Assim que ele se afastou, Ava foi até Celina e comentou em tom conspiratório:
— Amiga… eu não sei o que colocaram nessa água ou nessa bebida, sei lá… mas esse povo está animado demais. Acho que batizaram alguma coisa aqui. Nunca fui num chá assim.
Celina soltou uma gargalhada, cobrindo a boca com a mão.
— Se foi, pelo visto, funcionou muito bem.
Depois disso, todos almoçaram juntos. Entre garfadas e risadas, saborearam sobremesas, trocaram histórias e se deliciaram com a bagunça boa que se formava. Teve vídeo para as redes sociais, selfies em grupo, fotos posadas e outras completamente espontâneas. O clima era leve, cheio de afeto e descontração.
E então… chegou a hora.
Quando o sol começou a baixar, todos foram conduzidos para a área de revelação. Um espaço decorado com um pequeno coreto verde e lilás, rodeado de flores e balões, com cadeiras para os convidados em frente. Um clima de expectativa tomou conta do ar. Arthur e Zoe estavam de mãos dadas, olhando para o céu.
— Pronta? — ele perguntou.
— Não — ela respondeu. — E você?
— Também não. Mas agora estou ansioso.
— Aposto em Clarisse — sussurrou Zoe.
— Eu já abracei o Miguel no sonho. Aposto tudo nele.
Então o som do avião ecoou no céu.
Todos levantaram os olhos. Um avião pequeno se aproximava, e quando sobrevoou o sítio, uma chuva de balões em formato de coração caiu do compartimento traseiro, todos verdes.
— É MENINO! É O MIGUEL! — gritaram em coro.
— É MENINO! É O MIGUEL! — Zoe gritava, pulando e sorrindo ao mesmo tempo.
— É MIGUEL, PORRA! É MENINO! VAI PEGAR GERAL! PORRA, EU SABIA! — Arthur berrava, batendo palmas com as mãos erguidas, o rosto iluminado por um sorriso vitorioso.
Zoe chorou. Pulou. E logo sentou no colo de Arthur, abraçando-o com força.
— É o Miguel… nosso filho, Lindo! — dizia entre soluços.
Arthur a envolveu com os braços, as lágrimas também escorrendo.
— Você realizou meu sonho, Linda. Ser pai. E o Miguel… ele veio para nos unir.
— Eu te amo. — disse ela. — Obrigada por nunca desistir de mim.
Arthur beijou sua barriga.
— Oi, filho… aqui é o papai. Eu sempre soube que era você. Já te amo mais do que tudo.
Otto e Eloísa choravam. Zoe levantou e Maria abraçou a filha.
— Que bom que você voltou pra esse homem, minha filha. Lutou pela sua família. Agora só falta o casamento pra selar isso.
Zoe sorriu, emocionada, e abraçou a mãe com força.
— Se hoje eu estou feliz assim… parte disso é por causa da senhora. Seus conselhos foram certeiros. Eu te amo, mãe. — Ela inclinou o rosto, e falou em tom divertido. — E pode ficar tranquila… nós vamos casar, sim. Porque, do jeito que eu e o Arthur estamos, é fogo no parquinho todo dia. Já estou colecionando uns pecados que a senhora nem imagina.
Maria arregalou os olhos, tentando manter a postura, enquanto Eloísa caiu na gargalhada e Arthur, ao fundo, apenas sorriu, balançando a cabeça como quem confirmava cada palavra.
Eloísa se aproximou, os olhos marejados, e envolveu Zoe num abraço apertado, demorando alguns segundos antes de falar.
Miguel já era amado antes mesmo de vir ao mundo.
E, naquele instante, cercados de carinho, sorrisos e cumplicidade, Zoe e Arthur tinham a certeza: a família deles estava exatamente como deveria ser — inteira, feliz e completa.
O chá revelação tinha ficado para trás, mas a energia ainda vibrava entre eles. A festa tinha se estendido até a noite, luxuosa em cada detalhe, com música, brindes e momentos que ficariam para sempre na memória dos dois. Ainda assim, nenhuma celebração se comparava à expectativa silenciosa e intensa que carregavam agora, sozinhos.
De volta à cobertura, Zoe e Arthur tomaram um banho rápido, trocando beijos e risadas sob a água morna, antes de seguirem para a suíte de hotel que ele havia prometido.
O clima esquentou rápido naquela suíte. No sofá, os beijos eram urgentes. Zoe se entregava ao toque dele como quem queria prolongar aquele momento para sempre. As mãos dele exploravam a curva da cintura, subindo devagar, e ela arfava, sentindo o coração acelerar. A respiração deles já estava entrecortada. O celular de Arthur tocou.
Ele ignorou.
Tocou de novo.
— Deixa… — murmurou, voltando a beijá-la. — Agora eu só quero você.
Na terceira chamada, Zoe sorriu, ainda ofegante, encostando a testa na dele.
— Amor… atende. Se insistiram assim, pode ser importante.
Arthur suspirou, pegou o celular e atendeu sem sequer olhar o número.
— Fala.
A voz do advogado veio atropelada, carregada de urgência:
— Arthur… a Sabrina deu entrada no hospital às pressas. Você precisa vir agora. A sua filha vai nascer.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...