Zoe chegou de mãos dadas com Arthur, ambos vestidos de branco. Ela usava um vestido longo de renda, que abraçava sua barriga de sete meses com carinho. Ele, com camisa de linho e sorriso largo, guiava a cadeira de rodas com leveza e alegria. No local, alguns convidados já se espalhavam pelo espaço, e o casal foi recebido com abraços, beijos e cumprimentos calorosos, cada um celebrando aquele momento tão esperado ao lado deles.
— Eu estou nervosa, Arthur. De verdade. — disse Zoe, andando de um lado pro outro no gramado, ajeitando o vestido como se isso fosse ajudar em alguma coisa. — Sério, minha bexiga já está pressionada, meu coração acelerado e eu estou suando em lugares que grávida nem devia suar.
Arthur sorriu, girando levemente a cadeira de rodas para acompanhá-la com os olhos.
— Você só está ansiosa. Respira Linda!
— Ansiosa? Amor, eu estou a um passo de interrogar o piloto do avião pra ver se ele já sabe a cor do balão. — disse ela, colocando as mãos na cintura. — E olha… já te adianto: é menina. Eu sinto. É Clarisse. Já até sonhei com lacinhos, sapatinhos e ela brigando comigo na adolescência.
Arthur cruzou os braços, o olhar sereno.
— Zoe… eu sou neurocirurgião. Trabalho com cérebro. E meu cérebro sabe: é o Miguel.
Ela parou, o encarou com as mãos nos quadris e a sobrancelha arqueada.
— Ahhh pronto! Só porque mexe com cérebro acha que adivinha o útero dos outros agora? Você opera neurônio, Arthur. Não faz ultrassom intuitivo, não!
Ele soltou uma gargalhada gostosa, e Zoe se aproximou, apontando o dedo pra barriga.
— Clarisse, minha filha… se for você aí dentro, pisca uma contração só pra eu saber que estou certa.
Fez-se um silêncio de meio segundo, e então os olhos dela se arregalaram.
— Pera. Não. Não, não, não! Cancela! — disse, levantando as mãos como quem apaga uma ordem no universo. — Esquece a contração, filha! Não pisca nada aí dentro. Vai que você entende errado e decide nascer agora?! Misericórdia, eu estou com o cabelo hidratado, mas emocionalmente não estou preparada pra parir hoje!
Arthur sorria tanto que teve que limpar os olhos.
Zoe se aproximou e pegou a mão dele, agora com um sorriso mais doce.
— É sério, Arthur. Eu estou brincando, mas... meu coração está acelerado de verdade. A gente passou por tanta coisa... e agora eu estou aqui, com você, prestes a descobrir o sexo do nosso bebê. Parece sonho, sabe?
Ele apertou a mão dela com carinho e olhou nos olhos dela.
— E é. Mas é o tipo de sonho que nós escolhemos viver acordado.
Ela o olhou, emocionada.
— Se for Clarisse, eu vou gritar. Se for Miguel, eu vou chorar.
Arthur inclinou-se um pouco, com aquele sorriso de canto provocante que fazia Zoe perder a linha toda vez.
— Gritar? Você vai é gritar… à noite… na cama. Vai ser o gran finale da nossa comemoração pela descoberta do sexo do nosso bebê.
Zoe arregalou os olhos, dando uma risada abafada, e o cutucou de leve.
Arthur inclinou-se levemente, o olhar preso nela, a voz baixa, firme e rouca o bastante para arrepiar.
— E eu sou mesmo. Quando é só nós dois… eu sou o teu safado. E você adora — disse, com um sorriso de canto que só ela conhecia bem. — Você não faz ideia do quanto está irresistível grávida. Nesse vestido branco, toda dona de si...
Ele baixou ainda mais a voz, quase num sussurro malicioso:
— E mesmo você tentando disfarçar com esse shortinho por baixo... eu sei que está usando aquele fio dental. Aquele que some no meio da curva das suas costas. E deixa eu te contar um segredo, Linda...
Ela o encarava já de olhos arregalados, a mão sobre a boca, contendo o riso.
— Eu vou arrancar ele. Com os dentes. Assim que essa festa acabar.
— Arthur! — ela sorriu, toda corada, batendo de leve no braço dele. — Meu Deus, o que deu em você hoje? Você não presta!
— Não mesmo. Mas eu presto só pra você.
— Você é um absurdo, sabia? Definitivamente você está impossível hoje! — sussurrou Zoe, sorrindo baixinho, mordendo o lábio. — E o pior é que eu amo isso em você.
Arthur inclinou o rosto até bem perto do dela, com aquele olhar que fazia Zoe esquecer até o próprio nome.
— Um absurdo que você ama… especialmente quando é só entre nós dois — disse ele, com a voz baixa e provocante. — E já que hoje eu vou transformar o fim da festa na melhor parte da noite… tive uma ideia. Depois daqui, nós vamos para uma suíte de hotel. Sem balões, sem convidados… só eu, você… é um tipo de revelação que ninguém mais vai saber.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...