O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 78

Resumo de 78 - NÃO HAVERIA CAMINHOS FÁCEIS: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo do capítulo 78 - NÃO HAVERIA CAMINHOS FÁCEIS do livro O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR de GoodNovel

Descubra os acontecimentos mais importantes de 78 - NÃO HAVERIA CAMINHOS FÁCEIS, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Angélica sentou na poltrona, absorvendo cada palavra.

— Eu tentei, mãe. De verdade. Tentei evitar. Quis me afastar dela em todos os sentidos. Mas não deu. — Os olhos de Thor estavam úmidos. — O que eu sinto por ela… é diferente. É mais forte. Eu nem sei explicar. É mais do que eu senti pela Karina. E isso me assusta. Porque com a Karina eu achava que era tudo. Mas com a Celina... — ele balançou a cabeça, como se não coubesse em palavras. — É como se eu tivesse acordado pra algo que nunca vivi antes.

Angélica se manteve em silêncio por um instante. Seus olhos marejaram, mas sua expressão era serena. Ela entendia. Via verdade no olhar do filho. Mas ainda assim…

— E agora, Thor… agora tem um bebê sendo gerado. — Ela levou a mão ao peito. — A Isabela está esperando um filho seu. Isso muda tudo. A Celina vai precisar de mais do que promessas. Você vai precisar escolher com maturidade, com responsabilidade.

Thor fechou os olhos. A culpa, o amor, o medo e a angústia se misturavam num nó em seu peito.

— Eu sei, mãe. Eu sei.

O silêncio voltou a preencher o escritório, desta vez carregado de uma nova verdade: não haveria caminhos fáceis. Mas ali, entre a dor e a honestidade, Thor sabia que tinha que começar por algum lugar.

Angélica suspirou profundamente, o rosto sério, mas ainda com ternura no olhar.

— Você já parou pra pensar, Thor, como vai ser a criação desse filho? Crescendo sem pai e mãe juntos? Você não teve esse exemplo. Nós fomos uma família unida.

Thor passou a mão pelos cabelos, inquieto.

— Mãe, não existe casamento sem amor. Eu não amo a Isabela. E não vou mentir pra mim mesmo. Vou assumir a responsabilidade por essa criança, sim. Mas não posso continuar nesse noivado. Eu estaria enganando a mim, a ela… e ao meu filho.

— Meu filho, no século em que vivemos, exitem várias maneiras de evitar uma gravidez. Por que você deixou isso acontecer se não havia amor entre vocês?

— Porque ela soube jogar o jogo direitinho...

— Você tá dizendo que a Isabela engravidou de propósito?

— Sim. Ela engravidou pra tentar me segurar. Mas eu não vou aceitar isso como prisão. Um filho deve vir do amor, não de uma armadilha.

Angélica apertou os olhos, contrariada.

— O pai dela não vai aceitar isso. Você sabe disso.

Thor caminhou até a janela, de costas para a mãe.

— Eu só estou nesse relacionamento por causa do pai. Por causa dos negócios da família. Ele sempre quis essa aliança. Mas e eu? Eu não fui ouvido. Eu aceitei porque achei que era o certo… até conhecer a Celina.

Angélica se levantou, caminhou lentamente até o filho.

— Eu entendo você. Eu entendo, Thor. Mas agora você precisa ser maduro o suficiente pra resolver toda essa situação com calma. Uma pessoa vai sair machucada no fim. Isso é inevitável.

Ela parou ao lado dele, os olhos marejando.

Angélica saiu, silenciosa, pegando a bolsa com discrição. Passou por Raul, ainda apagado no sofá, e suspirou ao vê-lo tão alheio à dor do filho.

Thor permaneceu no escritório. No silêncio. As luzes da cidade piscavam através da grande janela de vidro. Ele fitava o horizonte, o peito apertado.

Pegou o celular. Ligou para Celina. Caiu na caixa postal.

Ligou de novo. Mais uma vez, sem resposta.

Fechou os olhos. A cabeça cheia, o coração sufocado. Ligou outra vez.

E de novo… silêncio.

Celina não atendia. E Thor sentia, pela primeira vez em muito tempo, que estava prestes a perder algo que realmente importava.

A noite havia sido longa, silenciosa e cruel.

Thor não pregou os olhos. Permaneceu no escritório durante horas, fitando o horizonte pela grande janela envidraçada, onde os primeiros traços da madrugada começavam a rasgar o céu noturno. As luzes da cidade iam se apagando uma a uma, dando lugar ao cinza frio da aurora. Estava sempre mexendo no celular, ele era a sua única companhia.

Quando o dia finalmente começou a clarear, se levantou devagar, os músculos tensos pelo cansaço. Foi até o quarto, entrou no banheiro e tomou um banho demorado, como se a água quente pudesse aliviar a angústia que latejava no peito.

Vestiu-se com cuidado, optando por uma camisa escura e jeans. Precisava ocupar a mente. Precisava se manter em movimento. Voltou ao escritório, ligou o notebook e começou a responder e-mails, revisar contratos, preparar relatórios — mas nada parecia fazer sentido. As palavras se embaralhavam na tela. As imagens de Celina, com o olhar magoado e a voz embargada, invadiam seus pensamentos a cada segundo.

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