Thor levou Celina para uma sala mais reservada, onde ninguém poderia interrompê-los.. Sem soltar sua mão, fechou a porta atrás de si e, num gesto carinhoso, beijou-lhe a testa.
Celina manteve a cabeça baixa, retraída, tentando esconder o turbilhão que se agitava dentro dela.
— O que está acontecendo Celina? — Thor perguntou, a voz baixa, firme, porém cheia de preocupação.
— Nada — ela respondeu rápido demais, forçando um sorriso. — Estou apenas cansada. Vamos voltar para o hotel.
Thor cruzou os braços, fitando-a com intensidade.
— Enquanto você não me disser o que está acontecendo, nós não vamos sai daqui.
— Thor... — Celina suspirou, dando alguns passos em direção à porta. Ela a abriu, determinada a sair.
Mas ele foi mais rápido. Em poucos passos, chegou atrás dela colocando a mão por cima dos ombros dela e assim, fechando a porta com força encostando seu corpo ao dela. Sua voz grave soou bem no ouvido dela:
— Você não vai sair daqui, Celina.
Um arrepio percorreu a espinha dela. Seus olhos se encontraram e naquele momento, a tensão entre os dois era quase palpável. Sem desviar o olhar, Thor trancou a porta com a chave, guardando-a no bolso da calça.
— O que você está fazendo? — ela sussurrou, sentindo o coração disparar.
Ele encostou os lábios nos ombros dela, roçando a pele sensível com ternura e desejo.
— Tentando entender você... — disse no ouvido dela.
Celina sentiu as lágrimas rolarem silenciosamente pelas bochechas.
Ela se afastou dele bruscamente, enxugando o rosto.
— Está tudo bem, Thor. — Repetiu, a voz embargada. — Vamos embora, por favor.
Thor franziu o cenho, sua paciência no limite. De repente, sua voz explodiu no silêncio da sala:
— Porra, Celina! — gritou, batendo a mão na parede. — Não tem nenhum moleque aqui! Estou tentando fazer isso dar certo, mas você precisa falar comigo!
— Não grita comigo! — ela rebateu, magoada.
— Eu não estou gritando! — Thor respondeu tentando controlar a raiva. — Mas às vezes você me tira do sério! Você acha que eu tenho o poder de ler a sua mente?
Ele passou a mão nervosamente pelos cabelos.
— Você precisa se abrir comigo. Será que você não vê que estou tentando fazer isso dar certo?
Celina deu uma risada debochada.
— É mesmo?
Thor cerrou os punhos, controlando o impulso de perder a cabeça.
— Celina, não começa com esse seu cinismo. Controla esse teu temperamento e vamos conversar como dois adultos.
Ela se virou de costas, olhando para a janela, tentando se recompor. A cidade lá fora parecia distante, apagada, enquanto a dor a consumia por dentro. Thor veio até ela e a abraçou pela cintura, colando seu corpo no dela e sussurrou no seu ouvido:
— Amor... o que está acontecendo?
Celina soltou os braços dele, se afastou rapidamente e gritou:
— Eu não sou o seu amor! Você é um mentiroso!
Thor ficou paralisado, perplexo.
— O quê?! — balbuciou
— Não tem como isso dar certo! — ela disparou. — Você mente! Você não pode mudar assim, de uma hora para outra! Continua sendo o mesmo homem mulherengo que todas as mulheres falam!
O ciúme borbulhava em Celina, sufocando a razão. Ela encarou Thor, cheia de dor e fúria.
— Onde você estava naquela noite do jantar, hein? Sumiu e me deixou sozinha! — ela acusou.
Thor a encarou, incrédulo.
— Era da Verônica, né?!
Thor soltou um riso seco.
— Dela quem? ele perguntou, confuso.
— DA VERÔNICA! — Celina gritou, em desespero.
Ele respirou fundo antes de dizer:
— Eu não te traí com a Verônica.
Celina cruzou os braços, desconfiada.
— Eu vi a forma como ela te tratava.
— Eu não vou mentir pra você. — Thor disse sério. — Tivemos um relacionamento casual. Era só sexo, quando ela vinha ao Brasil. Nada além disso. Mas a amizade ficou, Celina. E eu não vou me afastar dela. Até porque, com a vida que ela leva, a gente mal se vê.
Celina virou o rosto, magoada.
Ele se aproximou, diminuindo o espaço entre eles. Segurou a cintura dela com firmeza contra seu corpo.
— Você está com ciúmes, Celina?
Ela engoliu seco, mas não respondeu.
O toque dele era quente, possessivo. Ela sentiu todo o corpo tremer.
Thor inclinou a cabeça, encostando a testa na dela.
— Você acha mesmo que eu estou te traindo, Celina? Pra quê eu me prenderia a uma mulher, se eu quisesse levar a vida que levava antes? Eu posso ter quem eu quiser na minha cama, — ele roçou os lábios nos dela, sem beijá-la ainda — da forma mais inusitada que existe...
Celina tentou manter a expressão dura, mas o canto da boca se curvou num pequeno sorriso, lembrando de como se conheceram.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...