O corredor sombrio que leva até a sala de interrogatório parece se estender infinitamente. Cada passo de Jonathan é um anúncio de morte, um prenúncio de agonia. A porta de aço se fecha atrás dele com um estrondo ensurdecedor, isolando o local do mundo exterior. Lá dentro, o ar é pesado, úmido, e o cheiro metálico de sangue fresco domina tudo, misturado ao odor agridoce do medo.
Na escuridão quase total, o homem amarrado à cadeira de metal luta contra as próprias amarras, inútil como um animal à beira do abate. O suor escorre em rios pela testa suja, misturando-se ao sangue que desce da testa cortada, pingando no chão de concreto. Seus olhos, arregalados de puro terror, vasculham as sombras em busca de misericórdia... mas encontram apenas o silêncio gélido da morte anunciada.
De pé à frente dele, Eduardo é a personificação da ameaça silenciosa, braços cruzados, a expressão impassível como a de um carrasco antes da execução. Ao seu lado, Ravi ajusta lentamente as luvas pretas, como um cirurgião que sabe exatamente quais nervos cortar primeiro para prolongar o sofrimento.
— Sem teatro. — diz Eduardo, a voz baixa e cortante como lâmina. — Quem te mandou?
O sequestrador tenta se agarrar a um fiapo de coragem, forçando um sorriso trêmulo que denuncia o pânico escondido sob a superfície.
— Eu... não falo... com capangas... — cospe, sangue jorrando do canto rasgado da boca.
O primeiro soco de Eduardo vem com a brutalidade de uma explosão. Um golpe certeiro no estômago que faz o corpo do homem se curvar como se as suas entranhas tivessem sido arrancadas. O gemido agonizante dele é abafado quando Ravi cola uma fita grossa sobre sua boca.
— Aqui você não tem escolha. Só dor. — sussurra Ravi em seu ouvido, o hálito frio como o de um espírito vingativo.
Sem perder tempo, Ravi retira uma seringa pequena do bolso e injeta o líquido transparente no pescoço do prisioneiro. Em poucos segundos, o efeito é devastador: o corpo inteiro do homem começa a tremer descontroladamente. Seu coração acelera como um tambor de guerra batendo freneticamente à beira do colapso.
— Sabe o que está acontecendo? — murmura Ravi, com um meio sorriso cruel. — Agora, até seu suor vai doer. Cada batida do seu coração será uma tortura. Vai implorar para morrer. E adivinha? Nós ainda nem começamos.
Eduardo se aproxima devagar, como um predador estudando a sua presa. Ele segura a mão esquerda do sequestrador, e, com movimentos precisos, começa a quebrar os seus dedos, um por um. O estalo seco dos ossos partindo ecoa como tiros dentro da sala abafada.
— Um... — estala o primeiro dedo, o sequestrador estremece de dor.
— Dois... — o segundo dobra-se em um ângulo grotesco.
— Três... — o terceiro dedo se quebra, arrancando um grito abafado e desesperado do prisioneiro.
Ravi arranca a fita da boca do homem com violência, rasgando pele e expondo um rosto banhado em lágrimas, sangue e puro pavor.
— Quem mandou? — pergunta, a voz arrastada, impregnada de uma raiva fria e mortal.
O sequestrador gargalha, mas é uma gargalhada histérica, o riso de alguém à beira da insanidade.
— Eles vão me matar... Eu... eu não posso... — soluça, entrecortado por espasmos de dor.
Eduardo abaixa-se até ficar cara a cara com o miserável.
— Nós vamos matar você primeiro. E de um jeito que eles jamais conseguiriam. — murmura, com uma calma tão aterradora que gela o sangue.
Ravi então puxa um fio metálico e começa a desferir cortes calculados no peito do homem. O fio rasga pele, músculos, abre feridas sangrentas como se esculpisse sofrimento vivo. Cada golpe é seguido por um espasmo, um grito, uma prece sem som por misericórdia que nunca virá.
A sala parece vibrar com os gemidos e o cheiro de carne cortada... até que a porta se escancara.
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