O Príncipe do Oriente romance Capítulo 49

Não pude amamentar meu filho nos três primeiros meses de vida dele, mas tive a graça de Deus de poder amamentá-lo e cuidar dele depois disso. Foram momentos de tristeza e alegria, mas no fim Deus sempre cuida e protege para que tenhamos momentos melhores.

Felizmente, depois de toda a tempestade, estávamos na bonança.

Já fazia três anos que todos os problemas tinham nos atingido em cheio e graças a Deus agora tudo estava nos conformes. Não houve mais escândalos depois disso, não houve mais tentativas de assassinato com a família real e a alegria inundava Omã. Omar estava com três anos completos e Aleyah, nossa segunda filha, ia completar um ano em pouco mais de um mês.

Não havia felicidade maior para nós.

Era claro que precisávamos ter cuidado, os paparazzi eram muitos, todos queriam tirar fotos dos meus filhos, principalmente quando não estávamos percebendo, mas eu tentava fazer com que as crianças encarassem isso como normal quando saíamos para longe do castelo, porque não podíamos ficar sempre trancados ali, impedindo que as crianças fossem normais como todas as outras e tivessem a chance de serem feliz.

No fim, foi mais fácil porque Omar brincava com Mia, a filha de Fer, e Aleyah estava com a mesma idade que Ayra e Zain, filhos gêmeos de Agnes e Seth. Então eles sempre estavam juntos, brincando, juntos de Mohamed também.

― Estão prontos? ― Perguntou Karim dando-me a mão. Sorri.

― Estamos sim. ― E eu dei a mão a Omar enquanto Karim tentava conter uma Aleyah agitada nos braços.

Fomos escoltados até a Casa de onde os guardas ficavam à distância apenas analisando o ambiente sem se meterem. Afinal, as crianças precisavam ter a vida delas, brincarem sozinhas.

Enquanto os pequenos iam para onde estavam os brinquedos a fim de brincar com os amiguinhos, eu e Karim adentramos a cozinha onde os adultos estavam reunidos, falando alto, cozinhando e rindo.

― Salam Aleikom. ― Disse Karim em alto som fazendo com que o povo falasse em uníssono:

― Aleikom bi Salam. ― Karim apertou a minha mão gentilmente.

― E aí? O que contam de bom? ― Perguntei tentando me inteirar do que precisava fazer, já que boa parte das coisas pareciam já ter sido feitas.

― A Lu perdeu mais um dentinho. ― Disse Fer sorrindo.

― E a Fer tá grávida de novo. ― Disse Ag piscando para a amiga que arregalou os olhos.

― Mas nem que toda a areia do deserto suma! ― Rimos. ― Já basta três. Nada mais de filhos não. ― Continuou.

Sophia apareceu na cozinha beliscando um bolinho de arroz e sorrindo.

― Ah, o Seth aqui vai fazer papel de malvado, já que o meu pai não está presente. ― Franzi o cenho confusa.

― Porque? ― Perguntei curiosa.

― Noah. ― Foi o que Agnes se limitou a responder e todos gargalharam ao ver a cara de Seth se fechando em menção a esse nome.

― O que tem esse Noah? ― Perguntou Fer cutucando Sophia. A menina quase engasgou com outro bolinho, as bochechas ficando mais vermelhas que o molho de tomate que sua mãe preparava, aparentemente alheia a conversa. ― É bonitinho? ― Al fuzilou Fer com o olhar, mas ela fingiu que não viu nada.

― É um metidinho de um babaca que tá querendo vir pedir a Sophia em casamento. ― Arregalei os olhos tomada de espanto. Eu e mais alguns exclamamos:

― O que!? ― Seth concordou também roubando um bolinho e estendendo a mão num gesto de sinal afirmativo.

― É esse tipo de reação que vocês tem que ter quando ele aparecer, muito bom galera! Ele acha que eu e mais ninguém sabe.

― Eu não deveria ter te contado nada, Seth! ― Disse Agnes revirando os olhos. ― Me perdoe, Sophia. ― E a menina estava completamente muda, não ousando falar um ai.

― E bom… Alguém poderia desmaiar também. E Karim… ― Karim que estava escondido pegando um pouco de coca-cola sorriu amarelo ao perceber que eu o tinha pego no flagra. Ele tinha dito que ia parar de beber coca para que as crianças não pedissem, mas estava sendo uma tarefa difícil para ele.

― Você poderia dizer algo como: Vossa Majestade Imperial é contra esse casamento! E alguém podia rufar tambores! ― E eu e Fer não aguentamos caindo na gargalhada.

― Mas o que? ― E ele infelizmente parecia falar sério, o que tornava tudo mais cômico ainda.

― Seth! Ela nunca vai arrumar ninguém se você continuar espantando os homens assim! E o Noah parece direito. ― Seth revirou os olhos. ― Eu não deveria ter te contado.

― E… Porque você contou mesmo, amiga? ― Perguntou Fer. Agnes revirou os olhos.

― Por que ele é péssimo para perceber as coisas!

― Hey! Não sou não! ― Seth bradou. Karim quase cuspiu coca.

― É sim, Seth. Eu tava quase pedindo a Karen de bandeja e você estava quase me dando. ― Seth fechou a cara se sentindo insultado. Agnes teve que ir ao socorro dele apertando as bochechas dele.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Príncipe do Oriente