Eva fechou suas pernas rapidamente, imaginando, envergonhada, o quanto de seu sexo o rapaz havia conseguido ver. Ela tinha se depilado havia poucos dias, então seus claros pelos, pouco faziam para cobrir-lhe aquilo que a lingerie não conseguisse tampar. Envergonhada, ela se levantou e encarou seu marido com os claros olhos azuis tão arregalados que mais se pareciam duas bolas de sinuca.
— Esse é Jonathan, meu primo. – Apresentou Eric, enquanto a lançava um olhar de reprovação. – Ele está passando por um processo seletivo em uma companhia aqui na cidade e eu ofereci nossa casa para ele ficar por uns dias. Espero que não tenha problema.
Eva se levantou, vermelha como um pimentão e seguiu até os dois. Jonathan era alto e atraente, possuía um par de olhos profundos e verdes, ombros largos e, ao estender-lhe a mão para cumprimentar, Eva notou que seus dedos grossos possuíam os calos e a firmeza de quem trabalhava pesado ou frequentava academias regularmente.
— Olá Jonathan, eu me chamo Eva. Muito prazer. – Ela cumprimentou com um sorriso, logo virando o rosto para o marido. – Posso falar com você um momentinho?
Eric anuiu e os dois seguiram pelo corredor até o quarto.
— Por quanto tempo ele pretende ficar? – Perguntou Eva, claramente incomodada. – Por que não me avisou?
— Eva, eu te avisei faz dois dias. Só que provavelmente estava conversando com a Melissa e não prestou atenção. – Ele meneou a cabeça, repreendendo-a pela desatenção. – Pelo que entendi, todo o processo leva no máximo quinze dias. – Eric parou por um momento, lembrando-se de algo. – E precisava mesmo usar uma calcinha tão transparente?
Eva revirou os olhos, indignada.
— Uma mulher não pode querer fazer uma surpresa para o marido? Não é culpa minha que tenha chegado mais cedo do trabalho. – Ela o olhou com um olhar de súplica enquanto acariciava seu braço. – Já faz algum tempo que não fazemos nada.
— E no momento, nem poderemos fazer. Preciso voltar para o escritório. – Ele se apressou pelo corredor, seguido pela esposa. – Está tudo uma bagunça por lá. Vamos abrir um escritório em São Paulo e o stress está me deixando louco.
Ele saiu pela porta, deixando na esposa apenas um beijinho rápido na bochecha.
— Ajude Jonathan a arrumar suas coisas no quarto de visitas, por favor. – Pediu Eric antes que a porta do elevador se fechasse entre os dois.
Eva fechou a porta do apartamento e se virou para Jonathan, que se sentava no sofá, indeciso sobre o que fazia com a xícara vazia.
— Eu não quero ser um incômodo, senhora. – Disse o rapaz, corando quando sentiu os olhos da mulher caindo sobre ele.
Eva seguiu até o sofá, e parou de frente para o rapaz, então, estendeu a mão para pegar a xícara.
— Incomodo algum. Venha, vamos acomoda-lo. – Ela deixou a xícara sobre a bancada da pia, na cozinha e se dirigiu para o quarto de visitas. – Traga sua mala.
Lá chegando, Eva abriu as cortinas e o armário, pondo-se a tirar tralhas de lá de dentro para liberar espaço para as roupas do hóspede.
Eram dias quentes aqueles e, apesar do vento fresco que circulava na sala, o quarto de hóspedes era abafado e quente, devido ao sol que batia em uma das paredes durante toda a tarde.
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