Se Karim imaginasse como a noite terminaria, teria se embebedado bem mais cedo. Mas não, por Alá, ele não poderia imaginar qual era o seu destino. Confundir uma amiga de Agnes com uma prostituta? Ele estava incrivelmente ferrado. Tinha feito a coisa mais errada impossível! E ainda havia a tocado daquela maneira suja!
Por Alá, seria castigado? Era uma menina que seguia o islã, era óbvio. E bem provável que ele havia constrangido a menina tirando-lhe o primeiro beijo. Não somente algo pecaminoso, como deveras longe do que ele tinha prometido a si mesmo. Nunca desvirtuaria uma fiel seguidora do profeta.
E ali tinha ele descumprido a própria promessa. Não só havia beijado a menina, como havia a tocado de várias maneiras.
Claro que a inocência dela tinha ajudado bastante para que ele não conseguisse parar. Os suspiros verdadeiros de uma jovem nunca antes tocada nunca tinham servido de tanto deleite aos seus ouvidos como naquele momento. E ela tremia. Dos lábios até o corpo todo, a mostra perfeita de que ele, com certeza, estava sendo o primeiro dela em todos os sentidos: beijo, carícia e, esperava ele antes de descobrir a verdade dos fatos, até mesmo no ato.
Teve que desfazer os pensamentos quando descobriu quem ela era. Ainda que seu corpo estivesse longe de querer desfazer os pensamentos sujos que ele tinha vontade de fazer com a garota. Balançou a cabeça negativamente.
Precisava se apegar a sua promessa, mas como se nem a suposta alegria que deveria sentir enquanto ouvia os gritos e choros da jovem que estava sendo desvirginada por ele conseguiam apagar o fogo que corria a pele dele de querer outra virgem que não a que ele arrombava no momento? O que estava ajudando no momento era imaginar que no lugar da jovem abaixo dele, havia era A outra gritando pelo seu nome. Estocou um pouco mais. Ah, se fechasse os olhos, conseguiria atingir o ápice imaginando a outra. E foi assim que com algumas estocadas a mais, conseguiu gozar na jovem estirada na cama. Ainda assim, não estava satisfeito. E isso o enfezava mais do que qualquer coisa.
― Vamos, se vire. ― Disse sério enquanto a jovem morena choramingava. Havia um rastro de sangue na cama e muitas lágrimas. Mas ela deveria saber que o que a aguardava eram homens muito piores. Pensou Karim. Ao menos com ele era apenas sexo selvagem. Havia, infelizmente, homens que a machucariam por prazer e outras coisas mais que no momento ele não estava a fim de pensar. Não queria estragar o gozo. A menina se virou como pedido e Karim suspirou enquanto perguntava para a jovem:
― Como poderei seduzir uma jovem garota para gozar comigo? Se tratando de alguém que nunca teve outro homem... precisarei de uma boa tática para a menina. ― Pensou alto.
― Você vai me seduzir? ― Perguntou a garota choramingando e com um reles fio de esperança que Karim tratou de arrancar de uma vez, tal como um bandaid.
― Não você, sua tonta. ― Bufou e enfiou-se dentro da menina com tudo que gritou exasperada pela dor alucinante. Karim tratou-se de desligar se dos gritos e voltou a pensar. Precisaria de um bom plano se realmente estivesse a fim de descumprir sua promessa e desvirginar uma jovem muçulmana. Mas com sorte tinha o plano perfeito. Bastasse que esperasse um pouco para colocar tudo em ordem. Sorriu.
― Oh, céus. Preciso falar com você Karim ― Disse Omar entrando no quarto e, ao ver a cena, saindo imediatamente. ― Não gosto de vê-lo assim.
― Assim como? Gozando? ― Disse Karim rindo. Omar revirou os olhos.
― Assim sem esposa, Karim. Isso não agrada o profeta.
― Estou pouco me lixando para o profeta.
― Pois deveria. ― Repreendeu Omar. Karim suspirou revirando os olhos e saindo de dentro da menina. Já tinha dado para ele. Não conseguiria gozar uma segunda vez. Não sem imaginar a dona dos seus pensamentos mais pervertidos.
― Estou solteiro, Omar. Me deixe em paz pelo menos um pouco. Já não basta ter que me casar forçado.
― Você aprende a amar. ― Omar deu de ombros.
― Corrigindo, você aprendeu a amar Aisha. Eu não conseguirei nunca amar ninguém. Não vê que não nasci para isso, irmão? ― Colocou as calças e começou a abotoar a blusa. Se o irmão o havia chamado era porque o assunto era sério.
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