Marissa gemia copiosamente, sem parecer se importar com a voz de Thiago, que por vezes soava abafada no telefone que jazia sobre a cama.
— Não, aí não. – Ela implorou, levando a mão para trás para segurar o pulso de Eric. – Ahn! Dói, Eric.
Eric havia sacado seu indicador de dentro de Marissa e, em um ato sádico, inserido o polegar em seu ânus, até a base, enquanto, com seu pênis, abria-lhe a vagina.
Ela contorcia suas pernas, tentando escapar de Eric, mas ele as pressionava contra a beirada da cama, impedindo a fuga.
A jovem, resignada, como se houvesse percebido que de nada adiantaria seus apelos, puxou para perto um travesseiro onde cravou seus dentes a tento de disfarçar a dor.
Eric a penetrou lentamente, deixando-a se acostumar com a miríade de sensações que vinha sentindo e, quando percebeu um acalmar em sua luta, puxou seu polegar até que tivesse deixado seu orifício quase por completo, enterrando-o, novamente, até a base, fazendo-a soltar um suspiro sôfrego contra o travesseiro. Ele repetiu aquele movimento por mais algumas vezes, acelerando o vai-e-vem de seu quadril.
Como que para disfarçar a sensação de dor, Marissa entreabriu suas pernas e esgueirou sua mãozinha até seu clitóris, massageando-o freneticamente em busca de prazer. Momentos depois, quando ela, aparentemente, havia se acostumado com a dor, voltou à realidade por um momento, encarando o celular como se a recentemente percebida voz abafada do ex-namorado a tirasse de um devaneio e, então, levou o indicador até o ícone vermelho na tela e encerrou a ligação.
Ela se permitiu gemer mais alto, por pouco não rasgando a fronha do travesseiro a dentadas.
— Hmm! – Ela choramingou por entre os dentes. – Eric. Eric, Eric! Hmm!
Eric sentiu as perninhas estremecerem e chacoalharem enquanto o ânus de Marissa apertava seu polegar com força. Ela cerrou os dentes e os olhos, enquanto sentia seu corpo ser surpreendido por um orgasmo pelo qual não esperava.
— Aaah! – Uma gota de lágrima escorreu pela bochecha de Marissa enquanto sua boca se torcia em um meio sorriso à medida que conseguia relaxar.
Eric puxou seu dedo de dentro da jovem, sentindo seu ânus a expeli-lo, contraindo-se aliviado e, quando sentiu as pernas dela cederem, deixou-a escorregar para o chão.
— Aqui, abra sua boca. – Ele ordenou, fazendo-a se virar para ele. – Abra para mim.
A jovem, ainda aturdida, sentou-se de frente para Eric e fez como ordenado, abrindo sua boca.
Eric se aproximou, posicionando o pênis próximo ao rosto de Marissa e passou a se masturbar violentamente enquanto Marissa o encarava com seu olhar inocente, aguardando.
Ele posicionou a glande sobre o lábio inferior da jovem e segurou seus cabelos pela nuca. Continuou a bombear seu membro e, quando sentiu a ejaculação se aproximando, apontou-o em direção à garganta de Marissa, despejando seu sêmen no fundo de sua boca.
Marissa ameaçou cuspi-lo, mas Eric a segurou pelo queixo e fechou sua boca.
— Engula. – Ordenou.
Por um momento, Marissa hesitou, como que estranhando aquela faceta de Eric a qual aparentava ser desprovida de qualquer compaixão e então, empurrou o esperma espesso que estava em sua boca para o fundo da garganta, engolindo-o em seguida.
— Boa menina. – Eric se abaixou para alcançar a boca de Marissa e depositou um beijinho em sua boca.
Ele a ajudou a se erguer e, depois, jogou-se de bruços sobre a cama. Ela deitou-se ao seu lado, encarando o teto, permanecendo em silêncio por algum tempo.
— Eric. – Marissa chamou.
— Hm? – Ele respondeu em um murmúrio.
— Por que fez aquilo? – Ela perguntou, baixinho. A voz lhe falhou por um momento.
Eric se virou para ela, encarando-a. “Talvez eu tenha exagerado”.
— O que quer dizer? – Ele perguntou, sabendo exatamente do que ela falava.
Ela se retraiu, envergonhada.
— Ah, você sabe. Enfiar o seu dedo lá. – Ela perguntou, por fim.
Eric sorriu.
— Achei que você iria gostar. – Ele levou uma mão ao rostinho da jovem, percebendo o rastro ressecado que a lágrima havia deixado em sua bochecha.
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