Perverso romance Capítulo 38

Resumo de Capítulo 37: Perverso

Resumo de Capítulo 37 – Capítulo essencial de Perverso por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 37 é um dos momentos mais intensos da obra Perverso, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Passaram-se semanas e mais semanas. A cada dia eu e Sebastian parecíamos mais distantes. Ele passava dias fora, então me acostumei com sua ausência, por mais que meu coração apertasse toda vez que o via durante as refeições, eram os poucos momento juntos. Às vezes ele abria a boca para dizer algo, mas fraquejava e permanecia em silêncio. Percebia seus olhares, eu também o olhava e queria que aquele distanciamento tivesse fim, mas as coisas não eram simples assim. Nada era simples para mim.

Depois que a Lola foi embora ele trouxe mais algumas garotas, elas me olhavam como se eu fosse a intrusa. Às podia ouvir gargalhando enquanto se divertiam com ele. Doía, mas de certo modo, me tornou mais forte.

Pelo menos, agora eu tinha mais controle sobre a casa, andava pra onde quisesse e até opinava nas cores novas que o carpete deveria ter. Não era nada para me orgulhar, mas era o máximo para mim.

Nessa semana, ele estava fora, Marília havia dito que hoje seria o dia da sua chegada. Esses dias eram sempre uma caixinha de surpresas, eu não sabia o que esperar, uma garota nova? Ou o Sebastian sujo de sangue cheio de hematomas? Seja o que for, parece que o frio na minha barriga por pura ansiedade não parava nem com todas as atrocidades que ele fazia.

Peguei um livro na biblioteca, caminhei até o sofá e sentei em cima de uma perna minha, segurando o pé com uma mão e a outra o livro. Ontem Marília trouxe os livros novos que pedi, eu tinha tempo livre o bastante para devorar todos.

Olhei para a janela quando ouvi um barulho de carro do lado de fora, apesar de estar longe pude ver metade do rosto de Sebastian. Ele não estava machucado, tampouco tinha uma de suas garotas ao seu lado, era apenas Sebastian com um terno escuro de alta costura.

Olho para o livro, as palavras se embaralhavam, o meu ver.

Aperto os olhos quando ouço a porta da biblioteca ser aberta, mas permaneço imóvel mesmo com ele vindo na minha direção.

Sebastian parou a minha frente, com as mãos na cintura, me analisando.

— Demorou mais que o habitual. — Falo sem olhar para ele.

— Tive... contratempos. — Sua voz parecia informal, algo no tom não estava certo.

Dou de ombros.

— Foi uma verdadeira surpresa não ver uma garota jogando os peitos para cima de você. — Viro a página sem ao menos ter lido.

Ele fungou.

— Sentiu falta disso? Não se preocupe, darei um jeito.

Lanço-lhe um olhar divertido.

— Ótimo, assim não ficarei entendiada.

Umedeceu os lábios observando a minha audácia.

— Amanhã temos um evento, lembre-se de que não é mais uma selvagem.

Sebastian me lançava um olhar árduo, mal piscava.

— Sei muito bem das obrigações que devo seguir, mas por que simplesmente não leva a Lola?

— Ela não é minha esposa.

— Muito menos eu.

Ele respira fundo, mas não de maneira ríspida, pelo contrário, parecia exausto.

— Não estou com saco para brigar, se você já sabe das suas obrigações então cumpra com elas. — Finalizou ele.

Sebastian saiu da biblioteca sem olhar para trás. Fiquei alguns instantes olhando para o canto da parede, sem entender o porquê dele estar pacífico. Algo não estava certo.

° ° °

Fazia mais de 1 ano que cheguei aqui, tantas coisas haviam acontecido nesse pouco tempo, me sentia uma pessoa diferente, mais rígida e mais fria. Aos meus 20 eu mais parecia uma mulher de 40 anos, esposa de um magnata que dorme com quantas mulheres deseja e vive a base de aparências e cigarro. Sim, passei a fumar.

Não resolvia meus problemas, mas nesses dias, além da Marília, a nicotina tornou-se minha melhor amiga. Toda vez que pensando muito a ponto da minha cabeça latejar, três cigarros eram suficientes para acalmar meus nervos, talvez fosse por isso que May fumava diversas carteiras por dia.

Bato o indicador no cigarro fazendo as cinzas caírem no chão do banheiro, encosto minha nuca na borda da banheira, pensando.

