O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 65

Thor levou Celina para uma sala mais reservada, onde ninguém poderia interrompê-los.. Sem soltar sua mão, fechou a porta atrás de si e, num gesto carinhoso, beijou-lhe a testa.

Celina manteve a cabeça baixa, retraída, tentando esconder o turbilhão que se agitava dentro dela.

— O que está acontecendo Celina? — Thor perguntou, a voz baixa, firme, porém cheia de preocupação.

— Nada — ela respondeu rápido demais, forçando um sorriso. — Estou apenas cansada. Vamos voltar para o hotel.

Thor cruzou os braços, fitando-a com intensidade.

— Enquanto você não me disser o que está acontecendo, nós não vamos sai daqui.

— Thor... — Celina suspirou, dando alguns passos em direção à porta. Ela a abriu, determinada a sair.

Mas ele foi mais rápido. Em poucos passos, chegou atrás dela colocando a mão por cima dos ombros dela e assim, fechando a porta com força encostando seu corpo ao dela. Sua voz grave soou bem no ouvido dela:

— Você não vai sair daqui, Celina.

Um arrepio percorreu a espinha dela. Seus olhos se encontraram e naquele momento, a tensão entre os dois era quase palpável. Sem desviar o olhar, Thor trancou a porta com a chave, guardando-a no bolso da calça.

— O que você está fazendo? — ela sussurrou, sentindo o coração disparar.

Ele encostou os lábios nos ombros dela, roçando a pele sensível com ternura e desejo.

— Tentando entender você... — disse no ouvido dela.

Celina sentiu as lágrimas rolarem silenciosamente pelas bochechas.

Ela se afastou dele bruscamente, enxugando o rosto.

— Está tudo bem, Thor. — Repetiu, a voz embargada. — Vamos embora, por favor.

Thor franziu o cenho, sua paciência no limite. De repente, sua voz explodiu no silêncio da sala:

— Porra, Celina! — gritou, batendo a mão na parede. — Não tem nenhum moleque aqui! Estou tentando fazer isso dar certo, mas você precisa falar comigo!

— Não grita comigo! — ela rebateu, magoada.

— Eu não estou gritando! — Thor respondeu tentando controlar a raiva. — Mas às vezes você me tira do sério! Você acha que eu tenho o poder de ler a sua mente?

Ele passou a mão nervosamente pelos cabelos.

— Você precisa se abrir comigo. Será que você não vê que estou tentando fazer isso dar certo?

Celina deu uma risada debochada.

— É mesmo?

Thor cerrou os punhos, controlando o impulso de perder a cabeça.

— Celina, não começa com esse seu cinismo. Controla esse teu temperamento e vamos conversar como dois adultos.

Ela se virou de costas, olhando para a janela, tentando se recompor. A cidade lá fora parecia distante, apagada, enquanto a dor a consumia por dentro. Thor veio até ela e a abraçou pela cintura, colando seu corpo no dela e sussurrou no seu ouvido:

— Amor... o que está acontecendo?

Celina soltou os braços dele, se afastou rapidamente e gritou:

— Eu não sou o seu amor! Você é um mentiroso!

Thor ficou paralisado, perplexo.

— O quê?! — balbuciou

— Não tem como isso dar certo! — ela disparou. — Você mente! Você não pode mudar assim, de uma hora para outra! Continua sendo o mesmo homem mulherengo que todas as mulheres falam!

O ciúme borbulhava em Celina, sufocando a razão. Ela encarou Thor, cheia de dor e fúria.

— Onde você estava naquela noite do jantar, hein? Sumiu e me deixou sozinha! — ela acusou.

Thor a encarou, incrédulo.

— Era da Verônica, né?!

Thor soltou um riso seco.

— Dela quem? ele perguntou, confuso.

— DA VERÔNICA! — Celina gritou, em desespero.

Ele respirou fundo antes de dizer:

— Eu não te traí com a Verônica.

Celina cruzou os braços, desconfiada.

— Eu vi a forma como ela te tratava.

— Eu não vou mentir pra você. — Thor disse sério. — Tivemos um relacionamento casual. Era só sexo, quando ela vinha ao Brasil. Nada além disso. Mas a amizade ficou, Celina. E eu não vou me afastar dela. Até porque, com a vida que ela leva, a gente mal se vê.

Celina virou o rosto, magoada.

Ele se aproximou, diminuindo o espaço entre eles. Segurou a cintura dela com firmeza contra seu corpo.

— Você está com ciúmes, Celina?

Ela engoliu seco, mas não respondeu.

O toque dele era quente, possessivo. Ela sentiu todo o corpo tremer.

Thor inclinou a cabeça, encostando a testa na dela.

— Você acha mesmo que eu estou te traindo, Celina? Pra quê eu me prenderia a uma mulher, se eu quisesse levar a vida que levava antes? Eu posso ter quem eu quiser na minha cama, — ele roçou os lábios nos dela, sem beijá-la ainda — da forma mais inusitada que existe...

Celina tentou manter a expressão dura, mas o canto da boca se curvou num pequeno sorriso, lembrando de como se conheceram.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR