Naquela noite, Eva chorou silenciosamente até pegar no sono. Havia esperado Eric até estar exausta. As velas aromáticas haviam queimado até se apagarem e, apesar de ter se tocado até atingir um orgasmo, seu fogo estava muito longe de seguir o exemplo delas. Gostava de pensar que, ao sentir o corpo do marido dentro do seu, o desejo repentino pelo hóspede que dormia no quarto no fim do corredor se desvaneceria. Talvez pudesse ter acontecido, não tivesse Eric chegado cansado de seu trabalho quando Eva já cochilava na cama.
Acordada por conta do barulho, ela ainda havia tentado estimulá-lo, mas o homem estava demasiado cansado para demonstrar qualquer ímpeto para o sexo.
Estaria ela ficando feia aos olhos de Eric, o único homem a quem já havia amado? A dúvida a deixara ansiosa e a ansiedade a fizera ter um sono entrecortado e insuficiente.
A frustração lhe trouxe um misto de raiva e tristeza e, na manhã seguinte, se levantou antes de o sol nascer. Por conta do calor que fazia naqueles dias, vestiu um curto robe de seda por cima do corpo nu e seguiu pelo corredor até a cozinha, onde pretendia preparar um café forte para espantar a dor de cabeça que a assolava.
Acendeu a luz e, ao sentir a brisa que corria ali, se amaldiçoou por ter esquecido as janelas da sala abertas. Apesar de não haver perigo de invasão por aquelas vias, uma chuva torrencial de verão poderia destruir os móveis mais próximos à janela.
Seguiu pela sala e quase caiu por conta do susto que tomou.
Por um breve momento, havia se esquecido que hospedava o primo de seu marido. Jonathan deitava-se displicentemente no sofá da sala. A cabeça estava apoiada em uma das almofadas do sofá, enquanto as pernas estavam esparramadas e abertas. Seu torso estava nu e, nada além de sua cueca boxer escondia sua nudez.
No espaço de um segundo, todas as memórias e desejos do dia anterior invadiram a sua mente e Eva sentiu seu corpo estremecer e se aquecer rapidamente. Jonathan ostentava uma enorme ereção que pressionava a fina cueca de algodão, dando a Eva uma noção exata do formato e do tamanho do enorme mastro do rapaz.
A mulher estacou no lugar em que estava, sentindo o coração querer saltar pela garganta. Sentiu os mamilos se entumecerem, pressionando seu robe de seda, o qual, nem mesmo havia se dado o trabalho de amarrar. Olhar e desejar aquele membro inteiro dentro de si não seria considerado traição, seria?
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