Perverso romance Capítulo 28

Resumo de Capítulo 27: Perverso

Resumo de Capítulo 27 – Capítulo essencial de Perverso por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 27 é um dos momentos mais intensos da obra Perverso, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Enquanto eles conversavam observei o local, tinha alguns gansos brancos correndo pelo quintal e ovelhas atrás de uma cerca. Tinha outros animais também, dando um ar rural ao local.

Antes de entramos olhei para o lago, tinha um píer fazendo um caminho até a parte mais funda.

— Jade! — Amélia apareceu na porta. Veio correndo até mim e me abraçou.

— É bom ver você também. — Tento me acostumar com a ideia de receber um abraço assim der repente, não foi difícil, Amélia conseguia ser sincera em tudo que fazia.

— Estou aqui também, Amélia. — Sebastian lembrou olhando para ela.

Ela sorriu e foi abraçar o irmão também.

— Quando Sebastian ligou dizendo que você passaria a tarde inteira comigo, fiquei tão animada. — Disse com entusiasmo no tom de voz. Meus olhos foram parar no Sebastian, ele realmente queria tirar meu tédio. — Soube do que aconteceu na festa de ano novo...

Natacha limpa a garganta, com os olhos mirados em direção a Amélia.

Faço um gesto com a mão.

— Está tudo bem. — Afirmo tentando parecer convincente.

— Por isso evito passar tempo com aquela velha esnobe. — Natacha admitiu. Sebastian olhou para nós pelo rabo do olho. — Desculpe, querido.

Na casa não tinha muitos móveis luxuosos, um sofá carmim ficava em direção a uma porta que dava acesso ao jardim e por fim o lago,

uma escada dava acesso ao segundo piso, o único cômodo do andar de baixo era separado da sala por um batente, presumi que lá fosse a cozinha.

— Bem, suponho que conseguem se virar com a Amélia. — Natacha pega sua bolsa de cima do sofá. — Tenho que ir ao hospital, passar o resto da tarde com o pai de vocês.

Vejo o olhar de Sebastian cair. Não imagino o quão doloroso devia ser, na verdade, eu sabia, mas penso que ver o pai morrer aos poucos é pior que uma tragédia. É como se você tivesse uma ferida aberta, e toda hora alguém cutucasse até sangrar, nunca criando uma cicatriz.

Ele assentiu depois de algum tempo.

— Você pode acompanhá-la, se quiser. — Olho bem para seus olhos azuis. Estava confirmando a ele que não tentaria fugir nas próximas horas. — Eu me dou bem com a Amélia.

— Não. Vou amanhã. — Disse por fim.

Ele não queria se certificar de que eu não tentaria nada, Sebastian queria evitar que cutucassem novamente a sua ferida.

Natacha foi embora em um conversível vermelho.

Eu e Amélia observamos o carro dela deixar a propriedade, enquanto Sebastian subiu para o andar de cima sem dar mais explicações.

Percebo os ombros de Amélia caídos, seus olhos cintilavam, não de felicidade, tristeza por ver o pai naquela situação.

— Pode me mostrar seu quarto? — Toco seu ombro apertando levemente.

— Claro!

O andar de cima tinha poucas portas, em uma dela havia uma placa pendurada escrito: "Princesa Amélia". Vejo o esforço que ela fez para virar a placa, segurei o riso.

Assim que abriu a porta, pensei por alguns instantes que estava adentrando o céu, seu quarto era todo de uma tonalidade rosé, uma cama king size com lençóis brancos, prateleiras com bonecas, ursos e uma mesinha de estudos.

Olhei ao redor completamente maravilhada, era o quarto dos meus sonhos.

— Uau!

Ela caminhou até a cama com indiferença, já estava acostumado com tudo aquilo.

— Seu quarto parece um sonho.

— Tenho que mudar a decoração desse quarto. Faz anos que não venho aqui. — Ela dá duas batidinhas no local livre ao seu lado. Vou até lá e sento, ainda observando tudo. — Sinto muito por não ter ido naquela festa. Você teria se sentido melhor se visse alguém que conhece.

Solto um sorriso nasal.

— Não precisa pedir desculpas, você não teve culpa de nada. — Seguro suas mãos. — Sua tia que foi um pouquinho rígida demais.

Ela faz careta.

— Rígida? Ela foi uma verdadeira megera! Não precisa fingir modos estando comigo.

Sorrio.

— Certo, mas não posso dizer a você o que penso sobre ela.

Amélia gargalha.

— Aposto que você deseja tacar fogo nela tanto quanto eu. Aquela bruxa maldita. — Percebi que ela falava com ódio quando se tratava da Viviane.

— Tem algo que incomoda você a respeito dela?

Seu rosto transformou-se.

— Absolutamente tudo. Ela pensa que por eu ser filha de outra mulher, não tinha o direito de herdar o nome Stan. — Revirou os olhos. — Fora o fato dela tratar a minha mãe como se fosse uma... vadia.

— Sebastian parece se dar bem com sua mãe.

Ela mostra um meio sorriso.

— É. Eles gostam dela. — Umedeceu os lábios com cuidado para não borrar o gloss. — Depois que a mãe deles morreu, acho que todas as mulheres da família se mobilizaram com a situação. Eles têm mães mais do deveriam.

Uma pergunta surge nos meus lábios, eu sabia que seria algo evasivo, mas precisava saber.

— Como ela morreu? — Pergunto.

Amélia solta minhas mãos e olha para o lado.

Péssima ideia.

Como pude ser tão insensível assim?

— Desculpa, mas não acho que eu deva te contar isso. — Levantou da cama. — Isso é algo que apenas o Sebastian pode te dizer. Não cabe a mim.

Assenti com os olhos fechados.

— Tudo bem. — Sorrio para ela.

