O pecado original romance Capítulo 3

Eva seguiu até a sala, onde Jonathan se sentava, estático, numa poltrona, enquanto verificava seu celular. Notou que o rapaz havia separado um conjunto de roupas para o banho e algo lhe chamou a atenção. Uma cueca boxer branca de algodão fino estendida sobre as roupas. Não conseguiu evitar pensar em como o rapaz ficaria vestindo ela. Apenas ela. Tentou desviar a imagem de seu pensamento, mas em vez disso, pintou a imagem de como a cueca ficaria transparente se fosse molhada, a permitindo ver, através do algodão, o contorno da glande e dos testículos do rapaz. Imaginou-se desenhando os contornos de seus músculos peitorais enquanto ambos trocavam olhares sedutores. E pensou em quão fácil seria puxar o elástico daquela cueca, alcançando-lhe o membro. Sentiu o corpo se aquecer.

— Quer alguma coisa, senhora? – A voz do rapaz a arrancou de seu devaneio e Eva teve um sobressalto, perguntando-se quanto tempo havia ficado a encarar a cueca sobre as roupas dobradas. – Estou em seu lugar? Quer que saia? – Ele fez menção de se levantar.

— Ah! Não, pode ficar. – Eva desviou o olhar, lembrando-se do porquê de ter vindo até ali. – Quer tomar um banho? Precisa de uma toalha?

— Sim, senhora. – Respondeu, educadamente. – Esperei que saísse do banho para pedir. Não quero parecer um folgado, mas na pressa de sair de casa, acabei esquecendo a minha.

— Ora, não seja bobo. – Eva afastou a ideia com um meneio. – Vai passar pelo menos quinze dias aqui. Não precisa me pedir cada vez que pretender tomar banho. Siga-me.

Eva seguiu até a lavanderia, onde guardava as toalhas e dobrou o corpo para poder alcança-las no armário inferior, esquecendo-se por um momento de quão curto e quão largo era o short que havia vestido. Ela se demorou a encontrar uma toalha que não fosse tão velha ou que não fosse usada normalmente por si mesma ou por Eric.

A lavanderia era um local apertado, onde duas pessoas não poderiam ficar lado a lado, então, Jonathan se encontrava logo atrás de Eva, que empinava sua bunda, dando ao rapaz uma clara visão de sua virilha através do short largo e da calcinha completamente transparente.

Ao encontrar a toalha, Eva esticou o braço para trás para entrega-la para o rapaz. Ao olhar por sobre o ombro, flagrou o momento em que os olhos verdes se pousaram fixamente em seu sexo, que deveria estar quase que completamente exposto. Ao perceber que havia sido pego, o rapaz desviou o olhar, pegando a toalha rapidamente e deixando a lavanderia em direção ao banheiro, trancando a porta atrás de si.

Eva havia ficado sem reação, censurando-se por sua falta de cuidado. Mas lembrar do olhar que o rapaz a havia dignado, a deixava mais excitada do que revoltada. A bem da verdade, já fazia algum tempo que Eric não a olhava daquele jeito e, se sentir desejada novamente a enchia de pensamentos lascivos. Ela pendurou a toalha que tinha na cabeça em um dos varais e voltou para a sala, onde tinha ido para buscar suas velas aromáticas.

Tentou esquecer o que havia acontecido, mas suas mãos suavam e sua boca ficava levemente seca com o repentino surto de excitação que lhe havia tomado. Ao abrir o armário onde as velas normalmente ficavam, olhou em direção ao braço da poltrona, percebendo que as roupas de Jonathan haviam sido ali esquecidas. Ouviu, então, a água do chuveiro de visitas começar a escorrer e um pensamento lhe cruzou a cabeça. Ele teria que aparecer ali para pegar suas roupas apenas enrolado em uma toalha, usou como desculpa para si mesma a sede que sentia e permaneceu na cozinha, onde tomou alguns copos de água, esperando.

Não teria coragem suficiente para trair seu marido, mas olhar não seria considerado traição, seria?

Os minutos se passaram e a ansiedade tomava conta de seus pensamentos. Suas mãos tremiam e suavam quando ela percebeu que a água do chuveiro parara de escorrer. Ela se sentou no sofá, na sala, ligando a televisão em algum programa aleatório, no qual não pretendia prestar atenção, mas que lhe serviria como desculpa. Sua respiração começou a acelerar e ela sentiu seu rosto começar a se aquecer violentamente. Uma ideia maliciosa atravessou seus pensamentos e, por conta da falta de tempo para pensar, decidiu, então, executa-la. Enfiou sua mão por dentro da camiseta e, com maestria e prática, desatou o sutiã, tirando-o pela manga e escondendo-o sob uma almofada.

Seus mamilos estavam tão entumecidos que a fina camiseta de algodão revelava seus contornos quase que perfeitamente. Ela ainda se sentou com as pernas cruzadas em posição de borboleta, revelando levemente sua virilha, úmida de excitação, por baixo do short e, então, esperou que Jonathan viesse até ali pegar o que era seu. Se mostrar desse jeito para outro homem não seria considerado traição, seria?

O rapaz, como ela esperava, viera, timidamente até a sala, enrolado em uma toalha de banho.

— Perdoe-me, senhora. – Disse ele. – Esqueci das minhas roupas.

Ele demorou o olhar sobre seus seios e sobre o ponto entre suas pernas, desviando-o logo que percebeu o que fazia. Eva também parecia hipnotizada, percorrendo, com os olhos, o peito completamente tonificado do rapaz. Os bíceps eram tão grossos que suas duas mãos juntas não o poderiam abraça-lo e o abdome parecia ter sido esculpido a formão. Involuntariamente, ela umedeceu os lábios com a língua em uma expressão lasciva que podia, ou não, ter passado despercebida. Seu olhar, no entanto, estacou sobre o volume que pulsava sob a toalha. Eva não sabia por quanto tempo havia encarado, mas tivera tempo suficiente para mensurar o tamanho e formato do sexo do rapaz, que ganhava volume a cada pulsação, em uma dança indecente que prendia a atenção da dona da casa como se fosse o pêndulo de um hipnotizador.

Exaltado quando percebeu o que acontecia, o rapaz se exasperou, pegando logo seus pertences, e deixando a sala em direção ao quarto de hóspedes.

— Oh, meu deus! – Exclamou Eva para si mesma, sentindo seu sexo se aquecer incontrolavelmente.

Ela desligou a TV, pegou seu sutiã de baixo da almofada e se dirigiu para o seu quarto, levando consigo as velas aromáticas.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O pecado original