O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 171

Resumo de 171 - UM MONSTRO MAQUIADO DE NOIVA: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo do capítulo 171 - UM MONSTRO MAQUIADO DE NOIVA de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Neste capítulo de destaque do romance Romance O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

O silêncio ainda pairava como um fantasma quando Celina abriu os olhos. As lágrimas escorriam quentes por seu rosto, mas não havia mais soluços. Apenas o gosto salgado da humilhação, da dor e da injustiça. Seu corpo, caído no chão, agora parecia estranho para si mesma — como se tivesse deixado de ser vítima para tornar-se algo novo, algo ainda em formação.

Num gesto brusco, ela se ergueu. O joelho tremia, mas não vacilou. Enxugou o rosto com as mãos, apagando as lágrimas com força, como se pudesse apagar também a fragilidade que ainda restava.

— Celina, não é hora de chorar. Não é hora de sentimentalismo. É hora de agir com a razão.

A frase escapou de seus lábios como um decreto. Cada palavra, uma martelada firme no caos emocional que ainda ameaçava dominá-la. Era como se vestisse uma armadura invisível, feita de dor, lucidez e determinação. Seus sentimentos, antes à flor da pele, foram enterrados fundo, sob camadas de frieza estratégica. Uma força que ela desconhecia brotava do ventre da decepção.

Subiu os degraus com passos firmes, sentindo o peso do que deixava para trás. O coração latejava, mas ela não deixava transparecer. Os olhos ainda estavam vermelhos, a pele úmida, mas o olhar... agora era gélido. Como o de alguém prestes a travar uma guerra.

Ao chegar diante da porta do apartamento, tocou a campainha com insistência. Seus dedos pressionavam o botão repetidamente, como se o tempo estivesse contra ela. Zoe apareceu segundos depois, sorridente, com o cabelo preso em um coque improvisado e uma almofada na mão, rindo de algo que provavelmente assistia na televisão.

Mas o sorriso morreu no mesmo instante.

Diante dela, não estava a amiga que conhecia. Estava uma mulher com o rosto ainda molhado de lágrimas, os olhos inchados, os ombros tensos e uma expressão que nunca tinha visto. Uma Celina que exalava algo entre fúria e desespero.

— Meu Deus, o que aconteceu?! — Zoe largou a almofada no chão.

— Cadê meu celular? — disse Celina com voz seca, sem nenhum vestígio de emoção.

Zoe fechou a porta depressa e respondeu com cuidado:

— Está no quarto... na mesinha da cama...

Celina atravessou o apartamento sem esperar mais nenhuma palavra. Zoe foi atrás, confusa e assustada.

No quarto, Celina pegou o aparelho e discou rapidamente. Zoe, parada à porta, observava como se assistisse a uma transformação. Aquela mulher que falava ao telefone não era sua amiga sensível e romântica. Era outra pessoa, mais fria, direta, sem hesitações.

— Roberto? Preciso da sua ajuda agora.

Do outro lado da linha, seu amigo, irmão de almas respondeu com preocupação:

— Claro, minha Musa. Mas o que aconteceu?

— Depois eu te explico. Você pode vir agora?

— Chego aí em trinta minutos.

— Obrigada — disse ela, e desligou.

Zoe, ainda boquiaberta, deu um passo à frente.

— Celina... o que está acontecendo?

Celina não respondeu de imediato. Caminhou até o armário, abriu uma das portas e puxou uma mala grande. Colocou-a sobre a cama e abriu o zíper com violência.

— Zoe, me ajuda a arrumar uma mala.

Zoe se aproximou, pasma.

— Celina, não estou entendendo nada!

Sem levantar os olhos, Celina digitou outro número no celular. Zoe reconheceu aquele nome na tela: Gabriel.

A voz dele surgiu do outro lado da linha com a alegria habitual:

— Fala comigo, minha escritora favorita!

Celina, em tom seco, respondeu:

— Pra qual lugar dos Estados Unidos você vai, Gabriel?

Gabriel ficou em silêncio por um segundo, surpreso com a seriedade do tom.

— Nova York. Por quê?

— Thor acreditou nela, Zoe.

— Mentira...

Celina assentiu.

— Ele me olhou como se eu fosse um monstro. Disse que eu passei de todos os limites. Ele carregou ela nos braços e foi embora, sem ao menos me ouvir. Eu... eu fiquei lá, no chão. Perdida. Mas agora não posso mais agir com o coração.

Zoe começou a chorar.

— Você não pode fugir assim...

Celina parou, se aproximou e segurou os ombros da amiga.

— Amiga... escuta. Eu não posso ter meus filhos dentro de uma cadeia. E é isso que Isabela quer. Ela quer me destruir. Agora é hora de agir com a razão. Eu vou sair por um tempo. Mas eu volto. Eu juro por tudo que é mais sagrado, eu volto, mas de cabeça erguida.

Zoe chorava em silêncio, tentando conter o desespero.

— Não acredito que tudo isso tá acontecendo...

— Eu também não. Mas é a realidade. Me ajuda a arrumar minha mala. Tenho pouco tempo.

Juntas, as duas amigas trabalharam em silêncio. Celina pegava os itens essenciais: roupas discretas, documentos, passaporte, cartões. Zoe trouxe uma nécessaire com itens de higiene e ajudou a separar casacos para o clima frio de Nova York. O relógio corria. Cada minuto era precioso.

Zoe, entre uma peça e outra, olhou para Celina.

— Você tem certeza disso?

Celina parou e respirou fundo.

— Absoluta. Se eu ficar, Isabela vai vencer. Vai me pintar como uma agressora. Ela sabe mentir, sabe manipular. Eu preciso sair antes que ela consiga me destruir. E lá fora, com ajuda, com apoio... eu vou me reerguer. Vou me fortalecer. E aí sim, vou lutar de igual pra igual.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR