O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 264

O céu estava encoberto naquela noite. Nuvens cinzentas se acumulavam como a pressão no peito de Thor. Ele dirigia como se cada segundo fosse precioso, como se cada batida do coração o empurrasse com mais fúria em direção ao que precisava enfrentar.

— Seu maldito... filho da puta... isso acaba hoje! — rosnou entre dentes cerrados, acelerando.

Enquanto isso, na cobertura, Celina andava de um lado para o outro como uma leoa enjaulada. O celular tremia em suas mãos, mas Thor não atendia.

— Amor, pelo amor de Deus... me atende... — a voz dela saía entrecortada, afogada em lágrimas. — Não faz isso comigo... não vai atrás dele...

Ela deixou o telefone escorregar dos dedos, apertando o rosto com as mãos, o desespero transbordando.

— Zoe, ele não atende! — gritou, a voz falhando. — O que eu faço? Como eu vou atrás dele? Por que eu fui ver aquela droga daquele vídeo?! Se acontecer alguma coisa com o Thor... — ela respirou fundo, em soluços — a culpa vai ser minha...

— Celina, calma... — Zoe tentava conter a própria aflição, mas os olhos denunciavam o medo. — Estou tentando falar com o Arthur, tá? Mas você não tem culpa de nada, escutou? Para com isso!

Ela ligou, andando de um lado pro outro.

— Arthur, onde você está, pelo amor de Deus?! A terceira guerra mundial está explodindo aqui e você simplesmente sumiu!

Do outro lado da linha, a voz de Arthur surgiu calma. — até demais.

— Calma, linda. Peguei um engarrafamento... Não tenho culpa. O que está acontecendo?

— Não dá para ter calma, Arthur! — explodiu Zoe, com os olhos marejados. — O psicopata do César mandou o pendrive pra Celina com o vídeo da aposta! Quando eu cheguei com Thor da empresa, ela estava vendo tudo!

Celina, sentada no sofá, ergueu o rosto.

— Você já sabia da aposta? — perguntou, rindo de nervoso enquanto enxugava o rosto. — Por que não me contou, Zoe?

Zoe fechou os olhos.

— Meu Deus, Arthur... Eu sei que isso já é passado, que vocês eram outros... mas Thor surtou! Você sabe exatamente como é seu amigo. Ele foi atrás do César! Você entendeu a gravidade disso? E para completar, seguranças não estão deixando Celina sair. — disse Zoe, com a voz embargada, fazendo um gesto com a mão para Celina esperar.

— Estou quase chegando, amor... — Arthur respondeu, agora com a voz mais séria. — Porra, Thor caiu direitinho na provocação desse desgraçado...

Celina apertava o celular nas mãos, tentando ligar de novo. Nada.

Arthur também tentava. Nada.

O silêncio da linha era um grito que ecoava entre eles.

Quando Thor chegou à imensa mansão de César, ele parou o carro de forma abrupta, descendo como uma tempestade prestes a se formar. O segurança já estava em posição.

— CÉSAR! — berrou, a voz ressoando na rua. — SEU FILHO DA PUTA DESGRAÇADO! SE FOR HOMEM, VEM AQUI FORA, TEMOS CONTAS PRA ACERTAR!

Thor avançou com passos pesados até o portão da propriedade, o maxilar travado e os olhos ardendo de raiva. O segurança se colocou à frente, estendendo um braço para bloqueá-lo.

— Me desculpe, senhor, mas não estou autorizado a permitir sua entrada. Vou ter que pedir que se afaste imediatamente.

Thor nem piscou. O peito subia e descia rápido, como um animal prestes a atacar.

— Saia da minha frente... — rosnou entre dentes cerrados. — Ou vai se machucar junto com ele.

Thor se moveu como um touro enfurecido, os olhos cravados na fachada da mansão como se pudesse atravessá-la com o olhar.

— VAI SE ESCONDER ATRÁS DE SEGURANÇAS, CÉSAR? SEJA HOMEM, PORRA!

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