voz rasgando o ar, carregada de pura fúria.
Ele se lança como um míssil, rasgando a distância entre ele e o agressor. Agarra o braço do sequestrador com brutalidade, a arma voa de suas mãos, girando no ar como um pássaro ferido. Marta é empurrada brutalmente para longe, seu corpo rolando pelo chão áspero, um grito de dor escapando de sua garganta.
Sem hesitar, Eduardo desfere um soco tão violento que o som do impacto reverbera, deixando o homem cambaleante. Antes que o agressor recupere o equilíbrio, Dante surge, preciso, letal. Um golpe seco atinge o pescoço. Outro, mais calculado, estilhaça o ombro. O sequestrador desaba, inconsciente, como uma marionete de cordas cortadas.
No exato momento, Jonathan aparece. Um furacão de desespero e raiva atravessando o estacionamento.
— MARTAAA!
Seus olhos capturam a imagem que destruiria qualquer outro homem: o sangue manchando o chão, o corpo da mulher que ama caída, frágil, vulnerável. O coração dele se despedaça sem piedade.
Jonathan se atira ao chão, recolhe Marta em seus braços com um cuidado desesperado, como se segurasse um cristal prestes a se estilhaçar.
— Meu amor! Meu Deus, Marta! Fala comigo! Me responde! — ele grita, insano, a voz embargada, sufocada pela angústia.
Marta, zonza, abre lentamente os olhos, a dor estampada em cada linha de seu rosto.
— Eu... tô viva... o Eduardo... me salvou... — ela geme, lutando para manter a consciência.
Jonathan a aperta contra o peito, lágrimas pesadas deslizando por seu rosto. Ele a abraça como se pudesse protegê-la de todo o mal que existe no mundo.
Dante observa em silêncio, olhos cortantes, atento a cada detalhe. A equipe de segurança já domina o perímetro.
— Bom trabalho, irmão. — Dante diz, a voz firme e fria como gelo. — Agora deixa comigo. Cuidem dela. Eu resolvo o resto.
Jonathan beija a testa de Marta, seus lábios trêmulos. Ela respira. Ela está viva. E ele também.
— Você nunca mais vai sair sozinha. Nunca mais! — jura, a voz rachando de emoção. — Se alguém tocar em você de novo, eu mato. Eu juro por Deus, que eu MATO!
O sequestrador, ainda tentando se erguer, balbucia palavras desconexas. Eduardo não perde tempo. Um soco devastador explode em seu maxilar. O som seco do impacto é o único ruído no silêncio pesado do estacionamento.
— Apagado. — Eduardo declara, jogando o corpo do homem no chão com desprezo.
Jonathan se ergue com Marta nos braços. Seus olhos são brasas ardendo em ódio contido. As mãos tremem, mas não de medo, de fúria contida.
— Esse desgraçado vai falar. Nem que seja no inferno. — ele rosna entre os dentes cerrados.
— Sala escura. Agora. — ordena Ravi, sua voz tão fria que parece congelar o ar.
Seguranças arrastam o agressor inerte como um saco de lixo esquecido. Mas a verdadeira batalha está apenas começando.
Jonathan caminha pelos corredores da sede do Grupo Schneider. Cada passo é um martelar de fúria silenciosa. Cada funcionário que vê a cena se cala, como se o peso daquele momento esmagasse qualquer reação.
O rosto ferido de Marta, pálido, seu corpo ainda aquecido, é a única âncora que mantém Jonathan lúcido.
— Vai ficar tudo bem, meu amor. Eu tô aqui. — ele sussurra, maxilar travado, os olhos em chamas.
Na enfermaria, a equipe médica já está preparada. Jonathan a deita sobre a maca, sem soltar sua mão. Nem por um segundo.
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