Arthur afastou a tábua de frios com um gesto rápido, colocando-a no chão, sem desviar os olhos dela. Zoe sorriu, sentindo o coração acelerar.
— Cuidado, doutor... — ela brincou, a voz ficando mais baixa.
— Não tem mais volta, senhorita Zoe. Você está presa comigo nessa cabana até segunda ordem.
— E qual seria essa ordem?
Arthur a puxou delicadamente para o seu colo, deixando que suas mãos a explorassem com delicadeza. Beijava sua nuca, os ombros, o rosto, enquanto ela se entregava aos arrepios.
— Vou te mostrar o quanto eu te amo. Mesmo sem ultrapassar o limite.
Zoe assentiu, entrelaçando os dedos nos cabelos dele. A forma como ele a tocava era reverente, apaixonada. Arthur beijava sua barriga por cima do moletom, deslizava as mãos pelas coxas dela, murmurava palavras ousadas e doces em seu ouvido, e Zoe sentia o corpo inteiro pegar fogo.
— Eu vou enlouquecer você até o altar. — ele sussurrou.
— Isso é tortura psicológica. — ela gemeu, rindo.
Os dois sorriram juntos, mas o calor não passava. Arthur deitou-se ao lado dela, ainda a acariciando. Os corpos se encaixavam, e mesmo sem consumar o ato, a intimidade que compartilhavam era profunda e arrebatadora.
No outro dia, Zoe e Arthur tomavam café da manhã. A mesa rústica estava decorada com flores silvestres e uma seleção caprichada de pães, frutas frescas, queijos e sucos. Zoe, usando um roupão branco e com os cabelos presos num coque leve, tomava seu café sorrindo, os olhos ainda brilhando com o encanto da noite anterior.
Arthur a observava com aquele olhar firme e apaixonado que ela já conhecia tão bem. Usava também um roupão branco, descalço, com uma xícara de café entre os dedos.
— Dormiu bem? — ele perguntou, com um sorriso preguiçoso, os olhos fixos nela.
— Dormi como um bebê... depois que você parou de me provocar. — respondeu Zoe, mordendo uma fatia de melancia.
Arthur sorriu, pegando uma uva do prato dela com a maior cara de pau.
— Você também sabe provocar, Zoe.
Ela sorriu, divertida, e cruzou as pernas sob a cadeira, o roupão se ajustando ao corpo.
Pouco tempo depois, os dois estavam na parte externa da cabana, onde a jacuzzi jorrava água em borbulhas convidativas, envolta pela vegetação e por uma cerca de madeira rústica. O sol da manhã deixava o ambiente ainda mais acolhedor, e o canto dos pássaros compunha uma trilha sonora natural.
Zoe entrou primeiro, devagar, deixando o roupão escorregar até os pés, revelando um biquíni branco de crochê que valorizava cada curva do seu corpo. Arthur, ao vê-la, prendeu a respiração por um segundo.
— Isso devia ser proibido. — ele murmurou, entrando na água logo atrás dela.
Zoe se virou com um sorriso malicioso nos lábios e se acomodou entre as pernas dele, de costas, deixando o corpo relaxar sobre o dele.
— Ai, que delícia... — suspirou ela. — Isso é melhor que massagem.
— Nada é melhor do que ter você aqui comigo. — sussurrou Arthur, colando os lábios no pescoço dela e espalhando beijos suaves por ali.
Ela fechou os olhos por um instante, sentindo o toque dele e o calor da água misturado ao calor que se acendia dentro dela.
— Arthur... — murmurou Zoe, virando-se de frente para ele, acomodando-se no colo do noivo com as pernas encaixadas nas dele. — Eu conto os dias...
Ela se aproximou, colando os lábios perto do ouvido dele, e murmurou com um brilho travesso no olhar:
— Quem disse que estou brincando? Estamos em jejum espiritual, doutor. Corpo e alma se preparando para o grande dia.
Enquanto isso, em São Paulo, em um apartamento sofisticado, mas de atmosfera fria, Isabela andava de um lado para o outro, segurando o celular com força.
— Continue ligando, querida... — disse com a voz carregada de veneno. — Manda mensagem, aparece na sala dele, finge que é coincidência. Fica no pé dele. Uma hora a noivinha do doutorzinho vai surtar. Confia em mim.
Do outro lado da linha, a médica hesitava.
— Mas Isabela... eles parecem bem. Eu tentei. Ele mal me dá atenção. Acho que não está adiantando... O Arthur está realmente mudado. O casamento está chegando. Acho que perdi ele.
Isabela sorriu. Um sorriso frio, amargo, calculado.
— Ah, minha ingênua... você realmente acha que esses casais de conto de fadas duram para sempre? Aquilo ali é só fachada. Espera só a pressão aumentar... o ciúme corroer, a confiança rachar. Pode ter certeza que ela começou a duvidar dele, a se sentir insegura... É aí que tudo desmorona.
Ela foi até a varanda e acendeu um cigarro, o olhar fixo na cidade lá embaixo.
— Aquela "Zoezinha"... vai se arrepender amargamente por ter encostado a mão em mim. Ela vai desejar nunca ter cruzado meu caminho. E quando tudo isso acabar... quando o doutor estiver desfeito daquela ilusão patética... você vai estar lá. Linda, paciente, conveniente.
Ela deu uma tragada longa e soltou a fumaça devagar, saboreando o momento.
— O sabor da vingança, querida... é como um vinho raro: quanto mais tempo fermenta, mais doce e intenso ele fica. Nosso plano vai dar certo. E quando chegar a hora... ninguém vai nos parar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...