O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 304

Thor percebeu e se aproximou:

— Você tem certeza que está nervoso pelo casamento ou por algo que não conseguiu contou?

Arthur respirou fundo.

— Eu sei que não fui totalmente honesto com ela. E isso me corrói por dentro. Mas tenho tanto medo de perdê-la...

Thor não insistiu. Apenas deu um tapa de leve no ombro do amigo e disse:

— Hoje é o dia de celebrar o amor. O resto você encara com maturidade e coragem quando chegar a hora.

Logo, chegaram os profissionais de beleza para preparar o noivo, o pai do noivo e os padrinhos. Cabelos, barba, sapatos engraxados, detalhes conferidos com precisão. Otto ajudou Arthur a colocar o terno, ajeitando a gravata borboleta com mãos emocionadas.

— Você está lindo, filho. E ela vai perder o ar quando te ver.

Arthur não respondeu. Apenas assentiu, sentindo os olhos marejarem.

Gabriel, percebendo o clima, tentou animar o ambiente com brincadeiras:

— Só falta você desmaiar no altar. Mas fica tranquilo que eu sou rápido no reflexo.

Todos sorriram, inclusive Arthur, que se sentia cada vez mais acolhido.

Pouco antes da cerimônia, o grupo desceu até os jardins para algumas fotos. O Palácio dos Cedros estava radiante: flores naturais por todos os lados, um corredor de tapete branco e um altar com uma estrutura romântica, em ferro fundido, envolto por heras e rosas brancas.

Arthur olhou para o céu, fechou os olhos por um instante e agradeceu. Sabia que, apesar de todo nervosismo, estava exatamente onde deveria estar. Na hora certa, com a mulher certa, rodeado por pessoas que amava.

E assim, o noivo aguardava sua princesa. O coração ainda acelerado, mas agora com a convicção de que estava prestes a viver o início do melhor capítulo de sua vida.

O jardim do Palácio dos Cedros estava deslumbrante. O sol da tarde banhava tudo com uma luz dourada, suave, como se a natureza tivesse decidido celebrar junto com Zoe e Arthur. As flores estavam em plena harmonia: tons de branco, rosa e verde compunham os arcos do altar, os caminhos floridos e os pequenos arranjos pendurados em cada assento. O som de uma orquestra ao vivo preenchia o ar com suavidade, criando um clima de encanto e expectativa.

O grande momento se aproximava.

Os padrinhos foram os primeiros a entrar. Thor surgiu com Celina ao lado, ela com sua barriga de sete meses envolta por um vestido fluido lavanda Claro, de sorriso sereno e passos firmes. Ava entrou de braços dados com Gabriel, que sorria orgulhoso ao vê-la tão elegante. Tatiana, com um vestido também lavanda claro que realçava sua gravidez, veio com Roberto, ambos irradiando alegria. Por fim, Miguel, amigo de Arthur do hospital, entrou com Rebeca, a amiga de faculdade de Zoe, ambos sorrindo emocionados.

Logo após, os pais de Arthur entraram juntos, recebidos com aplausos calorosos. Eloísa enxugava discretamente as lágrimas enquanto Otto cumprimentava alguns convidados. Em seguida, as daminhas encantaram a todos: duas pequenas floristas lançavam pétalas pelo caminho com passos delicados, e a terceira trazia as alianças numa caixinha de cristal, com as mãos tremendo de empolgação.

Todos se levantaram quando a orquestra trocou para a marcha nupcial em uma versão clássica com violinos e piano. O portão do palácio se abriu, revelando Zoe dentro de um carro antigo, um modelo vintage preto, com detalhes em prata. O coração de todos acelerou.

Zoe desceu com ajuda do motorista, o vestido de noiva flutuando ao seu redor. A renda bordada e a cauda delicada a faziam parecer uma visão celestial. Ao seu lado, Dona Maria a segurava com orgulho, emocionada por levar a filha única ao altar.

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