Resumo do capítulo Há uma semana do livro O pecado original de L.E. Soares
Descubra os acontecimentos mais importantes de Há uma semana, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O pecado original. Com a escrita envolvente de L.E. Soares, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.
Na quarta-feira, Eva se levantou após outra noite de luxúria. Olhou para o corpo nu que refletia no espelho e percebeu, espalhadas por sua pele, marcas avermelhadas de mordidas e vergões que contrastavam fortemente com sua alvura. Ela maquinava e planejava constantemente as novas posições e brinquedos que usaria com Jonathan em seu próximo intercurso e se sentia excitada e entusiasmada a cada vez que uma ideia particularmente criativa lhe surgia.
Jonathan a acompanhava, também entusiasmado. Eva achava, pela maneira como ele a olhava, que o rapaz continuava apaixonado. Ela se sentia um tanto infeliz pelo rapaz ter se deixado entregar de maneira sentimental daquele jeito, mas ele, ao menos, parecia ter aceitado o fato de que ela o queria apenas para saciar seus apetites e curiosidades, ou assim afirmava para si mesma. Assim como ela, ele era enérgico e criativo. Seu corpo jovem parecia estar constantemente pronto para a ação e ele nunca a havia deixado algo menos do que saciada.
O telefone de Eva vibrou sobre a escrivaninha e ela o atendeu.
A imagem de Marcos apareceu na tela enquanto Eva ainda tentava enquadrar apenas seu rosto na sua câmera.
— Marcos, oi. – Ela disse, tentando ajeitar os cabelos embaraçados. – Algo errado com o projeto?
O homem caminhava, obviamente, por uma calçada movimentada. Ele usava uma camisa preta e uma gravata em um cinza grafite e parecia ter acabado de aparar a barba.
— Muito pelo contrário, Eva. – Ele deu um sorriso, mostrando dentes perfeitamente alinhados e brancos. – O contrato é nosso.
Eva deu um sorriso e, por um momento, quase se esqueceu de que estava nua, deixando a câmera enquadrar parte de seu pescoço, ombros e decote. Marcos não parecia ter notado, o que, surpreendentemente, a fez se sentir levemente decepcionada.
— Sério? – Ela festejou. – E certamente meu projeto teve algo a ver com isso.
Ele parara em frente à fachada de um prédio momentaneamente para terminar a ligação.
— É claro que sim. O que me leva a uma segunda boa notícia. – Ele pausou por um momento, fazendo ar de mistério. – Ele gostou muito da mobília e disse que quer a designer no projeto.
— Tá brincado? – Ela pareceu muito surpresa e contente. – O projeto é meu?
— O projeto é seu. – Ele confirmou. – Mas temos que marcar uma reunião com o investidor.
Eva deu um pulinho de alegria por conta do entusiasmo e percebeu que seus seios acabaram aparecendo diante da câmera. Marcos permaneceu em silêncio por um momento, olhando em direção ao celular.
— O que foi? – Eva perguntou.
Marcos pareceu hesitar e então lançou um sorriso repleto de malícia em direção à tela.
— Está nua? – Ele falava baixo, como se quisesse disfarçar a voz.
Eva se sentiu envergonhada, corando instantaneamente. Marcos definitivamente não era como Jonathan.
— Estou. – Ela respondeu, apontando a câmera ainda mais para cima. – Acabei de me levantar, algum problema?
— E dorme nua quando está sozinha em casa? – Ele lembrou uma serpente a estudar uma presa enquanto prepara seu bote.
— Isso não é da sua conta, Marcos. – Ela levou um dedo à boca, sorrindo de maneira coquete.
— Me mostra. – Eva amaldiçoou aquela voz de comando e aquele sorriso charmoso, sentindo seu corpo quase que responder automaticamente à ordem que ele lhe dava. – Quero ver o que esconde aí.
Tamanha audácia era demais, até mesmo para Marcos e o que havia acabado de acontecer era tão surreal que Eva precisou de um momento para processar a informação. Ela sentiu seu corpo se aquecer e, por um momento, o mais certo a se fazer parecia ser obedecê-lo. Precisou se esforçar para se convencer do contrário.
— Tchau, Marcos. – Ela desligou, com as maçãs do rosto intensamente vermelhas.
Ela suspirou, aliviada. Sobressaltou-se com o celular vibrando em sua mão.
“Na sexta-feira, às 20:30, Jack Stakehouse” dizia a mensagem de texto e Eva percebeu que aquilo não era uma pergunta.
Uma hora se havia passado enquanto Eva relatava a Melissa toda a história ocorrida desde a quarta-feira da semana anterior.
— Eu não consigo acreditar. – Disse Melissa, se abanando com um leque, claramente excitada com os relatos de Eva, cuja qual sempre fora, aos olhos da amiga, uma mulher repleta de uma inocência angelical. – Menina, estou tão orgulhosa de você.
— Eu mesma não consigo acreditar em tudo o que fiz. – Eva admitiu. – Mas não acho que teria chegado a esse ponto se Eric não tivesse me dado o seu aval.
— O que? – Melissa fez uma tremenda cara de espanto. – O seu Eric deu o aval para que você fizesse isso tudo?
Eva tinha plena noção de que ela havia aceitado a explicação mais conveniente para poder usá-la como desculpa para se entregar à sua própria luxúria, pois, desta maneira, sería mais fácil de se aceitar sem deixar de se sentir uma boa esposa.
— É claro. Jonathan me disse que Eric havia enviado fotos minhas para ele. Eu estava nua e em posições comprometedoras nessas fotos. – Eva relatava aquilo em uma voz segura. – Foi ele quem armou isso tudo.
Melissa espantou-se com a declaração de Eva. Então, como quem tenta se esquivar de algo, pediu um outro cappuccino. A mudança repentina de atitude em Melissa não passou despercebida e Eva a questionou.
— Acha que essa não foi a intenção dele ao enviar aquelas fotos e arranjar aquela viagem a negócios? – Os olhos azuis de Eva se encheram de uma dúvida genuína como se ela fosse uma casa, da qual os pilares de sustentação, houvessem se transformado, gradativamente, em areia.
Melissa tentou ignorar a pergunta de Eva, limpando a boca com um guardanapo.
— Diga-me o que está pensando, Melissa. – Ela exigiu.
A amiga deixou os braços penderem, atirando a cabeça para trás, derrotada.
— Eu... preciso te contar uma coisa. – Ela disse, soltando um suspiro.
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