Resumo de Requinte – Uma virada em O pecado original de L.E. Soares
Requinte mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O pecado original, escrito por L.E. Soares. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
A porta se abriu para revelar o salão do terceiro piso. As mesas, dispostas e forradas com toalhas e decorações em branco e dourado, ao contrário das mesas no piso inferior, distanciavam-se muito umas das outras, a iluminação geral era clara e convidativa, lançada por lustres dourados e repletos de prismas de vidro. Um pianista tocava suas sinfonias em um piano de cauda, trajado em um fraque escuro a um dos cantos e um maître os esperava à porta do elevador. No bar, um bartender esculpia um diamante de gelo para a bebida de algum empresário excêntrico de alguma das mesas enquanto um garçom depositava taças com líquidos de diferentes cores à uma bandeja para entregar os coquetéis que já haviam sido preparados.
— Boa noite ao casal, o cavalheiro gostaria que eu levasse seu paletó? – O maître falava com um forte sotaque que Eva deduziu ser francês.
Marcos, auxiliado pelo homem, despiu-se do paletó, mostrando seu largo peito coberto por uma camisa azul marinho.
— Por favor, me sigam. – Ele chamou, guiando-os até uma mesa para dois. – Eu me chamo Jean. Eu serei seu guia por essa noite.
Ao chegarem à mesa, Marcos puxou a cadeira para que Eva se sentasse e, então, sentou-se ele mesmo do outro lado.
Eva esperou que o maître os desse as boas vindas e depositasse os cardápios com a capa decorada em tecido pérola e arabescos em fios dourados, explicasse os pormenores e se retirasse polidamente.
— Eu não imaginava que o Jack Stakehouse tivesse um salão tão requintado. – Ela comentou. – Eu mal sei como me comportar aqui, Marcos.
Ele sorriu, levando a mão até a dela, apertando-a entre os dedos enormes.
— Tenho certeza de que está em seu habitat natural. – Ele lhe deu uma piscadela.
Eva sorriu de maneira tímida antes de puxar sua mão e, então, tomou um dos cardápios, transcorrendo os olhos pelos itens ali descritos, sentindo-se brevemente intimidada pelos preços exorbitantes.
— Eles têm foie gras. – Eva comentou, surpresa, levando a mão à boca e falhando em disfarçar o entusiasmo quase infantil. – Eu quero foie gras.
Marcos sorriu, encarando-a por sobre os olhos, claramente divertido com o ar inocente que ela exalava.
— Pois vamos pedir, então. – Os dentes de Marcos eram brancos e perfeitamente alinhados. – O pãozinho que eles trazem para comer com o patê é maravilhoso.
Eva, ao mesmo tempo que se sentia tensa com o requinte do ambiente, estava entusiasmada para provar as miríades de sabores que aquele estabelecimento tinha para oferecer.
Ela se policiava constantemente, evitando deixar que sua mente viajasse até Jonathan enquanto estivesse ali. Quando o sommelier chegou, trazendo a carta de vinhos da casa, Marcos puxou a cadeira para seu lado, permitindo-se ficar ali enquanto os dois dissertavam sobre o vinho perfeito para a situação com o auxílio do profissional.
No fim, dois rótulos foram escolhidos depois de uma breve discordância que acabou em algumas gargalhadas e um flerte óbvio e audaz de Marcos que fez com que o coração de Eva desse um salto repentino dentro de seu peito.
O profissional se virou, pedindo licença e deixou os dois aonde estavam.
Fingindo desatenção, ao se levantar, por conta da proximidade, um dos dedos de Marcos roçou levemente na coxa de Eva, desnuda pela fenda do vestido e aquele toque repentino fez os pelos em sua perna se arrepiarem. Ela ainda sentia seu sexo quente e úmido e todo aquele cenário parecia se esforçar em guiá-la em direção à loucura.
Se Jonathan ao menos estivesse ali.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O pecado original