— Sebastian sempre foi estranho, você sabe, Jade. — Marília justifica.

— Dessa vez está mais. Alguma deve ter acontecido.

Ela dá de ombros e sai do banheiro.

Jogo água no rosto antes de sair da banheira envolvendo uma toalha ao redor do corpo. Entrando no quarto, meu vestido na cor rubi já estava em cima da cama, era bonito e ousado, o mais sexy que já escolhi até agora.

Marília me ajudou com o cabelo em um coque alto para mostrar as costas nuas e alinhando a franja em meu rosto, a maquiagem foi por minha conta, usando as técnicas que aprendi em uma revista.

— Você pode ir, eu termino de me arrumar. — Digo. — Deve aproveitar o resto do seu sábado.

— Meu passatempo é lustrar a bota dos funcionários, tenha dó, Jade. — Resmungou ela abotoando o colar de rubi no meu pescoço, o mesmo do leilão.

— Estou falando sério, Marília. Vá fazer algo por você, segunda nos vemos.

Ela revira os olhos, mas assentiu e saiu do quarto em seguida.

Coloquei o vestido apenas para experimentar, faltava a roupa íntima, mas eu já me sentia esplêndida, mesmo com as cicatrizes sobressaindo.

Olhei para o espelho, Sebastian olhava-me do outro lado do cômodo, com as mãos nos bolsos, percebi sua presença pelo reflexo no espelho.

Coloquei meus brincos ignorando sua presença.

Retoquei o batom vermelho com cuidado para não borrar as bordas, era sempre uma confusão na hora de limpar.

— O que você quer? — Pergunto direta, mas sem olhar para ele.

— Fez um bom trabalho com o quarto, as paredes parecem ter sido pintadas por um profissional. — Permaneço calada. — Vim perguntar se já está pronta para sair.

Olho-lhe.

— Viu que estou, o que ainda faz aqui?

O canto de sua boca se contraiu.

— Só estou te observando.

Ignorei as batidas do meu coração acelerando a medida que ele caminhava na minha direção.

Continuei sentada, de frente para a penteadeira, fingindo estar tranquila com sua presença.

Joguei a cabeça para trás, gemendo todos os xingamentos possíveis, tão desesperada por seus lábios, ansiando cada vez por mais dele.

Desejei por meses tê-lo novamente, sentir sua boca em mim, agora eu estava prestes a explodir em seus lábios ou ser preenchida por ele, ambos estaria de bom tamanho para mim.

Sentia que não aguentaria muito.

Queria fechar as pernas, mas nas mãos do Sebastian meu corpo amolecia e não me obedecia, meu próprio corpo me traía.

Ele para, imediatamente senti falta, mas dois dedos me preenchem, com força, tão rápido que quase me fazem cair da cadeira.

Segurei na cadeira, gemendo alto.

A língua dele foi novamente de encontro com meu clitóris, seus olhos pareciam querer devorar minha pobre alma.

O orgasmo mais intenso da minha vida formava-se no meu ventre, essa sensação, com ele me penetrando rapidamente, me fazia gritar e rebolar nos seus dedos implorando por mais.

Sebastian tirou a boca de mim e ergueu seu tronco, juntando nossas testas. Senti seu membro rígido roçar na minha perna, então eu explodi. Com meu interior ainda pulsando, levantei tirando seus dedos de dentro de mim.

Olhei meu reflexo no espelho, por sorte não estava descabelada.

Sebastian continuou na mesma posição, com o cotovelo apoiado na cadeira, incrédulo. Senti vontade de ir até lá e me desfazer em seus braços, mas aquele mesmo rostinho de decepção me fez chorar por meses.

— Vamos?

— Uau. — Exclamou.

Ele arqueia as sobrancelhas ligeiramente.

Caminho em direção a porta, as sobrancelhas dele se juntam.

— Vamos? — Repito.

— Não vai colocar uma calcinha? — Perguntou quase retoricamente.

— Marcaria no vestido e sinceramente acredito que não preciso.

Vejo as narinas dele se exaltarem.

Segurei o riso.

— Jade...

— Sebastian.

— Coloca logo, vai ser melhor. — Apontou em direção a minha gaveta.

Viro as costas para ele.

Ouço algo sendo quebrado no quarto, mas continuo andando.

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