Alessa Sullivan
A festa já ia começar, estava tão empolgada com tudo o que estava acontecendo, nunca imaginei que conseguiria ganhar uma bolsa de estudos na George.
Sou apenas uma garota órfã que pelo azar de perder meus pais, acabei recebendo a bolsa do governo para um internato particular e quando tivesse idade teria a faculdade custeada.
Sabia que meus pais eram pessoas importantes para o governo, mas não fazia a menor ideia de quem eles seriam de fato.
Minha amiga Giulia, já havia saído do nosso dormitório para ir para o salão preparado para a formatura da turma e a apresentação do nosso grupo que passou para o programa de residência.
Não sou uma nerd, mas dou duro para conseguir boas notas e me manter acima da média e continuar recendo o benefício do governo.
Me olho no espelho após colocar as lentes de contato, as luzes me deixariam com dor de cabeça com o reflexo, por isso achei melhor vir trocar. Toco novamente no pingente do meu colar e olho para a foto que tenho com os meus pais.
— Estou quase me formando! — Digo ao tocar no porta-retrato.
Saio do quarto para me encontrar com a minha turma antes que inicie os discursos que estão previstos, teria um para o nosso pequeno grupo que é o orgulho de todos os nossos professores, é a primeira vez que um grupo maior consegue entrar no programa.
Falta apenas dois semestres para poder me formar em medicina, quero muito me especializar em traumas e pesquisas contra o câncer, quero ser alguém que faz algo importante para todos.
Encontro uma das nossas colegas do grupo de estudos que conseguiu entrar para a turma de pesquisa para uma possível cura da diabete ainda na infância. Enquanto conversamos, um perfume amadeirado, estava ficando cada vez mais próximo.
Quando Bárbara se afastou para aproveitar que o seu namorado se aproximou comecei a caminhar um pouco mais rápido, odeio ficar sozinha.
Mas o perfume desconhecido se aproxima, olhar para aquele homem me trouxe uma familiaridade, talvez seja algum professor e não me recorde de que curso ele, seja.
Estou com quase vinte e um e nunca deixei que alguém se aproximasse de mim, não por esperar um príncipe encantado, mas porque não havia tempo para qualquer relacionamento, estou focada nas realizações que almejo.
Olhar para o rosto másculo e bem mais maduro que os garotos da faculdade, sinto o desejo crescendo e uma umidade entre as minhas pernas começando a me incomodar.
Posso ser virgem, mas estudo medicina, sei muito bem o que os feromônios fazem com duas pessoas que desejam liberar a quantidade de endorfina e dopamina que o corpo precisa naquele momento.
— Se que me foder, é só falar... — Digo enquanto ele analisa minha expressão.
Esse homem desconhecido parece tão necessitado como estava nesse momento, ele me prende em um beijo que me derrete e qualquer indício de que o que queria era errado, some.
Ele tem uma pegada que faz o meu corpo ficar a merce do que ele deseja fazer comigo, porque não entregar a minha virgindade a um desconhecido.
— Vem... — Não preciso dizer mais nada.
Estávamos quase de frente para a biblioteca, no prédio tem uma área exclusiva para os estudantes com grupos de estudos e a minha equipe usa essa entrada em vez da entrada principal.
Sabia que estaria vazia, principalmente porque o campus inteiro está na festa que acontecerá daqui a pouco. Ele não aparece muito confiante no que estava planejando, mas se não fizer agora não terei coragem.
Principalmente se ele questionar a minha idade, ele deve ter uns quarenta, duvido que ele dê prazer a uma garota de vinte. O levo em direção ao fundo da sala, onde os corredores dos livros são bem altos e se alguém entrar aqui, não seremos vistos.
Ouço os seus pedidos para me levar para um lugar diferente, mas jamais que darei o gosto para que esse homem tire a verdade de mim. Obedeço quando ele ordena com aquela voz pesada de tesão que me vire.
Sinto quando um peso estranho se aloja no meu interior, apoio o pé para que ele possa aproveitar que estou sem lingerie, o meu vestido é muito colado no corpo o que impossibilita o uso de qualquer outra peça.
Minha respiração fica cada vez mais acelerada, na expectativa do que acontecerá, ainda bem que estou de costas para ele, assim não vai ver o meu desconforto. Sentir a sua ereção tentando romper as minhas barreras faz com que acabe choramingando.
Pelo entusiasmo dele, acredito que deixei parecer que estava gostando, na verdade, estava sentindo como se estivesse me rasgando no meio. Tentei me concentrar no que viria depois e assim que ele rompeu as barreiras, comecei a sentir prazer no ato carnal que estávamos fazendo.
Meu orgasmo veio assim que consegui esquecer a dor e passei a sentir prazer, contrai os músculos das minhas coxas para controlar os espasmos que estava me deixando aérea.
Respiro fundo controlando o tesão e sentindo ele procurando o seu próprio ápice. Ele deixa um carinho nas minhas costas, mas não posso demorar mais do que já demorei.
Sinto minha buceta em chamas, não pelo fato de negar um pouco mais de prazer, mas pela forma como inaugurei a minha diversão heterossexual, precisava me limpar.
Assim que me afastei do desconhecido e ele olhou para o preservativo com a prova que era virgem, o seu olhar preocupado comigo, era até lindo.
Mas não é o que quero nesse momento, ele já serviu ao proposito, agora tenho que fugir dele. Me afasto dele o mais rápido que posso, não quero dar explicações sobre nada.
Olho mais uma vez para onde deixei o desconhecido e caminho para fora do prédio, mas ao invés de sair entrei em outra porta e o vejo sair de onde estávamos e caminhar pela rua olhando para todos os lados.
Encosto na parede e levo a mão no peito rindo da aventura que acabei de ter, perdi a minha virgindade com um homem mais velho em uma rapidinha na biblioteca da universidade.
— Porra que doí! — Exclamo fechando as pernas para amenizar a dor que estava sentindo.
Estava no andar superior da biblioteca, caminho procurando um banheiro, tenho que ser rápida. Por sorte encontro um, entro no cubículo e aproveito que havia chuveirinho, a água fria ajudará a diminuir o desconforto que estou sentindo.
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