Entrar Via

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 279

Arthur afastou a tábua de frios com um gesto rápido, colocando-a no chão, sem desviar os olhos dela. Zoe sorriu, sentindo o coração acelerar.

— Cuidado, doutor... — ela brincou, a voz ficando mais baixa.

— Não tem mais volta, senhorita Zoe. Você está presa comigo nessa cabana até segunda ordem.

— E qual seria essa ordem?

Arthur a puxou delicadamente para o seu colo, deixando que suas mãos a explorassem com delicadeza. Beijava sua nuca, os ombros, o rosto, enquanto ela se entregava aos arrepios.

— Vou te mostrar o quanto eu te amo. Mesmo sem ultrapassar o limite.

Zoe assentiu, entrelaçando os dedos nos cabelos dele. A forma como ele a tocava era reverente, apaixonada. Arthur beijava sua barriga por cima do moletom, deslizava as mãos pelas coxas dela, murmurava palavras ousadas e doces em seu ouvido, e Zoe sentia o corpo inteiro pegar fogo.

— Eu vou enlouquecer você até o altar. — ele sussurrou.

— Isso é tortura psicológica. — ela gemeu, rindo.

Os dois sorriram juntos, mas o calor não passava. Arthur deitou-se ao lado dela, ainda a acariciando. Os corpos se encaixavam, e mesmo sem consumar o ato, a intimidade que compartilhavam era profunda e arrebatadora.

No outro dia, Zoe e Arthur tomavam café da manhã. A mesa rústica estava decorada com flores silvestres e uma seleção caprichada de pães, frutas frescas, queijos e sucos. Zoe, usando um roupão branco e com os cabelos presos num coque leve, tomava seu café sorrindo, os olhos ainda brilhando com o encanto da noite anterior.

Arthur a observava com aquele olhar firme e apaixonado que ela já conhecia tão bem. Usava também um roupão branco, descalço, com uma xícara de café entre os dedos.

— Dormiu bem? — ele perguntou, com um sorriso preguiçoso, os olhos fixos nela.

— Dormi como um bebê... depois que você parou de me provocar. — respondeu Zoe, mordendo uma fatia de melancia.

Arthur sorriu, pegando uma uva do prato dela com a maior cara de pau.

— Você também sabe provocar, Zoe.

Ela sorriu, divertida, e cruzou as pernas sob a cadeira, o roupão se ajustando ao corpo.

Pouco tempo depois, os dois estavam na parte externa da cabana, onde a jacuzzi jorrava água em borbulhas convidativas, envolta pela vegetação e por uma cerca de madeira rústica. O sol da manhã deixava o ambiente ainda mais acolhedor, e o canto dos pássaros compunha uma trilha sonora natural.

Zoe entrou primeiro, devagar, deixando o roupão escorregar até os pés, revelando um biquíni branco de crochê que valorizava cada curva do seu corpo. Arthur, ao vê-la, prendeu a respiração por um segundo.

— Isso devia ser proibido. — ele murmurou, entrando na água logo atrás dela.

Zoe se virou com um sorriso malicioso nos lábios e se acomodou entre as pernas dele, de costas, deixando o corpo relaxar sobre o dele.

— Ai, que delícia... — suspirou ela. — Isso é melhor que massagem.

— Nada é melhor do que ter você aqui comigo. — sussurrou Arthur, colando os lábios no pescoço dela e espalhando beijos suaves por ali.

Ela fechou os olhos por um instante, sentindo o toque dele e o calor da água misturado ao calor que se acendia dentro dela.

— Arthur... — murmurou Zoe, virando-se de frente para ele, acomodando-se no colo do noivo com as pernas encaixadas nas dele. — Eu conto os dias...

Ela se aproximou, colando os lábios perto do ouvido dele, e murmurou com um brilho travesso no olhar:

— Quem disse que estou brincando? Estamos em jejum espiritual, doutor. Corpo e alma se preparando para o grande dia.

Enquanto isso, em São Paulo, em um apartamento sofisticado, mas de atmosfera fria, Isabela andava de um lado para o outro, segurando o celular com força.

— Continue ligando, querida... — disse com a voz carregada de veneno. — Manda mensagem, aparece na sala dele, finge que é coincidência. Fica no pé dele. Uma hora a noivinha do doutorzinho vai surtar. Confia em mim.

Do outro lado da linha, a médica hesitava.

— Mas Isabela... eles parecem bem. Eu tentei. Ele mal me dá atenção. Acho que não está adiantando... O Arthur está realmente mudado. O casamento está chegando. Acho que perdi ele.

Isabela sorriu. Um sorriso frio, amargo, calculado.

— Ah, minha ingênua... você realmente acha que esses casais de conto de fadas duram para sempre? Aquilo ali é só fachada. Espera só a pressão aumentar... o ciúme corroer, a confiança rachar. Pode ter certeza que ela começou a duvidar dele, a se sentir insegura... É aí que tudo desmorona.

Ela foi até a varanda e acendeu um cigarro, o olhar fixo na cidade lá embaixo.

— Aquela "Zoezinha"... vai se arrepender amargamente por ter encostado a mão em mim. Ela vai desejar nunca ter cruzado meu caminho. E quando tudo isso acabar... quando o doutor estiver desfeito daquela ilusão patética... você vai estar lá. Linda, paciente, conveniente.

Ela deu uma tragada longa e soltou a fumaça devagar, saboreando o momento.

— O sabor da vingança, querida... é como um vinho raro: quanto mais tempo fermenta, mais doce e intenso ele fica. Nosso plano vai dar certo. E quando chegar a hora... ninguém vai nos parar.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR