O PAI DA MINHA AMIGA romance Capítulo 20

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O PAI DA MINHA AMIGA por Hinovel

Mattia de Luca

Enquanto estava em reunião recebo a notificação do cartão de crédito e fico surpreso em saber que ela gastou tão pouco com um vestido, pelo que me lembro Giulia, não gastaria menos que cinquenta mil em um bom vestido para uma festa.

Mì ragazza: Não poupe em comprar o vestido e os sapatos, a quero deslumbrante mì ragazza.

Envio a mensagem para ter certeza que ela entenda que podia gastar quanto precisasse com o vestido. Quero que aqueles velhos políticos fiquem babando a minha mulher, que mesmo velho ainda tenho a sorte de encontrar alguém para me fazer companhia.

Assim que termino a outra reunião que precisava da minha atenção, para a compra de um pouco mais de petróleo para abastecer as minhas refinarias. Recebo uma nova notificação e fico satisfeito em saber que ela realmente estava gastando um pouco de dinheiro, que está parado em minha conta bancaria.

Fico empolgado assim que volto para a minha sala e recebo uma mensagem dela, informando que já estava vindo para me encontrar. Aproveito e ligo para minha secretária.

— Fabrízia, por favor providencie um almoço para dois, deixe a sala de reuniões um pouco mais romântica. — Peço olhando para a mensagem da Alessa.

Enquanto espero a mulher que está com a ideia fixa de ir nesse voluntariado das nações unidas, tenho minhas formas de conseguir mantê-la aqui, preciso apenas encontrar a oportunidade certa de convencer a mulher que está chegando para almoçarmos juntos.

Meus pensamentos voltam para a realidade assim que o toque do meu celular me tira dos devaneios, estranho quando vejo o nome da Alessa na tela.

“Então, já estou aqui, o problema que a sua atendente acredita que sou uma prostituta que está tentando subir!”

Saber que a Alessa foi discriminada na recepção da minha companhia me fez sentir raiva, minha vontade era de quebrar o pescoço daquela garota que chamou a minha mulher de prostituta. Desço até a recepção e demito e deixo claro a todos que a mulher que estava segurando as sacolas de compras é minha.

Não resisto quando ela me agarra no elevador, as suas sacolas vão ao chão e como diferente dos filmes onde a mulher é imprensada contra as paredes metalicas do elevador, sou eu que estou ali, sendo agarrado enquanto ela me beija.

— Che cos'era quel bacio?.

“Nossa, que beijo foi esse?

Pergunto enquanto estávamos de olhos fechados aproveitando as ondas de prazer que se seguiram com o nosso toque.

— Posse, preciso assumir a mim mesma que sou sua. — Ela sussurra com o rosto em meu rosto.

— Ainda tem dúvidas? — Pergunto com a voz grossa de tesão.

— Um pouco… — Ela é interrompida assim que as portas se abrem e vejo a Fabrízia saindo da sala de reuniões.

Apresento-a para a minha secretária e noto que ela fica uma pouco tensa com a na frente da mulher que conhece toda a minha dentro e fora da companhia.

Entro com ela na sala de reuniões, o aroma delicioso da nossa refeição preenche todo o lugar, pego as bolsas de suas compras e coloco em uma das cadeiras. Puxo uma para que ela se sente e seu rosto ganha um tom rosado, o que me deixa contente.

Sinto que mesmo que as nossas vidas sejam separadas por no máximo um ano, ela voltará para a minha vida, é perceptível que ela está segura em dizer que sou dela e ela é minha e farei de tudo para que se sinta assim até mesmo do outro lado do globo.

— Espero que goste, pedi carneiro para gente e um pouco de vinho branco. — Digo a retirar a tampa de cima de nossos pratos.

— Está ótimo…

Mesmo vendo o seu rosto leve, sabia que os seus pensamentos estavam no que aconteceu na recepção do prédio, espero que ela saboreie o seu prato para poder questionar algo.

Meu pai sempre disse que mulher de barriga cheia é mais segura de se conversar e menos suscetível a nos matar. Nossa refeição é tranquila até que lhe entrego uma sobremesa brasileira.

— Chama-se pudim, é um doce brasileiro. — Digo enquanto ela testa a consistência com uma colher.

— É gostoso. — Ela diz após experimentar.

— Que bom que gostou, agora conversaremos, me diga o que está pensando! — Sou direto.

Os olhos dela mostram o quanto ela estava cheia de questionamentos sobre o que aconteceu.

— Na primeira loja, não soube como nos definir e quando cheguei aqui a sua atendente me acusar de prostituta… — A vejo suspirar.

Afasto a minha cadeira da mesa e estendo a mão em direção a minha ragazza, sei que Alessa é de maior, uma médica em formação e uma mulher que precisou amadurecer muito mais rápido devido à perda de seus pais.

A vejo se erguer e caminha com graça até o meu colo, seguro em sua mão e beijo na parte interna do seu pulso, um sorriso contido surge em seu rosto, mas ainda havia uma preocupação ali.

— Sempre haverá pessoas que irão fazer esses comentários Alessa, mas o que disse lá embaixo é verdade, você é minha mulher, namorada, noiva ou do que quiser me chamar. — Digo com meus olhos fixos no dela.

— O que disse no elevador é verdade também, Mattia. — Ela me diz e o meu peito palpita forte.

— Então isso quer dizer que aceitar se tornar Alessa de Luca? — Pergunto com um pouco de esperança.

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