— Quer comer algo? — Sugeriu.

Passamos o resto da tarde conversando sobre a vida, Amélia me contou sobre um garoto da sua turma, de olhos castanhos, que se declarou para ela antes do feriado de Natal. Falei o pouco que podia sobre mim, ela estava empolgada demais para me perguntar as coisas.

Por fim, tomamos chá no jardim, de frente para o lago.

— Jade, você era virgem antes do Sebastian? — Perguntou ela enquanto olhava para a bolinha em sua mão.

Engasguei com o chá.

Ela deu duas batidinhas na minha costa, preocupada.

— Você quer uma água? Algo?

Balanço a cabeça largando a xícara.

Engulo o resto de chá preso na minha garganta, buscando me recuperar daquela pergunta.

— Desculpe, não precisa responder.

— Tudo bem. — Levo a mão até a testa. — Só foi um pouco... repentino.

— Tenho medo de quando fizer isso pela primeira vez. E minha mãe não fala absolutamente nada sobre. — Admitiu ela. — Por isso queria saber, ficou com medo?

Respiro fundo, organizando minha resposta.

— Só deve fazer se gostar da pessoa. — Olho para o lago. — E não, eu não era virgem.

Seu queixo caiu.

— Com quem você perdeu?

Respiro novamente.

— Com meu primeiro amor. — Ela olha para mim com ternura. — O local era inadequado, mesmo assim, foi a melhor noite da minha vida.

— Que meigo.

Pisco algumas vezes.

— Mas agora estou casada com o Sebastian, e eu o amo. — As palavras saíram da minha boca com mais facilidade.

Amélia olha para o lago e depois para mim, com uma expressão maquiavélica.

— Quer entrar no lago?

— Podemos?

— Claro! Vamos. — Ela me puxa para dentro da casa de novo.

Vamos até seu quarto, dentro de uma gaveta ela tira alguns biquínis, um de bolinhas e outro vermelho vinho ainda com etiqueta.

— Veste esse. — Ela estende o vermelho para mim.

— Não precisa, eu...

— Vai logo, temos que entrar antes de anoitecer. — Ela me empurra para dentro do closet.

Tinha muitas gavetas lá, roupas em cabides e um espelho gigantesco.

Olho para os lados, Amélia parecia ocupada demais vestindo o seu biquíni.

Sebastian segurou a mão molhada da Amélia, fazendo força ela o puxou para dentro da água sem pestanejar. Ele submergiu agarrando ela pelas pernas, completamente encharcado.

— Sua pestinha!

Pulei na água de novo quando eles começaram a brincar de jogar a sandália um para o outro. Quem deixasse cair na água levaria um banho.

Deixei a sandália cair, eles começaram a jogar água no meu rosto, por um breve momento não senti mais o chão nos pés, mesmo esticando minha pernas, então eu afundei como uma âncora. Quando eu já estava começando a ficar sem ar, senti a mão forte de Sebastian agarrando na minha cintura. Ele me levou de volta para a superfície.

— Você ta bem? — Perguntou.

Assenti.

Seu braço ainda estava ao redor de mim, me segurando para não afundar de novo. Os entre olhamos por alguns instantes, os olhos dele eram profundos, faziam um belo contraste com o por do sol atrás de nós. Seus cabelos grudados da testa e os cílios molhados.

Céus, como esse homem era perfeito.

Amélia jogou um jato de água em nós.

— Por favor, não transem aqui. — Pediu ela rindo.

— Vamos sair, já está ficando tarde.

Amélia nadou até a margem, Sebastian me ajudou a subir no píer. Sua camisa social branca estava transparente, grudada ao seu corpo, por sorte ele estava sem sapatos, mas até mesmo sua calça molhou.

Fomos de volta para a casa.

Amélia correu pelas escadas, eu enrolei a toalha em volta do meu corpo indo logo atrás dela.

Ela me emprestou um vestido branco, vesti e usei a toalha para secar meus cabelos.

— Você e meu irmão tem muita química. — Ela indaga.

— Acha mesmo?

Afirmou com a cabeça.

— Ele gosta de você.

Seguro o riso.

— A água não fez bem para a sua cabeça. — Empurro ela para trás.

— O que você quer jantar?

° ° °

Amélia era uma cozinheira excelente, o macarrão a bolonhesa que ela fez para o jantar cheirava bem e o gosto era melhor ainda. Comemos sozinhas, acompanhado de suco de uva para ela e vinho tinto para mim.

Ainda ríamos sobre o que aconteceu no lago, conversamos o jantar inteiro.

Por fim, eu a ajudei a limpar a cozinha, em seguida fomos para seu quarto. Ela me mostrou alguns álbuns de fotos de quando era criança, adormeceu enquanto eu acariciava seus cabelos.

Sentia como se tivesse uma irmã mais nova.

Apaguei a luz do abajur, saí do quarto nas pontinhas dos pés, fechei a porta lentamente.

Sorri, feliz.

Era a primeira vez em muito tempo que me sentia completa, realmente feliz.

Quase tive um ataque cardíaco ao virar e ver Sebastian plantado no corredor com os braços cruzados, olhando diretamente para mim. Ele já estava com roupas secas, provavelmente de seu pai.

Levo a mão até o peito.

— Que susto! — Sussurro.

— Se assusta com facilidade.

— Você parece um fantasma.

Ele se aproxima um pouco.

— Amélia dormiu. — Aviso.

— Certo. Agora será apenas eu e você. — O tom de malícia na sua voz me fez esquecer de como se respirava. — Você estava divina naquele biquíni vermelho.

O rubor nas minhas bochechas indicava o quão sem graça fiquei.

— Até a Natacha chegar. — Levo uma mecha de cabelo para trás da orelha.

— Temos tempo suficiente para fazer o que quiser.

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