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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 303

O grande dia finalmente havia chegado.

Zoe despertou com o coração acelerado antes mesmo do sol nascer completamente. A claridade suave da manhã adentrava pelas janelas de seu quarto, e ela lutava contra a ansiedade. Depois de um rápido café da manhã, seguiu com sua mãe para o luxuoso Palácio dos Cedros, em São Paulo. Os detalhes clássicos da arquitetura e o inconfundível perfume de jasmim fresco preenchiam o ar. Era ali, naquele palácio de sonhos, que ela se casaria com Arthur.

Naquela semana, Zoe havia voltado dos Estados Unidos radiante. O ensaio pré-wedding tinha sido um sonho: fotos deslumbrantes capturadas nos jardins do Palácio, com o vestido leve dançando com o vento e o sorriso dela refletindo toda a emoção de uma mulher que sabia que estava prestes a viver o amor da sua vida.

Agora, o salão reservado para o dia da noiva fervilhava de emoção. Zoe vestia um robe de cetim rosé, com seu nome bordado nas costas em dourado, e estava rodeada pelas madrinhas: Ava, Celina, Tatiana e uma amiga da faculdade chamada Rebeca. Dona Maria, sua mãe, também estava ali e sua sogra Eloísa, sentadas ao lado de Zoe, observando cada detalhe com olhos marejados.

Todas as madrinhas usavam o mesmo robe de cetim rosé, e o clima era de amor, cumplicidade e celebração. Tatiana e Celina, com as barrigas bem evidentes, irradiavam felicidade. As duas estavam extremamente emotivas, trocando olhares e lenços de papel.

Zoe olhou para todas elas e sentiu o coração transbordar. Quando os cabelos começaram a ser penteados, e a maquiagem aplicada com perfeição por profissionais experientes, ela sentiu a ficha cair: ela ia se casar. Com Arthur.

Dona Maria segurou a mão da filha com delicadeza e, com a voz embargada, disse:

— Filha... Deus foi muito bom com você. Eu sempre pedi a Ele que colocasse um homem bom no seu caminho. E olha só... Ele colocou o Arthur. Que homem maravilhoso, respeitador, trabalhador. Vai cuidar de você como você merece.

Zoe sorriu emocionada, encostando a testa na da mãe.

— Mãe... é você que me ensinou tudo isso. Se sou uma mulher forte, é porque aprendi com a senhora. Se escolhi um homem bom, é porque vi você sendo uma mulher digna, que me mostrou como merecemos ser tratadas.

As lágrimas escorreram no rosto de Dona Maria. Ela passou a mão na barriga da filha, ajeitando o robe com carinho.

— Eu nunca pude te dar uma festa de princesa... Nunca tive condição, filha. Mas Deus... ah, Deus foi generoso. Ele colocou esse homem maravilhoso na sua vida, e hoje você vai ter a festa dos seus sonhos.

Tatiana se aproximou, com os olhos cheios d'água e sorriu.

— Lá vem a dona Maria me fazer chorar de novo!

Celina completou, segurando as mãos de Zoe:

— Olha, amiga... não existe vestido de noiva mais bonito que esse sorriso seu. Você está radiante! Arthur vai ficar em choque!

Ava, mais discreta, se aproximou e ajeitou um cacho solto do cabelo de Zoe:

— Eu confesso que não sou do tipo emocionada, mas... você merece tudo isso. De verdade. Você ama com tudo, se entrega, e isso é raro.

Zoe sorriu para cada uma delas. Quando o vestido foi finalmente retirado do cabide, um silêncio sagrado se fez. Era o vestido dos sonhos: off-white, com rendas delicadas, mangas longas transparentes com bordados em arabescos, e uma leve cauda que lembrava as princesas dos contos de fadas.

Celina a ajudou a vestir, enquanto Tatiana ajeitava os botões com cuidado. Quando Zoe se viu no espelho, pronta, ela levou a mão à boca, sem conter as lágrimas. Era ela. A noiva.

— Você está deslumbrante, minha filha — disse Dona Maria, emocionada. — A noiva mais linda que eu já vi.

Zoe caminhou até ela e a abraçou com ternura.

— Obrigada por tudo, mãe. Obrigada por nunca ter desistido de mim. Hoje é por nós.

— Não sei pai. E se alguma coisa aparecer do nada para querer estragar?

— Arthur o que poderia acontecer num dia de festa, num dia especial? Para de bobeira meu filho.

— O senhor tem razão, pai.

Enquanto pai e filho conversavam, os padrinhos começaram a chegar. Thor foi o primeiro. Ele abraçou Arthur com firmeza.

— Chegou o grande dia, doutor.

— Nem me fala... estou suando frio. — disse Arthur nervoso.

Roberto chegou logo em seguida, descontraído como sempre, mas com um ar de respeito. Carregava uma caixa de madeira com algo especial: uma garrafa de uísque de 12 anos.

— Nada como um gole simbólico pra acalmar esse coração. — Roberto brincou.

— Isso vai me derrubar antes do altar. — Arthur tentou sorrir.

Gabriel chegou com um sorriso largo e um olhar cúmplice. Veio acompanhado de um amigo de Arthur do hospital, Miguel, que foi residente com ele e também estava emocionado por fazer parte daquele momento.

Todos se reuniram na sala reservada para o noivo, um espaço amplo. A conversa fluiu, piadas surgiram, mas Arthur continuava inquieto. Ele se isolou por um instante no canto da sala, observando uma foto de Zoe na tela do celular.

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