Perverso romance Capítulo 46

Resumo de Capítulo 45: Perverso

Resumo do capítulo Capítulo 45 do livro Perverso de Winnie_welley

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 45, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Perverso. Com a escrita envolvente de Winnie_welley, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Os lábios do Ethan junto aos meus me traziam uma sensação de nostalgia.

Deixei sua mão descer das minhas costas até a extremidade das minhas nádegas, permiti que ele beijasse meu pescoço enquanto eu jogava a cabeça para trás.

Eu arfei, com meu peito ardendo.

Sua língua era fria, me causando arrepios por toda parte do meu corpo.

Caminhamos em passos lentos até a mesa onde ele me sentou em cima e voltou a me beijar, com as mãos firmes nas minhas coxas.

Ethan tinha gosto de familiaridade, agora também tinha gosto de algo doce e cheiro de perfume. Isso me deixou com mais vontade de desfrutar dele e saber o que mais mudara além de seu corpo mais robusto.

Ele me ajuda a tirar minha jaqueta jogando-a para um canto qualquer da sala, mal me importei com o frio.

Senti seu membro rígido em contato com minha intimidade, então me puxou para mais próximo de seu corpo a fim de sentir ainda mais meu contato.

Ele me puxa para mais perto pela cintura. Pelos céus, podia senti-lo tanto que doía, matar a saudade parecia doer mais que simplesmente senti-la. Ele parecia querer fundir nossos corpos, ambos, na verdade.

Porém, algo me incomodava, por mais que o beijo do Ethan fosse indescritível, não era o mesmo sentimento que o Sebastian me proporciona.

Sebastian... não acredito que por um instante esqueci dele, como pude fazer isso?

Parei o beijo empurrando o torso do Ethan, ele parou, mas ainda segurava minha cintura.

— Ainda bem que parou, não podemos fazer isso aqui. Meu parceiro pode estar bisbilhotando. — Apontou com o queixo para o espelho na sala — por ali.

Começamos a rir.

Ele encosta nossas testas.

Eu podia sentir as borboletas no meu estômago, todas elas.

— Estou tão feliz por reencontrá-la, agora poderei cumprir o que lhe prometi.

Franzi o cenho.

— Vamos morar na Virgínia, lembra-se?

Olhei para ele assustada. Mal lembrava disso.

Ethan retribuiu o olhar uma interrogação no rosto.

Não consegui evitar a expressão em meu rosto, mais uma vez confusa e com a boca seca.

— Eu não posso... — Sussurrei.

— Por quê? — Perguntou ele desgrudando de mim.

— Porque eu sou casada e amo meu marido.

Ele se afastou imediatamente de perto de mim, como se eu tivesse alguma doença contagiosa. Não ousei olhar para cima, eu estava com vergonha de assumir a verdade, mas não queria enganá-lo.

— Sou casada com o Sebastian desde que cheguei aqui. Sinto muito.

Ouço ele respirar fundo.

— Eu já sabia, mas não esperava que você... o amasse. — Dizer aquelas palavras pareciam ferir ele. — Você sabe com o que seu esposo é envolvido? Sabe pelo menos metade do que ele faz?

Continuei com a cabeça abaixada, segurando a borda da mesa.

— Ele é um narcotraficante, e sabe qual o pior disso? Ninguém tem absolutamente nada de informação sobre esse verme!

— Você pode parar com isso?! — Grito de volta, Ethan se assusta. Levanto da mesa indo na sua direção, com sangue ardendo minhas bochechas.

Ele olha para o lado completamente incrédulo.

— Você tá defendendo ele depois de tudo? Ele fez algum tipo de lavagem cerebral em você, não é possível. — Minha mandíbula travou. — O nome disso é síndrome de Estocolmo, não é amor.

As palavras dele pareciam ferir minha pele, Ethan nunca levantou a voz para mim, esse seu lado eu ainda não havia conhecido. Ele estava completamente descontrolada, com as veias do pescoço saltadas e os olhos vidrados.

Eu queria vomitar a medida que o nó na minha garganta só fazia aumentar.

— Quem é você para dizer algo? — Revido.

— Alguém que ama você. — Olho para meus pés. — E suponho que seria o mais sensato se você testemunhasse contra aquele mau-caráter, já que você pode ser a única evidência viva.

— Para de falar dele desse jeito, você pensa que o conhece quando, na verdade, não sabe de merda nenhuma!

Ethan ficou algum tempo calado, sem reação.

— Você já sabia que eu estava aqui? — Ele abre a boca, mas novamente não respondeu. Assenti, sorrindo de forma sarcástica. — Você sabia de tudo, não é?

— Tinha que juntar provas contra ele, essa investigação foi somente minha, ninguém queria se envolver com os Stan. — Explicou. — Eu só descobri esse ano que você estava aqui, mas não tinha certeza que ainda estava viva.

Respirei fundo, apertando os olhos com tanta força que vi estrelinhas.

— Isso não importa mais, estamos aqui, juntos novamente. — Ele tenta segurar meu ombro, mas eu me desvencilho.

— No fim o que você sempre quis foi suas promoções e prender o Sebastian e o Martinz, mas não em vir atrás de mim. — Cuspi as palavras com lágrimas entrando em minha boca. — Eu nunca fui sua prioridade.

— Você tem que entender que isso vai além de nós dois, essas pessoas fazem mal para muitos, não somente a você. — Mordo o lábio inferior com força, controlando o choro. — Eu ia atrás de você, por favor, me entenda.

— E quanto ao que eu passei? — Os olhos dele cintilavam, mas não me fizeram abaixar a guarda. — Apenas você se beneficia com isso, e só você não ver.

