O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 222

No final da tarde, Celina e Zoe chegaram ao prédio onde Gabriel morava. Há dias tentava falar com ele, mas Gabriel simplesmente havia sumido, não atendida ligações, não respondia mensagens. Ela não conseguia ignorar o aperto que sentia. Precisava vê-lo, precisava entender.

— Tem certeza que ele está em casa? — Zoe perguntou.

—Não. Mas vamos tentar. — Celina respondeu, determinada.

Subiram e, diante da porta, Celina tocou a campainha. O coração batia acelerado, as mãos suavam. Quando a porta se abriu, Gabriel surgiu com um moletom cinza, os olhos ligeiramente cansados, os traços abatidos não passaram despercebidos por ela. Surpreso, demorou um segundo para reagir.

— Boa noite, Gabriel... esqueceu de mim? — Celina disse com um sorriso doce, tentando esconder sua preocupação.

Ele piscou, como se ainda processasse o que estava acontecendo, e depois sorriu de leve, com aquele jeitinho encantador que sempre amolecia o coração dela.

— Esquecer você, moça dos olhos preocupados? Impossível. Oi, Zoe, entrem.

Elas atravessaram a porta e Celina logo percebeu o clima: o apartamento estava com as luzes meio apagadas, algumas xícaras largadas sobre a mesa, a tv ligada em um volume baixo. Gabriel parecia abatido.

— Você está doente? — Celina perguntou.

— Acho que estou querendo ficar resfriado — ele respondeu com um sorriso fraco.

Celina caminhou até ele e encostou a palma da mão na testa dele.

— Gabriel, você está com febre. Por que você não me ligou? Não pediu ajuda?

Ele desviou os olhos, buscando forças para manter a compostura.

— Porque você passou por um susto, estava se recuperando. Eu... eu precisava me afastar de você por um tempo.

Zoe, percebendo a tensão, se levantou suavemente.

— Você já jantou, Gabriel?

— Não, ainda não — respondeu ele, surpreso com a gentileza.

— Ótimo, então vou preparar uma sopa para você. Com licença. — Zoe foi para cozinha e começou a separar os ingredientes, deixando-os sozinhos na sala.

Celina sentou ao lado dele no sofá.

— Por que você não me atendeu? Por que ignorou minhas mensagens? Achei que algo ruim tivesse acontecido.

Gabriel soltou um suspiro pesado.

— Eu fiquei muito feliz de você e Thor estarem juntos, felizes... Ele é o pai dos seus filhos. Você merecia isso. Sempre mereceu. Eu... — Ele pausou, tentando encontrar as palavras. — Eu prometi que seria seu amigo, que estaria ao seu lado independente de tudo. E isso é verdade. Mas eu também sou humano, Celina. E, para ser honesto... eu precisava desse tempo longe de você.

Ela sentiu o coração apertar.

— Eu sempre fui sincera com você. Sempre disse que amava o Thor. Nunca quis te magoar. Eu sinto muito.

— Eu sei. — Ele olhou para ela, os olhos levemente marejados, mas com um sorriso de compreensão. — Eu sabia. Mas você também foi a primeira mulher em muito tempo que me fez acreditar que eu podia sentir algo real de novo. Eu não podia fingir que não estava sofrendo.

Celina colocou a mão sobre a dele.

— Gabriel, me desculpa.

— Você não tem que pedir desculpas. Você nunca me deu falsas esperanças. Você sempre foi honesta comigo. Eu entrei nessa história sabendo que talvez nunca fosse ocupar o lugar dele. Eu sinto algo muito forte por você. Sempre senti. Só que agora, eu preciso seguir em frente, mesmo que isso doa. Por isso eu preciso desse tempo. Por isso precisei me afastar para tentar reorganizar meu coração.

Celina sentiu os olhos arderem, emocionada com a sinceridade dele.

— Você é uma pessoa incrível, Gabriel. Você é muito importante pra mim. Eu quero que você continue na minha vida. Como amigo, como família, como alguém que eu amo de verdade. Eu não quero perder sua amizade.

— E não vai. — Ele sorriu, mesmo com o brilho de tristeza nos olhos. — Eu estou bem. Vai levar um tempo, mas eu vou ficar bem. Eu quero te ver feliz. Você merece isso. Eu também quero estar presente, Você sempre terá meu apoio. E Thor... ele te ama. Isso é visível.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar