Resumo de Jacuzzi – Uma virada em O pecado original de L.E. Soares
Jacuzzi mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O pecado original, escrito por L.E. Soares. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Não podia acreditar que passaria um mês sem Eric. Eram quatro da tarde quando ouviu alguém bater à porta de seu quarto.
— Entre. – Disse, sabendo se tratar de Jonathan.
A porta se abriu com um leve rangido. Eva ouviu os passos do rapaz a se aproximar antes de se virar.
— Lhe trouxe café. – Disse ele, carregando uma bandeja sobre a qual dispunha uma caneca fumegante que empesteou o quarto com um delicioso aroma de café fresco e um prato com dois sanduíches cortados ao meio na diagonal.
Eva suspirou ante a gentileza do rapaz. Sentira um leve remorso durante aquela tarde por conta da maneira como o havia provocado e havia pensado em compensa-lo, lhe pagando algo para comer.
— Olha só. – Disse ela, sorrindo. Sentiu o coração se aquecer. – Muito gentil de sua parte.
Jonathan deixou a bandeja sobre o criado mudo, corando levemente ao retribuir o sorriso. Eva se levantou para pegar a caneca e o prato e, quando o garoto ia se virando para sair, segurou-o pelo pulso. Ela levou a mão à nuca do rapaz e puxou seu rosto contra si, erguendo-se na ponta dos pés e apoiando-se com a outra mão em seu peito. Ela manteve um olhar sedutor enquanto os rostos se aproximavam e então fechou os olhos. Encostou seus lábios na bochecha de Jonathan, fazendo com que o canto de seus lábios tocasse o canto dos dele. Sentiu um leve arrepio quando a cerrada barba que cobria o maxilar do rapaz roçou sobre sua pele e, com a mão pousada em seu peito, sentiu o pulsar do coração de Jonathan se acelerar gradativamente até que quase pudesse ser ouvido.
— Muito obrigada. – Disse ela, abrindo os olhos enquanto mantinha os rostos perigosamente próximos. – É muito cavalheiro, Jonathan. Assim, uma mulher pode até se apaixonar.
Ela ainda acariciou a nuca do rapaz com as unhas compridas antes de se afastar. Então pegou a caneca e o prato e, novamente, se sentou à frente do computador.
Jonathan deixou o quarto, claramente desconcertado.
Já era noite quando Eva terminou de renderizar seu último projeto. Então, compactou todos os arquivos e os enviou para Marcos.
Ouviu o telefone tocar logo em seguida e o atendeu. Marcos a convidava para uma chamada de vídeo.
— Eva. – Disse a voz do outro lado, antes que a imagem da câmera aparecesse. – Eu sabia que conseguiria. – Eva teve a impressão de ouvir sons de água ao fundo.
Eva ainda vestia sua camisola de algodão e sentia-se excitada novamente por conta de todo o flerte com Jonathan durante o almoço e a tarde, então, percebeu tarde demais que seus mamilos estavam entumecidos o suficiente para marcarem o tecido.
Eva arregalou os olhos quando viu Marcos na tela do celular. Seu peito estava nu e era quase que completamente coberto por uma enorme tatuagem. Era marcado por músculos rígidos que lhe esticavam a pele bronzeada. Diversas gotículas de água lhe escorriam por entre os poucos pelos negros. Ele estava afundado em água e espuma até o peitoral inferior, o que significava que ligara para ela enquanto se banhava.
— Você está tomando banho? – Perguntou Eva, analisando a tatuagem que mostrava um sisudo samurai sobre um céu ensolarado.
— Apenas relaxando na Jacuzzi depois de um dia corrido. – Disse, tomando um gole de whisky. – Vi que me mandou os arquivos. Você é a melhor.
— Está me devendo um jantar. – Eva observou. – E aos meus funcionários.
— Marque o dia com minha secretária. – Ele depositou o copo ao lado, na beirada da banheira. – Mas minhas próximas semanas serão corridas.