Caminhei pela sala atrás da minha jaqueta, juntei minha bolsa do chão enxugando as lágrimas do rosto.

Como fui burra e ingênua.

Ethan era mais um dos que se aproveitaram de mim para ter algo, ele não era melhor que o Sebastian ou May. Só que doeu desta vez mais por conta da decepção, esperava isso de todos menos dele. Acredito que nunca cai do cavalo tão rápido e abruptamente como desta vez.

Eu estava aos pedaços, mais um vez.

Seguro a maçaneta para sair.

— Me perdoe. Eu realmente pensei que fosse o melhor.

Abri a porta e fechei batendo com força. Caminhei pelos corredores com a vista turva, lágrimas enchiam meus olhos. Já do lado de fora cai no chão, chorando tudo o que estava guardado.

De certo modo, meu coração se acalmou, eu não fui a culpada pela sua morte muito menos por termos nos afastado. Ethan se tornou alguém que eu não conhecia e preferia esquecer.

Levantei do chão enxugando o rosto com as mangas da blusa de frio e voltei ao encontro de Marília, ela ainda me esperava em frente a loja, quando me viu quase teve um infarto.

— Por Deus, por que demorou tanto? — Perguntou ela, preocupada. — Está chorando?

— Não foi nada como eu esperava, penso que nunca me senti tão decepcionada quanto agora.

Antes que eu me desfizesse novamente, Marília me puxa para seu colo. Segurei firme, não queria mais desidratar pensando em Ethan, talvez isso tenha sido o pontapé inicial para minha vida com Sebastian ser ainda mais feliz. Ethan realmente não o conhecia, Sebastian parecia outra pessoa.

As borboletas no meu estômago morreram, Ethan foi seu próprio inseticida.

° ° °

Ele solta meus braços e coloca as mãos na nuca, andando de um lado ao outro.

— Ele também te comeu?

Balanço a cabeça.

— Como posso confiar em você? — Ele solta um sorriso nasal — e claro que transaram.

— Não aconteceu. — Ele olha para mim com um sorriso de desgosto. — Acredite nisso.

— Acreditar? Você sai da nossa casa para encontrar a porra do seu ex e ainda quer que eu acredite nas merdas das suas palavras?

— Foi o que eu fiz quando me pediu desculpas pelo menos erros umas duzentas vezes! — Rebato. — Esqueceu da Lola?

Ele olha bem para mim, com os olhos semicerrados.

— Pelo menos eu não finjo que sou a porra de uma santa, e tentei ser melhor para você. — Respondeu. — Eu tentei sentir, me apeguei a você mesmo com todas as feridas, para quê? Ser magoado.

Tento me aproximar dele, mas o mesmo se afasta abruptamente.

— Não se aproxima de mim agora, eu não sei do que sou capaz. — Ele pega a garrafa de conhaque de cima da mesa e olha para o rótulo. — Não queria viver sua vida? Pois, agora pode ir, eu sinceramente prefiro ficar longe de você.

Vou até ele e seguro seu braço.

— Sebastian, por favor!

Assim que o mesmo se vira para mim, vejo lágrimas em seus olhos, mas eram de ódio. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ele me empurra para longe, caio no chão, porém não sinto nenhum tipo de remorso vindo dele.

Me apoio com as mãos no chão, sentindo meu corpo inteiro doer.

Sebastian olhou para min e virou o rosto, saindo em seguida batendo a porta, minutos depois ouvi seu carro do lado de fora.

Não sei por quanto tempo fiquei sentada apenas chorando, mas chegou um momento que não havia mais lágrimas em meus olhos.

Em meio a penumbra permaneci até Marília abrir a porta trazendo um pouco de claridade para o ambiente.

— Senhora, o que aconteceu? — Ela se apoia nos calcanhares, se abaixando a minha altura.

— Acabou tudo, desta vez acho que é para sempre.

— Mas o que...

— Beijei o Ethan.

Marília calou-se.

Não conversamos mais, ela me ajudou a sair daquele canto e me levou para o banheiro do meu quarto, senti os olhares curioso dos poucos empregados, mas não dei a mínima.

Eu desejava me afogar na banheira e acabar com tudo de uma única vez, mas coisas não eram tão simples.

Sai do banheiro e fui direto para a cama, sem ao menos vestir pijama.

Marília colocou as cobertas em cima de mim e ficou lá até perceber que eu não tinha mais forças para dizer nada.

Ela saiu me deixando no escuro, apenas com as cortinas abertas, consegui adormecer olhando para a lua. Completamente exausta.

Acordei horas depois, ouvindo alguns ruídos do lado de fora, me sentei na cama e olhei ao redor do quarto escuro, absolutamente nada. Entretanto, algo continuava a se movimentar no assoalho e isso não era normal porque era tarde da noite. Peguei meu celular e liguei a lanterna, levantei da cama segurando meu roupão. Abri a porta lentamente e olhei para o corredor, as luzes estavam apagadas. Saí do quarto, caminhando lentamente até o local de origem do barulho, um frio percorreu minha espinha.

Continuei o percurso, em passos pequenos, virei a esquina com cuidado, tomei o resto de coragem que tinha e olhei rapidamente, era apenas a janela da sala do andar superior aberta, estava frio, com neve entrando em casa. Fui até la e fechei com o vento ardendo as bochechas, após fechar olhei pelo vidro para o lado de fora, não havia nada de anormal, até que me concentrei em um borrão no reflexo do vidro, apertei os olhos e constatei ser uma pessoa usando uma máscara de ski. Virei rapidamente, mas antes que eu pudesse gritar fui surpreendida por alguém colocando um pano em meu rosto por trás. Tentei lutar me debatendo, mas meu corpo foi enfraquecendo até eu adormecer.

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