Resumo do capítulo 133 - É HORA DE DIZER ADEUS do livro O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de 133 - É HORA DE DIZER ADEUS, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Por volta das oito da manhã, o quarto ainda guardava o silêncio pesado de uma madrugada maldormida. O sol já invadia o quarto por entre as frestas da cortina, mas Thor ainda estava ali, jogado na cama, mergulhado em um sono pesado e inquieto. O cheiro do vestido de Karina, abandonado ao lado do travesseiro, ainda impregnava o ambiente. Ele despertou devagar, os olhos pesados, como se o corpo resistisse a acordar. A cabeça latejava, o peito doía. Espreguiçou-se lentamente, sentindo um desconforto estranho, uma espécie de vazio que começava no peito e se espalhava pelas veias como um sopro gelado. Como se estivesse se desprendendo de algo — ou de alguém.
Esticou a mão e pegou o celular sobre o travesseiro. A tela se acendeu: dezenas de notificações. E-mails, mensagens, alertas. Ele olhou por alguns segundos, mas não teve ânimo para ler nada. Bloqueou a tela e largou o aparelho sobre a cama. Respirou fundo, ainda sentado, olhando fixamente para o nada.
Seus olhos pousaram sobre a foto no criado-mudo. Ele e Karina, abraçados na praia de Cancún em lua de mel. Os cabelos dela bagunçados pelo vento, o sorriso largo, os olhos brilhantes. Ele também sorria naquela imagem, como se nada pudesse atingi-los. Como se a vida fosse eterna. Mas não era. Era uma lembrança cruel. Um lembrete de tudo o que haviam sido... e do que não eram mais.
Passou as mãos pela nuca, girou a cabeça lentamente, como se estivesse se alongando, tentando despertar um corpo que parecia carregar uma tonelada de sentimentos não resolvidos. Respirou fundo, como se preparando o coração para uma decisão definitiva.
Levantou-se da cama, os pés tocando o chão frio com firmeza. Caminhou até a suíte.
Caminhou lentamente até a suíte. A luz clara do banheiro o atingiu em cheio quando ele acendeu a lâmpada. Encostou-se na pia de mármore, olhou-se no espelho. Estava com os olhos inchados, barba por fazer, marcas do travesseiro no rosto. Lavou o rosto com água fria, tentando afastar o torpor. Ficou alguns segundos com as mãos apoiadas na bancada, cabeça baixa.
Então ergueu o olhar e, encarando o próprio reflexo, murmurou com voz baixa, quase um sussurro:
— É hora de dizer adeus, Thor.
Respirou fundo. Molhou o rosto de novo. A água escorria pelo pescoço, como se quisesse purificar não só o corpo, mas também a alma.
Voltou ao quarto. Caminhou até o pé da cama. Olhou para cima. Na parede, uma enorme foto em preto e branco dos dois: Karina estava sentada em seu colo, rindo, o rosto colado ao dele. Uma cena íntima, cheia de ternura. Aquela foto era de pré-wedding deles na Tailândia.
— Karina... — disse ele, com a voz trêmula. — Me perdoe. Mas eu preciso deixar você ir. Eu preciso encerrar esse capítulo na minha vida e virar a página. Nunca vou esquecer você... e o nosso filho. Eu te prometo.
Ficou em silêncio por alguns segundos. Como se esperasse ouvir a voz dela, um sinal, qualquer coisa.
— Eu encontrei alguém que vale a pena lutar. — A voz agora firme. — Tentei de todas as formas resistir, mas... — ele deu uma risada breve, com amargura e doçura misturadas — ...não consigo mais pensar numa vida sem aquela atrevida. Não posso perder ela.
Deu um passo para trás, ainda olhando para a foto.
— Você é o meu passado... e Celina, meu presente.
Pegou o celular de volta. Procurou o contato da senhora Cortez, a governanta da mansão de seus pais há mais de uma década, na mansão que morou com Karina e atualmente em sua cobertura.
— Bom dia, senhora Cortez. — disse assim que ela atendeu. — Preciso que providencie uma equipe para retirar todos os pertences da Karina e do Théo da mansão. Ainda hoje.
Houve um breve silêncio do outro lado da linha. A voz da senhora Cortez soou surpresa, quase engasgada:
— Como quiser, meu filho...
— Obrigado, senhora Cortez. — Ele desligou.
Imediatamente, ligou para seu advogado.
— Preciso colocar a mansão à venda. Quero o anúncio pronto hoje. — reforçou.— Hoje mesmo.
— Entendido, senhor Thor. Providenciarei imediatamente.
Quando desligou, sentiu um vazio, mas também uma leveza que não sentia há anos. Estava, enfim, se permitindo recomeçar.
Com o celular ainda na mão, calçou os sapatos. Antes de sair, deu uma última olhada no quarto. Era estranho como aquele espaço, que já foi sinônimo de amor, agora parecia apenas um depósito de memórias. Fechou a porta atrás de si.
Foi para a garagem. Entrou em seu carro. O caminho até sua cobertura durou pouco mais de uma hora, mas Thor quase não percebeu o tempo passar. Dirigia com firmeza, olhar fixo na estrada, como se não pudesse permitir nenhum desvio — nem de rota, nem de decisão.
Ao chegar, estacionou o carro e subiu direto pelo elevador privativo que dava acesso à sua sala. A porta se abriu e ele entrou, como se atravessasse um novo portal. Foi direto ao banheiro, tirando a roupa pelo caminho. Ligou o chuveiro. A água caiu forte sobre seu corpo, quente, mas não o suficiente para aliviar a dor latejante que crescia em sua cabeça.
Ficou ali, parado, por longos minutos. Os olhos fechados. O corpo doía. A cabeça latejava como se estivesse sendo arrancada em pedaços. Era como uma cirurgia emocional: dolorosa, crua, mas necessária. Estava arrancando, de dentro de si, as raízes de um amor antigo. Não para esquecer. Mas para seguir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...