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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 341

Dois dias depois, Thor havia saído cedo para resolver algumas pendências urgentes na empresa.

O dia parecia não ter fim. Mesmo com o corpo mais pesado e o cansaço evidente, Celina havia organizado tudo. Estava determinada a surpreender Thor naquela noite. As meninas logo estariam nos braços dela — a gravidez já avançada não deixava espaço para longos planejamentos —, e ela sabia que aqueles momentos a dois, ainda que simples, logo se tornariam mais raros.

Ela preparou um jantar simples, mas cheio de amor e carinho. Cada detalhe da cozinha estava em ordem, mas o ponto principal do cenário era ela mesma.

Às 19h14, o celular vibrou sobre a ilha. Uma mensagem dele:

"Amor, estou saindo da empresa agora. Chego em 30 minutos."

Celina sorriu. Levou a mão até o ventre redondo e acariciou suavemente.

— Papai já está vindo, meninas… — murmurou, com ternura.

Respondeu rápido:

"Quando chegar, sobe e toma um banho. Que vou estar te esperando na cozinha."

Ao receber a mensagem de Thor dizendo que já estava saindo da empresa, ela foi para o quarto tomar um banho rapidinho e se arrumar.

Iria vestir um blusão branco que pertencia a Thor, largo o suficiente para cobrir a lingerie nova que tinha comprando para o surpreender. Nos lóbulos das orelhas e no pescoço, iria usar o conjunto de safiras que ele lhe dera.

Celina subiu devagar, com as mãos segurando a lateral da barriga. Quando entrou no quarto, veio uma notificação no celular. Viu que era uma mensagem da mãe de Zoe. Achando que tinha acontecido alguma coisa, sentou-se na cama e pegou o celular.

Dona Maria:

“Minha filha, quando fui dar os seus livros antigos que estavam guardados aqui, eu olhei um por um pra ver se tinha algo dentro. E achei essa carta. Achei importante te mandar. Tirei a foto na hora, mas acabei esquecendo de te enviar.”

Celina achou estranho pois não tinha o costume de guardar carta em seus livros.

— Uma carta? — disse ela.

O coração de Celina deu um salto. Ela abriu a foto com as mãos trêmulas. Era uma carta com a caligrafia que ela reconheceu imediatamente. Era da sua mãe.

O coração dela bateu mais rápido.

Tocou na imagem para ampliar e começou a ler a carta…

Minha doce e amada filha Celina,

Se você está lendo esta carta, é porque meu tempo neste mundo chegou ao fim e o destino decidiu te revelar toda verdade. Meu coração se aperta por não estar mais ao seu lado, mas sei que você é forte e saberá seguir em frente. Antes de partir, preciso te contar sobre a sua história. Uma verdade que guardei todos esses anos, não por medo, mas para te proteger.

E eu vi.

Eu ouvi.

Estava ali… como quem não devia ouvir nada. Mas ouvi tudo. Cada palavra, cada insinuação, cada ameaça disfarçada de ordem.

Eles planejavam matar você. Eles tinham gente para fazer isso. Gente fria, sem alma, paga para calar vidas.

Sua mãe biológica não sabia. Não fazia ideia do que estavam tramando. Ela acreditava que te dar para adoção seria um ato de amor — a única forma de garantir a você uma vida melhor. Com afeto, cuidado, proteção… tudo aquilo que, naquele momento, ela não poderia oferecer.

Mas eu não deixei.

Naquela noite, quando tudo se preparava para acontecer, eu escolhi te proteger. Eu lutei por você. Te tirei de onde queriam te apagar. Te tomei nos braços como quem segura a vida inteira. E, desde então, você foi minha.

Não pelo sangue.

Mas por amor. Pelo instinto que gritou mais alto. Pela certeza de que você merecia viver. E mais do que isso: merecia ser amada.

Com a ajuda de um homem muito influente, alguém que conhecia os becos da lei como ninguém, eu consegui te tirar de lá. Esse homem era Gregory, o advogado por quem fui apaixonada a vida inteira. Sim… eu era amante dele. Ele era casado, tinha filhos. Nunca prometeu largar a família e me assumir. Mas me deu tudo: segurança, recursos, e o silêncio necessário para proteger você.

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