O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 132

Resumo de 132 - ERA SÓ UM HOMEM EM RUÍNAS.: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 132 - ERA SÓ UM HOMEM EM RUÍNAS. – Uma virada em O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR de GoodNovel

132 - ERA SÓ UM HOMEM EM RUÍNAS. mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Depois de longos minutos, levantou-se cambaleante e seguiu até o quarto do casal. Empurrou a porta com suavidade, quase como se pedisse licença para entrar. Tudo estava exatamente como Karina deixara. Os perfumes sobre a penteadeira, as joias guardadas com cuidado, a foto dos dois na cabeceira da cama. Ele foi até o closet, hesitante. Quando abriu as portas, o cheiro dela veio como um soco no estômago.

As roupas de Karina, todas organizadas, algumas ainda com etiquetas de compras que ela nunca teve tempo de usar. Thor passou as mãos por elas, tocando cada tecido como se pudesse encontrar ali algum vestígio de calor. Pegou um dos vestidos favoritos dela, um floral leve que ela usava nos fins de tarde, e levou ao rosto. Inspirou fundo. O perfume dela ainda estava ali.

Foi demais.

Um soluço escapou, alto, doído. Thor caiu de joelhos no meio do closet, com o vestido nas mãos, o rosto enterrado no tecido. Gritou em silêncio. O peito parecia prestes a explodir. As lembranças vinham como uma avalanche — o primeiro “eu te amo”, o dia em que descobriram a gravidez, o som do coração do bebê no ultrassom, os planos de montar uma família, as tardes de domingo jogando conversa fora, os beijos sem motivo, os abraços demorados.

Ali, entre as roupas de Karina, Thor se permitiu quebrar. E quebrou. Em mil pedaços. O homem forte, determinado, seguro de si... naquele momento era só um homem em ruínas.

Já era madrugada quando voltou para o quarto. Caminhou até a cama, ainda arrumada. Tirou os sapatos, deitou-se sobre o lençol e puxou a coberta até a altura do peito. Ainda com o vestido de Karina entre as mãos, o apertou contra si como se fosse ela. Fechou os olhos, as lágrimas ainda molhando o travesseiro. A dor o anestesiava. Mas, de algum jeito, naquele abraço vazio, encontrou um pouco de consolo.

Adormeceu assim — deitado na cama que um dia foi o lar do amor de sua vida, embalado pelo perfume que um dia foi abrigo e agora era apenas memória.

E naquela noite silenciosa, a casa inteira pareceu chorar com ele.

A madrugada avançava, mas o sono de Thor era raso, inquieto. O silêncio da mansão pesava sobre ele como um cobertor sufocante. Quando o primeiro raio de sol atravessou a janela do quarto, ele ainda estava deitado, abraçado ao vestido de Karina, como se aquilo fosse tudo o que restava do mundo que construíram juntos. A luz dourada iluminava o rosto cansado, molhado pelas lágrimas da noite anterior.

Levantou-se com esforço, como se cada músculo estivesse cansado de suportar tanto sentimento. O ar ainda cheirava a ela. Cada centímetro da casa parecia sussurrar o nome de Karina em tom de lamento. Ele caminhou lentamente até a varanda e de lá avistou o quintal. O coração apertou.

Desceu as escadas como um fantasma, atravessou a sala e abriu a porta de vidro que dava para o jardim. O vento da manhã tocou seu rosto, trazendo com ele lembranças vivas demais para ignorar. Caminhou pela grama com os pés descalços, os olhos fixos na piscina. A água parada refletia o céu azul, mas nos olhos de Thor, ela refletia o passado.

Ali, naquela piscina, eles haviam vivido loucuras, risos, amor.

Lembrou-se da primeira festa que fizeram após se mudarem. Karina, com um vestido branco colado ao corpo, cabelos soltos e um copo de vinho na mão, dançando descalça ao som de uma música animada. Amigos por todos os lados, gargalhadas, brindes, mergulhos improvisados. Ele a pegou no colo e jogou na água sem aviso, e ela saiu rindo, molhada, os olhos brilhando. Depois daquela festa, fizeram amor ali mesmo, à meia-noite, sem se importar com nada — nem com o mundo, nem com o pudor. Era amor em estado bruto, livre, urgente.

Thor sentou-se à beira da piscina e passou os dedos pela superfície da água.

Deixou o escritório com o peito em brasas. As lembranças o sufocavam, mas ele não queria apagá-las. Eram tudo o que tinha.

De volta ao jardim, sentou-se novamente à beira da piscina. O sol já iluminava tudo, e por um instante, Thor fechou os olhos. Viu Karina correndo pelo quintal com uma risada solta, ele indo atrás, os dois tropeçando, rolando na grama, se beijando com aquela urgência de quem sabe que o tempo é escasso, mesmo sem saber por quê.

— Você deixou tudo tão vivo, Karina... — sussurrou, a voz embargada. — Tudo aqui ainda é você.

As lágrimas voltaram sem pedir licença. E ele deixou que viessem. Thor não tinha mais forças para fingir. Era ali, naquele quintal, cercado pelas memórias mais felizes da sua vida, que ele entendia o que era ausência: não era só a falta de alguém. Era a presença esmagadora de tudo o que foi e não será mais.

Ele levantou-se com dificuldade, os olhos inchados, o rosto molhado. Voltou para dentro da casa e subiu novamente as escadas. Entrou no quarto, deitou-se na cama.

E ali, cercado por lembranças, saudades e o som abafado da própria dor, Thor adormeceu mais uma vez. O mundo lá fora seguia seu curso indiferente, mas naquela casa... o tempo tinha parado. A dor era estática. O amor, eterno.

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