O PAI DA MINHA AMIGA romance Capítulo 16

Sobre O PAI DA MINHA AMIGA - Capítulo 16 Mattia de Luca

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Mattia de Luca

Ter a Alessa aqui no meu apartamento foi a melhor surpresa que poderia pedir, mesmo achando bem estranho ela estando aqui, ainda mais que ela só deveria vir daqui a dois dias para o jantar no sábado.

Hoje é terça e pelo que ela havia dito estaria de plantão pelos próximos dois dias e depois estaria de folga, mas como ela está na expectativa da convocação, tinha certeza que não iria aparecer aqui tão cedo.

Essa convocação é uma coisa que começarei a trabalhar amanhã mesmo para que ela não vá para lugares de risco, tenho uma sensação que se está aqui é porque algo aconteceu.

Agora, no instante que ela disse que havia sido convocada para ir, um lado possessivo que só me lembro ter passando ao lado de Antonella, Quando tínhamos algum impasse, praticamente a prendia na cama e conseguia o que ela queria sem que ela saísse de casa.

Por mais que ela não gostasse disso, não reclamava por que somos italianos e nosso sangue sempre fala mais alto. Ter minha ragazza embaixo do meu corpo segurando em meu peito e ver seu olhar confuso com o que acabei de falar, chegava ser engraçado.

Mas via em seus olhos que ela estava começando a ficar irritada e nem posso dizer muito, já quem como ela disse não tem nenhuma semana que estava defendendo o seu sonho. Respiro fundo e baixo a cabeça encostando na sua.

— Alessa, me deixe te fazer minha esposa, será mais fácil te socorrer caso seja necessário. — Falo olhando para seus olhos claros.

Suas mãos me empurram e seu olhar fica um pouco mais duro, podia ver que ela não gostou do que acabei de falar, mesmo tentando mantê-la embaixo de mim, deixo que ela se afaste, a vejo entrar no meu banheiro e para o azar da minha ragazza e meu, o meu banheiro a parede é de vidro e vejo tudo o que acontece.

Quando ela passa pelas portas e as luzes se acendem posso observar todo o seu corpo, ela se vira de costa e olha diretamente para os meus olhos.

— Como pode fazer um pedido tão importante assim, Mattia, vim apenas para passar mais tempo com você!

Ela praticamente grita do outro lado da parede, respiro fundo e me ergo da cama para ir até onde ela estava. Passo pela porta lentamente com o seu olhar preso em meu rosto, minha forma de impor algo, acabei deixando ela ofendida.

Fico na sua frente e a puxo em direção ao meu peito, posso enxergar em seu olhar brilhante que ela não queria um pedido assim. Esqueço que não estamos na Itália, onde os pedidos de casamento são pomposos como é aqui na América.

Casamento na Itália é muito mais que sentimentos, são uniões de fortunas ou melhorar o que se tem. São em suma acordos comerciais. Quando meus pais firmaram o meu compromisso com a Antonella era com o interesse que expansão no nosso comércio em combustíveis.

Agora estou com uma ragazza em meus braços, ela é americana e pelo que acabei de notar que ela deseja um pedido cheio de pompa. Encosto as nossas testas e beijo a ponta do seu nariz.

— Dispiaciuto, não era a minha intenção ofendê-la.

Ela aproxima o rosto no meu peito e nos encosto no balcão da pia para poder conversar com ela e deixar que ela entenda a minha aflição e que aceite o que ela decidir sobre o que disse.

— Mattia, tenho apenas vinte anos, em poucos meses farei aniversario e me propõe casamento apenas por que disse que vou para a guerra? — Ela diz com certa calma.

— Eu sei Alessa, mas pense comigo, caso Deus nos livre e te proteja, se algo acontecer, será muito mais fácil conseguir te trazer para casa e ter apoio. — Digo com uma certeza esperança.

Seguro o seu corpo quente próximo ao meu e fico incerto do que ela deseja fazer, já que ela olhava para todos os lugares.

— Diga mì cara, o que deseja fazer? — Pergunto soltando dos meus braços.

Um sorriso bem mais tranquilo se forma em seus lábios e a vejo olhar para a cama, acho que ela está mais tranquila.

— Vamos para a cama, estou cansada e imagino que esteja também e, realmente, temos que conversar! — Ela diz.

Deixo que ela vá para a cama, pego uma das toalhas que estavam ali a minha disposição e entro no quarto, mas ao invés de me deitar beijo seus lábios.

— Vou na cozinha pegar uma garrafa de vinho, deseja algo? — Digo.

— Água e outra taça para lhe acompanhar. — Um sorriso safado surge, o que me faz me aproximar e sugar um beijo dela.

Saio do quarto e só então percebo que havia uma mochila pequena na poltrona ao lado da porta, não demoro muito para voltar com tudo o que queria, lhe entrego a água enquanto nos sirvo com um bom vinho tinto. Retiro a toalha e me encosto na cabeceira da cama de perna aberta para que ela se sente ali comigo.

— Se ficar pelado não conseguiremos conversar, Mattia! — Ela reclama olhando para a minha ereção que parece desejar o corpo dela.

— Deixe de bobagem, venha logo! — Ela revira os olhos e se senta no meu colo.

Aproveito que ela já estava onde queria e ligo a TV que tenho na frente da cama, normalmente não a uso, Antonella que queria a TV no quarto para poder assistirmos filmes juntos, como um cara apaixonado por sua esposa cedi aos seus desejos.

A primeira notícia que sai na TV é sobre o conflito que estava acontecendo na Ucrânia, estava mostrando os bombardeios que havia acontecido perto de um complexo de residências.

Sinto quando os seus músculos ficam tensos, passo o meu braço por seu corpo e tento manter a calma para não deixá-la ainda mais assustada. Espero que ela diga algo para podermos conversar sobre a sua ida.

— Sei que é perigoso, estou apavorada com isso, Mattia, mas agora quero apenas seu apoio. — Ela relaxa a cabeça no meu peito e aperto o meu braço em seu corpo.

— Tesoro, tu sarai anche giovane, ma io sono già vecchio.

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