O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 41

Resumo de 41 - VOCÊ ESTÁ ESTRANHAMENTE CALADA: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 41 - VOCÊ ESTÁ ESTRANHAMENTE CALADA – O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR por GoodNovel

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Thor reaparecera como se nada tivesse acontecido. Impecável, com a postura de quem domina qualquer ambiente, uma taça em uma mão, e o olhar direcionado exclusivamente para ela. Mas, ao se aproximar, encontrou uma Celina diferente.

Ela permanecia em silêncio, o semblante sério, os olhos distantes. Não era mais a mulher radiante que entrara no salão instantes antes, despertando olhares por onde passava. Algo nela havia mudado e Thor percebeu.

Ele inclinou o corpo levemente, baixando a voz ao se aproximar.

— Você está estranhamente calada... aconteceu alguma coisa?

Celina ergueu os olhos lentamente, pousando-os nos dele com uma expressão que misturava ironia e indiferença. O tom da resposta foi seco, com um toque sarcástico, que cortou como lâmina.

— Por que se preocupa? Achei que você fosse bom em desaparecer.

Thor franziu o cenho, surpreso com a resposta. A mandíbula se contraiu, o semblante endureceu. Seu olhar, antes cheio de magnetismo, agora era o de alguém tentando manter o controle.

Antes que ele dissesse algo, uma voz feminina, carregada de doçura forçada, surgiu às costas dele.

— Thor?

Celina reconheceu na hora. Era uma das mulheres que estivera no toalete, falando sobre ele com escárnio e intimidade. Seu estômago revirou.

A mulher se aproximou com desenvoltura, um sorriso sedutor nos lábios, os olhos passeando sobre Thor como quem saboreia uma lembrança.

— Quanto tempo... você está ainda mais charmoso, se é que isso é possível.

Thor, sério, respondeu com um aceno polido. O olhar dele era neutro, mas distante, como se quisesse evitar qualquer proximidade. Ainda assim, não teve como escapar do próximo pedido.

— Posso tirar uma foto com você? Só pra atualizar minhas memórias.

Antes mesmo de ele responder, ela estendeu o celular para Celina.

— Você pode tirar pra gente, por favor?

Celina pegou o celular sem uma palavra. A mão firme, o rosto impassível. Registrou a imagem dos dois, a mulher colada a Thor, exageradamente sorridente. Ao clicar, percebeu uma segunda figura se aproximando, a outra voz conhecida do banheiro.

— Amiga! Aí está você! Sumiu por um tempo, nem avisou. Foi... refrescar a memória também? — disse com malícia, como se as palavras tivessem mais de um significado.

Celina sentiu o sangue subir ao rosto. Olhou para Thor, depois para as duas mulheres. Uma tensão cortante pairava entre os quatro. O ar parecia mais pesado, como se tudo ao redor tivesse parado para assistir aquela cena maldisfarçada.

Ela estendeu o celular de volta à dona, com um sorriso contido e elegante.

— Aqui está. Com licença.

E antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa, Celina se afastou.

Caminhou firme pelos corredores do salão até encontrar uma porta de vidro que dava acesso ao terraço externo do espaço. Lá fora, o ar era mais fresco, com vista para as luzes grandiosas de Dubai, que brilhavam como joias sobre o deserto noturno.

Apoiou-se no parapeito de pedra e respirou fundo.

Ela precisava colocar os pensamentos no lugar. Precisava entender se tudo aquilo fazia parte de um jogo, ou se estava apenas sendo arrastada para mais uma história mal contada.

Mas acima de tudo, precisava lembrar a si mesma de quem era e do que merecia.

O vento soprava suavemente no terraço, e Celina continuava ali, sozinha, tentando reorganizar seus pensamentos. Os ruídos do salão chegavam abafados, como se estivessem a quilômetros de distância. Ela fechou os olhos por alguns segundos, permitindo que o silêncio tomasse conta de sua mente.

— Está tudo bem?

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