O pecado original romance Capítulo 43

Eva levou quase meia hora para convencer Jonathan a sair de casa depois que ele se deu conta novamente do hematoma e do pequeno corte em seu supercílio.

— Está vendo? – Ela terminara de cobrir aquilo que conseguiu com um pouco de maquiagem. – Quase não dá para perceber.

O inchaço já havia sumido quase que por completo e, depois de alguns muxoxos e beijinhos, o rapaz se deixara cair novamente nos encantos de Eva e os dois deixaram para trás a porta do apartamento.

A avenida estava ainda mais movimentada do que o esperado para uma noite de quarta-feira. As pessoas caminhavam desapressadas, escolhendo o restaurante ou bar no qual gastariam seu tempo e seu dinheiro.

— Caminhe na frente. – Ordenou Jonathan. – Quero ver como olham para você.

Ele levou a mão ao bolso, pressionando o botão no controle remoto. Eva precisou se concentrar para não soltar um gemido quando o vibrador começou a estimular seu sexo. As maçãs do rosto de Eva se enrubesceram imediatamente e ela era visivelmente incapaz de disfarçar seu semblante.

Ela encarou Jonathan por algum tempo, sentindo alguns espasmos atingirem seu corpo, o que atraía a atenção de alguns transeuntes.

— Ele esquenta. – Sussurrou Eva. – E vibra muito.

Ela mordeu o lábio. Jonathan lembrou-se do momento em que havia encaixado a protuberância em formato de pênis na vagina de Eva depois de lubrifica-la abundantemente. Em teoria, aquela protuberância estimularia o ponto G, enquanto uma outra, minúscula, permaneceria do lado de fora da vulva e estimularia o clitóris. Conhecendo-a como conhecia, Jonathan sabia que Eva logo atingiria um orgasmo e ele se sentia ansioso para ver como ela lidaria com aquilo em meio a tanta gente.

Ele pressionou o botão novamente, fazendo com que o vibrador cessasse sua vibração e permanecesse estático.

Eva pôs-se, então, a caminhar. Jonathan caminhava alguns metros atrás dela e observava quantos olhares a mulher atraía. Ela vestia uma saia cor de vinho, uma blusa decotada e o mesmo salto que usara durante o encontro com Walter. Os seios, como sempre, marcavam o tecido da blusa. Os cabelos claros pendiam, soltos e Eva, mesmo utilizando pouca maquiagem, chamava atenção por conta do batom de um vermelho vivo que escolhera para colorir os lábios. Ela ainda ostentava a marca que Jonathan havia deixado em seu ombro no dia anterior e não parecia se importar com os olhares que as pessoas dirigiam para ela.

Quando um homem particularmente atraente vinha se aproximando de Eva, Jonathan ativava o vibrador pelo controle remoto, o que a fazia se contorcer brevemente e, algumas vezes, gemer baixinho, atraindo a atenção do estranho em questão para si.

Os dois caminharam por alguns blocos dessa maneira e, ao chegar ao final da avenida, pararam um ao lado do outro, como se fossem desconhecidos. À Frente de Eva, havia um homem que esperava a luz do semáforo ficar verde para atravessar a rua. O sinal acabara de se fechar para os pedestres, o que significava que eles permaneceriam ali por alguns segundos.

— Ahn! – Eva gemeu baixinho, sobressaltando-se ao sentir sua vagina vibrar no ritmo do brinquedo ali inserido.

Os olhos dela encontraram os de Jonathan, que observava cada um de seus movimentos. O homem imediatamente à frente de Eva olhou por cima do ombro, como que atraído por um chamado.

Eva baixou os olhos, tentando disfarçar o calor que sentia a aquecer o interior de seu sexo e se irradiava dali para suas extremidades em ondas incontroláveis.

Ela levou suas mãos para baixo, tendo que lutar momentaneamente contra o instinto de tocar sua vagina. Segurou, então, o tecido da saia com as duas mãos, torcendo-o com força, tentando parecer o mais casual que conseguia.

Um aroma almiscarado atingiu suas narinas e ela se esforçou para manter o foco naquele cheiro. Então, ergueu os olhos, perscrutando as pessoas paradas em volta, em busca do dono daquele perfume e percebeu-se próxima demais do homem a sua frente. Ele vestia uma camisa polo preta e uma calça jeans colada ao corpo. Era um homem dourado, de nariz adunco e olhos pretos como a noite. Ele observava Eva curiosamente e somente naquele momento ela pareceu perceber que sua respiração estava ofegante e ruidosa. Ela soltava gemidinhos a cada vez que Jonathan mudava o ritmo da vibração no aparelho e ele tentava fazer isso de maneira ritmada.

— Está bem, senhorita? – O homem perguntou em uma voz grave.

Eva o encarou, seus olhos azuis escancarando sofreguidão. As maçãs de seu rosto estavam completamente coradas e ela mordia seu lábio inferior, incapaz de controlar-se.

— A senhorita está bem? – Ele repetiu a pergunta, arrancando Eva momentaneamente de seu devaneio.

Eva meneou a cabeça de maneira positiva.

— Ahn! – Ela deixou escapar, alto demais, desviando seus olhos para o chão.

Jonathan a observava, divertindo-se com a situação. Ele sentia sua ereção a pressionar incomodamente de dentro da calça e, por mais que tentasse disfarçar usando suas mãos, tinha a impressão de que ela estava tão evidente que qualquer um a poderia perceber

— Uuhng! – Jonathan ouviu Eva gemer um tanto mais alto quando o homem levou a mão e agarrou-a pelo braço, impedindo-a de desabar ao chão.

— Senhorita, está sentindo dor? Precisa que a leve para o hospital? – Eva se contorcia e espasmava, por mais que tentasse se conter.

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