O Príncipe do Oriente romance Capítulo 4

Resumo de Capítulo 4 - Karim: O Príncipe do Oriente

Resumo do capítulo Capítulo 4 - Karim do livro O Príncipe do Oriente de Diana

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 4 - Karim, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Príncipe do Oriente. Com a escrita envolvente de Diana, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

O almoço estava sendo entediante para Karim. Se o irmão e a noiva não estivessem salvando aquele fiasco de confraternização, conversando com os convidados, sorrindo e falando gracejos da mesma forma que o recebiam, Karim tinha certeza que tudo teria sido uma droga ainda maior. Ainda mais porque Karen não havia saído um segundo sequer do lado de Agnes e Seth que estavam acomodados tranquilamente numa mesa com farta comida, rindo e falando sobre tudo.

Karim sabia que precisava convencer Karen de andar de cavalo. Estava tudo certo. Ele tinha o plano perfeito, ou pelo mesmo acreditava que era um plano perfeito. No entanto, como convencê-la sem parecer que tinha se interessado pela menina? Pensar nisso o deixava febril, quase num estado de raiva preeminente.

Ele odiava se sentir tão eufórico. Mas não podia fazer muito a respeito.

― Muitos casais estão passeando de cavalo, porque vocês não tentam também? ― Perguntou seguindo em direção a Seth e Agnes.

― Não trouxe o meu cavalo. ― Disse Seth dando de ombros e colocando um salgadinho na boca. Agnes sorriu.

― Mas isso não deve ser um empecilho! Eu tenho vários, não se esqueça, irmão. Venha, pelos velhos tempos. Venham. ― Seth voltou a atenção para Agnes, apreensiva enquanto tentava engolir um salgadinho que não descia, para Karen que engasgara com o chá e então para o príncipe. Ainda que o chamassem de inconsequente pelos erros do passado, Seth não era burro. Percebia que tinha algo de errado naquele pedido estranho e falas sobre o velho tempo.

De qualquer forma, Karim tinha deixado nas entrelinhas da sua fala que aquilo não estava lá muito perto de um pedido, mas quase uma ordem. E Seth também era esperto o suficiente para perceber isso. Ao menos Karim esperava que eles entendessem isso.

― Eu vou com você, Ag. ― Disse Seth se levantando e estendendo a mão para a esposa. Agnes pareceu encabulada e Karim não conseguiu desviar os olhos de Agnes achando que tinha alguma coisa ali que ele precisava prestar atenção.

― Mas a Karen… ― Ag engoliu em seco e Karim abriu um largo sorriso. Ah, havia compreendido então.

― Já andou de cavalo alguma vez, Karen? ― Perguntou. Finalmente, a atenção da moça voltou até ele e Karim quase esqueceu como se falava olhando a beleza da jovem, mais estonteante naquele dia que ela usava um conjunto verde bem clarinho.

― N-Não. ― Ela respondeu. O seu gaguejar deixava ele ainda mais desperto do que ousara imaginar que ficaria.

― Eu vou ensiná-la então. Não se preocupem. ― Seth concordou com a cabeça enquanto Agnes ficou desesperada.

― Mas nós podemos ensiná-la… Não podemos Seth? ― Karim conhecia bem essa psicologia das mulheres. Era melhor que cortasse logo qualquer ideia pela raiz antes que Seth também começasse a desconfiar de alguma coisa. Já bastava as duas mulheres compartilhando segredos.

― Para que? Vocês precisam aproveitar o passeio. Além disso, Karen ficará bem. Outros empregados me ajudarão a ensiná-la. ― Seth pareceu concordar antes de Agnes, o que não deu outra alternativa para Ag além de olhar para Karen sem saber o que fazer.

Karen poderia dizer o mesmo. Tinha visto o esforço que Agnes havia feito. Mas pelo visto teria que ficar a sós na presença do príncipe mais uma vez. Só esperava que nada de ruim acontecesse por isso.

Quando Karim ofereceu o braço, Karen não deu o seu. Não o tocaria novamente. Além do mais, ele estava pensando que era quem? Não era parente dela, tampouco o noivo dela para que ela ficasse tão próxima dele. Ele sabia muito bem disso.

Sua atitude fez com que o sorriso que havia na face do príncipe sumisse. Ele queria tocá-la e isso o deixava quase possesso. Não havia nada que ele não conseguisse na vida. Em passos longos ele alcançou um empregado que segurava dois cavalos.

― Não é muito difícil. ― Começou umedecendo os lábios. ― Basta que você saiba usar as rédeas da forma certa que o cavalo te seguirá. Mas primeiro… ― Ele olhou para o empregado ao seu lado que esperava ordens.

― Vamos subir primeiro. ― Ele estalou os dedos e o empregado começou a fazer carinho no cavalo enquanto oferecia um torrão de açúcar. Karen achou tudo muito piegas.

― É a minha empregada, eu preciso ir atrás dela! ― Mas para a surpresa dele, Agnes começou a gritar, o cavalo dela relinchando e quase a derrubando também por conta do desespero com o barulho. Quando Agnes caiu no chão, gritando pelo tombo e com medo de ser pisada pelo cavalo, Karim sabia que o circo armado estava perfeito.

― Ajude-a, estou indo! ― E não deu tempo para Seth falar nada, até porque ele realmente parecia preocupado com a esposa. Saiu em disparada com o cavalo. Conhecia aquele campo muito bem. Sua paixão eram cavalos e conhecia Hillston, o cavalo que Karen estava, melhor do que todos. Se estivesse certo, ele seguiria para a mesma direção de sempre próxima dos rochedos. Só precisava parar o cavalo antes.

Aumentou ainda mais a velocidade até avistar o cavalo. Com impulso se colocou na frente do caminho de Hillston, o que fez o cavalo frear com força tentando parar. Karen gritava assustada. Não era por menos, pensou Karim. Para quem nunca tinha andado de cavalo, correr com um deveria ser um grande desafio. E ainda mais correr sem cair.

― Você está bem? ― Perguntou parando ao lado, um cavalo quase encostando no outro. Buscou as rédeas das mãos trêmulas de Karen forçando o cavalo a parar de fato. Karen balançou a cabeça negativamente, o medo parecendo infiltrar em cada uma das células dela. Tremia tanto que Karim suspirou e desceu do cavalo puxando-o para pastar num canto enquanto voltava até onde Karen estava.

― Vamos, eu te ajudo a descer. ― Continuou. Karen voltou sua atenção para ele. Seus olhos já estavam marejados de medo e ela balançou a cabeça negativamente.

― E-Eu não vou descer daqui! ― Disse nervosa. Tinha medo de que descer deixasse o cavalo mais furioso do que ela continuar nas costas dele. Karim se aproximou ainda mais do cavalo dando carinho no torso do mesmo.

― A chance dele fazer isso de novo é alta. É melhor você descer. Apenas pule, que eu te ajudo. ― Tentou convencer a jovem. Karen balançou a cabeça negativamente. Karim sabia que tinha pouco tempo antes de tocar a jovem novamente. Na certa, logo Seth apareceria ali.

― Vamos lá. Confie em mim, Karen. ― Disse. Nesse momento, se sentiu o maior babaca do mundo. Estava pedindo para a jovem confiar nele, justo nele que queria beijá-la mais uma vez. Só podia ser um filho da mãe mesmo.

Mas Karen pareceu concordar aflita, para o alívio de Karim.

E essa era a chance perfeita que ele esperava ansiosamente desde o início do passeio.

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