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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 379

Thor fechou o livro com cuidado e olhou para a plateia, depois de novo para Celina.

— Esse foi o dia em que ela me disse que as bebês eram minhas. De sangue. Mas, como já sabem... mesmo que não fossem, eu as teria assumido. Porque eu já amava aquelas crianças antes mesmo de vê-las. — Ele fez uma breve pausa, a voz embargando. — Como eu poderia esquecer? Logo depois disso, nossas filhas mexeram pela primeira vez. Foi naquele momento… naquele exato instante, que o meu mundo mudou.

Ele fez uma pausa, respirou fundo e concluiu:

— Desde aquele dia na cabana, me comprometi a ser o melhor homem, o melhor marido, o melhor pai para as três mulheres da minha vida. Celina, meu amor... você lutou tanto por isso aqui. E ainda digo: é pouco. É apenas mais um degrau dessa escada que você vai subir até o topo.

E eu estarei com você. Sempre.

Parabéns, minha vida.

A plateia o aplaudiu de pé. Celina chorava. Thor desceu do palco, ajoelhou-se diante dela e entregou-lhe a chave dourada, com o nome gravado: Celina Miller.

— Isso aqui é simbólico — disse ele. — Dizem que é por abrir portas para outras escritoras. Mas, pra mim, amor, essa chave é do meu coração. Que você escancarou, sem pedir permissão. E graças a Deus por isso.

Ela o abraçou apertado, soluçando no ombro dele. A multidão, em silêncio, respeitava aquele momento como uma obra de arte viva.

Quando a emoção parecia ter atingido o auge, o editor subiu ao palco com um grande sorriso.

— Antes de encerrarmos… temos uma última revelação: Divórcio Impiedoso será adaptado para as telas. Vai virar uma série e será exibida mundialmente, levando ao mundo a linda história de vocês, Thor e Celina.

A reação foi explosiva. Gritos, lágrimas, comemoração.

Thor segurou o rosto de Celina entre as mãos e a beijou como se estivessem sozinhos no mundo. Uma chuva de pétalas de rosas brancas caiu do alto do palco, como num conto de fadas moderno.

Ela o abraçou apertado, soluçando no ombro dele. A multidão, em silêncio, respeitava aquele momento como uma obra de arte viva.

A mestre de cerimônias então do palco, falou com um sorriso caloroso.

— E agora, convidamos a autora da noite para vir ao palco e nos dizer algumas palavras.

Thor se afastou apenas o suficiente para segurar a mão de Celina. Ela respirou fundo, enxugou discretamente as lágrimas e caminhou até o palco e pegou o microfone sob aplausos calorosos.

— Boa noite… — começou, a voz embargada, mas firme. — Quando eu decidi escrever Divórcio Impiedoso, eu nunca imaginei que ele tomaria as proporções que tomou. No início, não havia um sonho grandioso de reconhecimento… havia uma necessidade. Eu precisava sustentar minhas filhas. Precisava encontrar uma forma de transformar dor em algo que pudesse nos manter de pé.

Ela fez uma pausa, respirando fundo.

— Foi muito difícil escrever. Muitas vezes, eu precisei parar… porque as palavras me traziam gatilhos. Porque lembrar de certas experiências ruins ainda doía. Mas… — sorriu levemente, olhando para a plateia — tudo valeu a pena. Porque eu entendi que o meu trabalho está servindo para mudar vidas. Para dar força. Para dizer a alguém, em algum lugar, que é possível recomeçar.

O olhar dela percorreu o jardim iluminado, parando em rostos conhecidos.

Cada página assinada e cada registro fotográfico pareciam selar não apenas a noite, mas a conexão real e profunda entre autora e público.

Mais tarde, já com o jardim mais vazio, Thor levou Celina até uma parte reservada, onde apenas o barulho das folhas ao vento quebrava o silêncio.

— Vem cá… — ele disse, puxando-a pela mão com aquele olhar que ela conhecia bem.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Thor a puxou para si e a beijou com intensidade, um beijo profundo, firme, que a fez perder momentaneamente o equilíbrio. As mãos dele, ousadas, percorreram o corpo dela como se não houvesse tempo a perder.

— Thor… — ela disse, ofegante, tentando conter o sorriso nervoso. — Pode aparecer alguém aqui. Meu Deus... parece até que está anos sem fazer nada.

Ele ignorou, voltando a capturar seus lábios com ainda mais desejo. Quando o beijo cessou, ele encostou a testa na dela e murmurou, com um tom quase de menino manhoso:

— Poxa, amor… você vai mesmo dormir na Zoe?

— Eu prometi que ia. — respondeu, ajeitando o vestido.

— Mas agora era o momento de nós sairmos para comemorar…

— Amor, eu prometo que vamos comemorar amanhã, depois do chá da Zoe. Tudo bem?

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