O pecado original romance Capítulo 4

Naquela noite, Eva chorou silenciosamente até pegar no sono. Havia esperado Eric até estar exausta. As velas aromáticas haviam queimado até se apagarem e, apesar de ter se tocado até atingir um orgasmo, seu fogo estava muito longe de seguir o exemplo delas. Gostava de pensar que, ao sentir o corpo do marido dentro do seu, o desejo repentino pelo hóspede que dormia no quarto no fim do corredor se desvaneceria. Talvez pudesse ter acontecido, não tivesse Eric chegado cansado de seu trabalho quando Eva já cochilava na cama.

Acordada por conta do barulho, ela ainda havia tentado estimulá-lo, mas o homem estava demasiado cansado para demonstrar qualquer ímpeto para o sexo.

Estaria ela ficando feia aos olhos de Eric, o único homem a quem já havia amado? A dúvida a deixara ansiosa e a ansiedade a fizera ter um sono entrecortado e insuficiente.

A frustração lhe trouxe um misto de raiva e tristeza e, na manhã seguinte, se levantou antes de o sol nascer. Por conta do calor que fazia naqueles dias, vestiu um curto robe de seda por cima do corpo nu e seguiu pelo corredor até a cozinha, onde pretendia preparar um café forte para espantar a dor de cabeça que a assolava.

Acendeu a luz e, ao sentir a brisa que corria ali, se amaldiçoou por ter esquecido as janelas da sala abertas. Apesar de não haver perigo de invasão por aquelas vias, uma chuva torrencial de verão poderia destruir os móveis mais próximos à janela.

Seguiu pela sala e quase caiu por conta do susto que tomou.

Por um breve momento, havia se esquecido que hospedava o primo de seu marido. Jonathan deitava-se displicentemente no sofá da sala. A cabeça estava apoiada em uma das almofadas do sofá, enquanto as pernas estavam esparramadas e abertas. Seu torso estava nu e, nada além de sua cueca boxer escondia sua nudez.

No espaço de um segundo, todas as memórias e desejos do dia anterior invadiram a sua mente e Eva sentiu seu corpo estremecer e se aquecer rapidamente. Jonathan ostentava uma enorme ereção que pressionava a fina cueca de algodão, dando a Eva uma noção exata do formato e do tamanho do enorme mastro do rapaz.

A mulher estacou no lugar em que estava, sentindo o coração querer saltar pela garganta. Sentiu os mamilos se entumecerem, pressionando seu robe de seda, o qual, nem mesmo havia se dado o trabalho de amarrar. Olhar e desejar aquele membro inteiro dentro de si não seria considerado traição, seria?

Ela se aproximou a passos lentos, esperando que um rompante de culpa a atingisse e a fizesse sair correndo dali, mas a frustração que Eric a havia causado na noite anterior apenas a enchia de coragem.

Passo após passo, permitiu-se aproximar do rapaz que ressonava. Sob a luz que iluminava através do cômodo, à medida que chegava mais perto, conseguia distinguir os contornos que o sexo do rapaz desenhava através do algodão. Definiu com precisão os testículos, a grossa haste, a qual, duvidava que conseguisse abarcar com uma única mão e a glande. Quando caiu em si, havia se ajoelhado em frente ao rapaz e aproximava sua cabeça pouco a pouco. Sentia sua genitália queimando de desejo e se surpreendeu ao perceber que já massageava o próprio seio. Sua respiração estava pesada e, quando parou, estava tão próxima que podia sentir o aroma almiscarado que o pênis do rapaz exalava. Desceu a mão que massageava o seio até seu sexo, que, àquela altura, já se empapava de umidade e teve que se controlar para não gemer quando introduziu seu dedo médio até a base. Chegou sua boca tão perto que foi capaz de sentir o calor que emitia.

Ela permaneceu ali por alguns momentos, apreciando o aroma e a temperatura morna que eram emanados de seu objeto de desejo, usando seu dedo médio, besuntado em seus próprios sucos para estimular o clitóris desejoso. Respirava tão pesadamente sobre o pênis de Jonathan que temia que ele pudesse acordar a qualquer momento. O marido dormia no quarto a poucos passos de distância, o rapaz dormia à distância de um centímetro de sua boca e ela se masturbava usando a adrenalina causada pelo medo e pelo sentimento de proibição que aquilo trazia.

Seu dedo se movia freneticamente sobre seu clitóris, viajando casualmente até os lábios umedecidos em busca de mais lubrificação. Quando o pênis pulsou sob a cueca, por um momento, pensou que ele poderia ter acordado, mas o encarou e percebeu que seus olhos ainda estavam fechados. Dar um leve beijo naquele membro pulsante não seria considerado traição, seria?

Tão próxima que estava, percebeu que o algodão na área da glande ficava mais e mais transparente. Estaria ele ficando mais excitado enquanto dormia? Pensar que o rapaz sonhava com ela naquele exato momento a deixava ainda mais excitada. A transparência do algodão revelava o roxo lascivo daquela enorme glande que mais lhe parecia um cogumelo.

Sentiu seu corpo estremecer quando o orgasmo se aproximou. Os espasmos a atingiram e, o ímpeto do momento a fez abocanhar a glande do rapaz enquanto sentia o corpo tremer, como se aquilo pudesse abafar seus gemidos. Mesmo através do algodão úmido, podia sentir seu sabor com toda a clareza que seu corpo permitia. Sentiu o membro a pulsar em seus lábios e a respiração do rapaz de repente, ficar ofegante. Sentiu algo morno e pegajoso nos lábios para, logo depois, perceber o sabor característico de sêmen a lhe preencher a boca. Ele havia gozado enquanto dormia. Havia ejaculado em sua boca enquanto sonhava. Estaria ele sonhando com ela?

Esperou até que o mastro do rapaz começasse a perder tamanho, sugando tudo o que conseguiu através do algodão. Não costumava gostar quando seu marido ejaculava em sua boca sem prévio aviso, mas o sabor tornava-se completamente diferente quando era acompanhado de um orgasmo tão intenso quanto aquele que acabara de ter.

Quando caiu em si novamente, deixou que o sexo do rapaz, envolvido pelo algodão branco da cueca boxer, escorregasse para fora de sua boca e, só então, percebera que havia abocanhado muito mais do que sua percepção lhe havia permitido notar. Uma enorme mancha de saliva e sêmen se fazia visível na cueca de Jonathan e, se ele viesse a acordar naquele momento, certamente perceberia o que havia acabado de acontecer. Curiosamente, sua dor de cabeça havia sumido e, então, sentiu o sono a lhe atingir o corpo de maneira violenta.

Ela se afastou devagar, sendo atingida por um repentino sentimento de culpa. Voltou para o seu quarto e fechou a porta atrás de si. Quando se deitou de volta em sua cama, ouviu passos pelo corredor seguido da porta do banheiro de visitas. Sentiu-se aliviada por ter deixado o local logo antes de o rapaz se acordar. Não seria considerado traição já que ela não havia encostado diretamente nele, seria?

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