Marcos levou um charuto que segurava entre o indicador e o médio da mão direita à boca e pitou algumas vezes, cobrindo-se de fumaça. Eva detestava o hábito de fumar, mas tinha que admitir que o achava charmoso em um homem como aquele.
— Marcarei. – Respondeu Eva, tentando parecer indiferente, mas afastando o celular, enquadrando o resto de seu tronco, evidenciando os seios, cobertos apenas pelo fino tecido da camisola.
Marcos se silenciou por um breve momento, apenas encarando a tela. Eva podia perceber que ele analisava seu corpo. Então teve uma ideia. Apoiou o celular na tela do laptop, deixando-o de pé.
— Só um momento. – Disse, se levantando e virando em direção à cômoda na parede oposta. Eva moveu os quadris como uma gata enquanto andava até lá.
— Gostei da camisola. – Disse Marcos, tomando outro gole de vinho. – É fofa, mas fica sexy em você.
Eva virou o pescoço, olhando-o por cima do ombro com um olhar fingido de censura.
— Não seja indiscreto, Marcos. – Ela disse, dando-lhe uma breve piscadela.
Ao chegar à cômoda, Eva abriu a gaveta mais no alto, fingindo procurar alguma coisa sem hesito. Então fechou a primeira gaveta e abriu a segunda logo em seguida. Ao fazer o mesmo com a terceira, inclinou o tronco para frente, empinando a bunda levemente.
— Se continuar desse jeito, acho que vou acabar adiantando o convite para o jantar. – Marcos não era tímido como Jonathan. Era um homem e sabia exatamente o que queria. Eva tinha que ser mais cautelosa com esse tipo.
Ela olhou para trás sem erguer o tronco e passou para a próxima gaveta. Sentiu a camisola subir por suas coxas à medida que se abaixava.
— Fique sem. – Eva o interrompeu. – Está quente e estamos só nós dois. E além do mais, eu gosto.
Ela se sentou, encostando-se no braço do sofá e erguendo as pernas na direção de Jonathan
Incapaz de evitar, Jonathan a olhou diretamente entre suas pernas antes de desviar o olhar de volta para a tela.
— Gosta de olhar, não gosta? – Ela entreabriu as pernas, dobrando os joelhos.
Jonathan voltou a encarar o vértice de suas pernas em silêncio.
— Sente vontade de me tocar? – Ela perguntou, ronronando.
Ele fez que sim com a cabeça, timidamente.
— E por que não vai em frente? – Ela se insinuou ainda mais.
Jonathan estava incrédulo, mas ergueu a mão em direção ao interior das coxas de Eva. Ao sentir o toque dos grossos dedos do rapaz, Eva sentiu um forte arrepio, seguido de uma onda de calor que se irradiou por todo seu corpo.
— Ahn! – Gemeu, involuntariamente, o que encheu Jonathan de uma coragem repentina.
Ele espalmou sua mão sobre a pele branca do interior da coxa e cravou as pontas dos dedos com força, sentindo a pele sensível ceder ante à pressão. Eva gemeu com mais intensidade, ansiando pelo que estava por vir.
Jonathan arrastou sua mão coxa acima, fazendo os calos em suas palmas rasparem contra a delicada pele de alva. Ela atirou sua cabeça para trás, aguardado o momento em que aquelas mãos chegariam ao seu sexo, completamente lubrificado.
Eva abriu os olhos e encarou Jonathan em súplica, mordendo seu lábio em um semblante que denotava um desejo exagerado quando os dedos grossos alcançaram a borda de sua calcinha. “Quase lá” pensou Eva, quase que entrando em desespero. Os dedos do rapaz, avidamente puxaram sua calcinha de lado, expondo sua vagina rosada e seu períneo, mas com um susto, ela fechou as pernas rapidamente. Seu telefone tocava sonoramente ao lado de sua orelha.
Era Marcos.
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