O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 248

Alguns dias haviam se passado desde a última conversa séria entre Thor e Celina. O clima entre eles estava cada vez mais leve, mais cúmplice, e a conexão, mais forte do que nunca. Thor estava no escritório da empresa, em pé, com uma das mãos no bolso e a outra segurando o celular contra a orelha enquanto observava a cidade através da imensa parede de vidro que emoldurava São Paulo. O tom da conversa era profissional, mas seus pensamentos estavam em outro lugar: na mulher que agora preenchia todos os espaços da sua vida.

Enquanto finalizava a ligação, Zoe entrou apressada, com o tablet nas mãos e um sorriso leve no rosto.

— Poderoso chefinho, — brincou ela, fechando a porta atrás de si. — vim passar sua agenda e quero saber se é pra continuar sem marcar nada nos dias que você mandou às 15h.

Thor virou-se, apoiando-se na mesa.

— Só mantenha a quarta - feira, no mesmo horário. Os outros dias pode preencher normalmente. Mesmo quando eu voltar para os Estados Unidos mantenha o horário.

Zoe assentiu e anotou no tablet.

— Entendido. Algo mais, chefinho?

Thor cruzou os braços e olhou para ela, com um leve sorriso.

— Como estão os preparativos para a festa surpresa da Celina?

Zoe sorriu.

— Tudo indo conforme o planejado. Local reservado, cardápio acertado. Tudo vai ser impecável. Só estou finalizando com a confirmação dos convidados. Mas, sabe, ela vai desconfiar se a gente não tomar cuidado.

— Ela já está desconfiada Zoe. Por isso estou evitando de falar ao telefone em casa. Só que, nada melhor que um pouco de carinho para amansar a ferinha. Você precisa dar um jeito de levá-la para comprar uma roupa. — Thor disse, com um ar decidido. — Você é a única que consegue fazer isso sem levantar suspeitas.

Zoe riu, cruzando os braços.

— Deixa comigo. Já sei exatamente como convencê-la. Vou usar o velho truque e dizer que você precisa ir a um jantar beneficente importante, daqueles de última hora, e que ela precisa te acompanhar. Assim, teremos que ir comprar um vestido "para o jantar" e, de quebra, eu já aproveito para comprar o vestido dela para o aniversário. Ela não vai suspeitar de nada.

— Perfeito — Thor disse, satisfeito. — E Zoe, obrigado por tudo. Quero ela deslumbrante naquele dia, Zoe. Vai ser uma noite inesquecível pra ela. Celina merece cada detalhe.

Zoe assentiu com carinho.

— Vai ser, pode deixar comigo, poderoso chefinho — Zoe piscou, já empolgada com a missão. — É visível o amor que você tem por ela. Algo raro de se ver hoje em dia.

Thor não respondeu de imediato. Apenas olhou para a vista da cidade e depois voltou os olhos para Zoe.

— Ela é a mulher da minha vida, Zoe. E eu quero que ela se sinta especial. Que ela se sinta amada, como ela nunca foi antes.

Zoe sorriu, tocada pela sinceridade dele.

— Pode deixar comigo, chefinho. Vamos fazer isso acontecer.

Eles finalizaram os detalhes e Zoe saiu da sala, determinada a executar o plano sem falhas. Enquanto isso, Thor voltou a olhar a cidade, seu coração leve, mas ansioso. Ele sabia que surpreender Celina seria uma forma de reafirmar tudo que sentia por ela. E ele não mediria esforços para fazê-la feliz.

Na parte da tarde, Thor estava concentrado lendo e respondendo e-mails importantes. Seus olhos percorriam rapidamente a tela, os dedos ágeis no teclado, a expressão fechada e focada. Ele sequer percebeu a porta se abrindo até que uma voz feminina, carregada de intenção, ecoou pela sala.

— Olá, Thor. — A tal modelo entrou jogando seu charme. — Estava com saudades de você... Não me procura mais.

Thor manteve o olhar fixo no monitor, indiferente.

— Estou bastante ocupado. — Ele respondeu friamente, sem desviar os olhos da tela.

Ela se aproximou mais, inclinando-se sobre a mesa com um sorriso insinuante.

— Foi tão bom o que tivemos, você não sente falta? Não acredito que vai se prender a uma mulher... Você não é assim, Thor. Lembra? O que tivemos foi perfeito: sem cobranças, sem compromissos.

Thor finalmente ergueu os olhos para ela, a expressão firme e cortante.

— O que tivemos foi apenas isso: casual. Sem importância. Já passou. E eu faço questão de deixar isso bem claro.

Ela arqueou a sobrancelha, desafiadora.

— Você vai realmente abrir mão de tudo isso? Por quê? Por ela?

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