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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 380

Ele suspirou, passando o polegar pelo queixo dela.

— Tudo bem… ela sempre te ajudou. Não tem outra alternativa. Eu que lute com um banho gelado e minha solidão.

— Para de ser dramático senhor Miller. Vamos pra lá também. As meninas já estão lá. Você fica conversando com seu amigo enquanto eu ajudo a Zoe.

Thor deu um meio sorriso, mas a contrariedade estava nos olhos.

— Amor, não estou com vontade de dormir na casa de ninguém hoje. Queria esse corpinho todinho pra mim gemendo meu nome… um momento só nosso, mas como não é possível, vou para casa. Vamos?

Celina aproximou-se e lhe deu um selinho rápido.

— Se você for bonzinho, te faço uma surpresa amanhã. Vou ao banheiro. Me espera no carro que já vou.

Ela caminhou toda provocante e entrou no banheiro feminino. Depois de uns minutinhos, estava terminando de lavar as mãos quando ouviu a porta do banheiro bater com força. O som ecoou no azulejo, fazendo-a erguer os olhos para o espelho. Antes que pudesse se virar, Isabela girou a chave e trancou a porta, o clique soando como um desafio.

— Você é uma piranha vagabunda… e hoje eu vou acertar minhas contas com você! — cuspiu as palavras, a raiva queimando nos olhos.

Celina se virou lentamente, um sorriso de canto surgindo em seus lábios. A confiança no olhar dela era quase insolente.

Por que eu não me surpreendo em te ver aqui… querida? – alongando a última palavra, para deixar claro o deboche.

Isabela estreitou os olhos, um sorriso torto surgindo nos lábios.

— E por que eu não me surpreendo em ver você sempre no caminho do que é meu?

— É mesmo? Interessante… — respondeu, o tom provocativo, como se estivesse mais curiosa do que assustada.

Isabela deu passos duros até ficar a poucos metros dela.

— Você achou que eu ia aceitar você ter se tornado a senhora Miller sem fazer nada? — gritou, com a voz embargada pela fúria. — Você roubou o meu lugar! Roubou o meu homem! Você matou o César. Até ele você me tirou.

Celina inclinou levemente a cabeça, sem desviar o olhar.

— Não tenho culpa, querida, se ele… — ela deslizou a mão lentamente pelo próprio corpo, de forma calculadamente sensual — …se enfeitiçou com esse corpinho aqui, com meus olhos… e com a minha amiga. Ele é completamente viciado, não passa um dia sem se satisfazer nela. E você foi só mais uma na cama do César.

— Você é uma pobretona muito baixa. Se acha a gostosona. Mas na verdade você só pode ter feito algum feitiço pra segurar eles! — Isabela rebateu, a voz subindo um tom.

— Feitiço? — Celina sorriu, divertida. — O feitiço é a minha amiga, que eles devoram com gosto. Thor então... deixa ela cansadinha. Não tenho culpa se a tua é sem graça. É passageira... descartável. Aceita que dói menos querida!

Foi a gota d’água. Isabela avançou para agarrá-la, mas Celina reagiu com a precisão de quem não estava disposta a recuar. Segurou-a com força pelos ombros e a empurrou contra a parede, fazendo o corpo dela bater com um baque seco. Num movimento rápido, enroscou os dedos nos cabelos de Isabela e puxou com violência, arrancando-lhe um grito. Sem lhe dar tempo de reagir, a derrubou no chão, o som do impacto ecoando pelo piso frio.

Sem hesitar, Celina se lançou por cima dela, prendendo-a com o peso do corpo. Seus joelhos firmes pressionavam os braços de Isabela contra o chão enquanto sua mão direita desferia t***s rápidos e fortes.

— Isso é por ter puxado meu cabelo na cobertura do meu marido! — disse, e o estalo do tapa preencheu o banheiro.

Celina respirou fundo, deu o último tapa, e viu Isabela desmaiar com o rosto, os braços e os seios saindo sangue nas marcas do arranhões. O rosto dela estava desfigurado, os cabelos todos desgrenhados. Então se levantou, ajeitou o próprio vestido e foi até a porta. Ao destrancar, abriu com calma, como se nada tivesse acontecido.

— Está tudo bem, minha vida. Vamos embora — disse, plena.

Thor entrou, os olhos arregalados ao ver Isabela no chão, com o vestido rasgado, arranhões rosto desfigurado e marcas pelo corpo.

— O que… — ele começou, ainda sem acreditar.

Celina passou por ele, a calma no rosto contrastando com o fogo que ainda queimava em seu olhar.

— Só acertei as contas. Agora vamos, porque com o sangue quente assim… estou precisando de você pra me acalmar.

— Só acertei as contas. Agora vamos, porque com o sangue quente assim… estou precisando de você pra me acalmar.

Thor piscou algumas vezes, como se tentasse ter certeza de que não estava sonhando.

— Eu… tenho medo de você, amor. — disse, meio sério, meio surpreso, ainda encarando Isabela desacordada no chão. — Você é… perigosa demais.

Celina soltou um meio sorriso, inclinando a cabeça para ele.

— Perigosa só pra quem merece. Pra você… eu sou viciante.

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