A semana passava calmamente sem grandes surpresas. Karim realmente se recuperou bem e começou a estudar com mais afinco sobre o Reino aproveitando o tempo de luto.
Quando o segundo mês passa, Karen já com seis meses e meio de gravidez, os presentes começam a chegar pouco a pouco felicitando o futuro herdeiro da nação. As pessoas passam a enxergar o luto com mais esperança de tempos melhores esperando o herdeiro tão aclamado e o amor sem fim.
Alguns paparazzi conseguiam tirar foto dos futuros Reis. Mostravam nas revistas de fofocas o amor incondicional de Karim por Karen, mostravam a amabilidade de Karen e mostravam, principalmente, o rigor com que a realeza seguia o islamismo, já que com a chegada do Ramadã, o mês onde os muçulmanos jejuavam enquanto houvesse sol.
O tempo continuava passando enquanto isso. Os meses avançando, o luto pouco a pouco sendo substituído por esperança, a temperança por dias melhores. Quando Karen completa sete meses de gravidez, falta apenas duas semanas para que o luto instaurado acabe e Karim tenha que assumir o trono. O medo é algo que se instaura em cada célula dele, mas Karen tenta ajudá-lo. Ao menos os chutes de Omar os lembrando da presença dele são mais que suficientes para que o casal feliz continue firme no propósito de fazer o melhor por Omã.
Contudo, naquela semana, eles não foram o foco de atenção de Omã. Aziz e Alisha realmente estavam se casando e toda a atenção estava voltada para o casamento que seria o foco do ano.
Karen e Karim compareceram por poucos minutos para não roubar a atenção do casal, mas foi impossível. Era evidente o charme de Karen em um vestido sóbrio preto demarcando ainda o tempo de luto. Karim também estava com um terno preto e uma gravata da mesma cor, demarcando, ainda, a dor que se instaurara no coração deles.
Mesmo na simplicidade, o foco ficou por bastante tempo na princesa de Omã. Talvez porque ela não quisesse ser notada e por isso mesmo fosse tão esplendida, talvez porque ela e Karim estavam tão entretidos com Omar que o relacionamento deles causava suspiros em todos os fotógrafos que os fotografavam. O motivo que fosse, Alisha não deixou de demonstrar o seu desagrado com a presença deles, o que durou por meio segundo, pois logo ela se recompôs na sua fachada de mulher poderosa.
As mulheres costumavam se casar de várias cores em Omã, mas muitas tinham aderido a moda ocidental usando a cor branca que trazia pureza e de certa forma demarcava que a moça era virgem. Talvez porque não esperassem, foi com surpresa que muitos receberam Alisha usando vermelho. Um vermelho bem chamativo que combinava com os lábios da mesma cor.
Ela não estava de hijab, mas também não o usava como um costume imposto. Seu vestido era muito bonito, ainda que de cor forte e os olhos estavam bem demarcados de preto. Aziz logo apareceu usando uma thobe branca, fazendo muitos bufarem ao pensar que Aziz poderia usar um terno depois de tanto tempo sem vê-lo em um.
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