Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 213

Um misto de raiva e inquietação começou a crescer dentro dele. Parte dele queria ir até Alex naquele instante e arrancar a verdade à força. Outra parte temia que, se fizesse isso, Bianca descobriria que ele estava investigando seu passado, algo que ela sempre tentou manter reservado.

Ele suspirou, tentando se conter.

Lembrou-se da noite em que Bianca, entre lágrimas, confessou ter pensado que nunca seria capaz de amar de novo. Que sua confiança havia morrido junto com aquele bebê que não chegou a nascer. Era doloroso demais para ela revisitar esse capítulo, e talvez fosse por isso que sempre desviava o assunto quando ele se aproximava desse ponto.

Fernando sabia que Bianca escondia suas cicatrizes atrás de uma máscara de força e independência. Mas, por dentro, ela ainda carregava os cacos de uma história mal resolvida. E agora, tudo indicava que aquele passado havia retornado, na forma de Alex, como um fantasma pronto para assombrá-la outra vez.

Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado.

Se fosse verdade, como ele deveria agir? Proteger Bianca a qualquer custo, como sua vontade gritava? Ou esperar que ela mesma lhe contasse, quando e se estivesse pronta para isso?

O coração de Fernando ardia em ciúmes só de imaginar que Alex já tinha tido alguma coisa com ela. Ainda mais algo tão íntimo, tão marcante. O simples pensamento o corroía por dentro, despertando um instinto possessivo difícil de controlar.

Mas havia também a compaixão. Se Bianca realmente sofreu nas mãos de Alex, então ela precisava de compreensão, não de cobranças. Precisava de alguém que a fizesse se sentir segura, não de mais pressão.

Fernando respirou fundo, tentando se equilibrar entre razão e emoção.

No entanto, a imagem insistente da cena voltava à sua mente: Ele entrando em sua sala, Bianca com uma expressão de raiva contida e constrangimento e Alex deslumbrado por ela .

E, se sua intuição estivesse certa, logo teria de enfrentar a verdade, por mais dolorosa que fosse.

Bianca estava em sua sala, mergulhada em papéis, revisando anotações e ajustando detalhes da pauta para a entrevista que Fernando concederia em breve a alguns jornalistas. O estaleiro estava em movimento intenso naquela manhã; podia ouvir, ao longe, o barulho de máquinas, o vai e vem dos funcionários e até a cadência dos passos apressados no corredor. No entanto, ali dentro, no seu espaço, havia uma calma relativa. Bianca valorizava aquele silêncio que a permitia organizar-se.

Ela passava os olhos pelos documentos quando, de repente, a porta se abriu sem aviso. O estalo da maçaneta ecoou pela sala, e Bianca ergueu o olhar de imediato, franzindo o cenho.

Alex Monteiro entrou com a mesma confiança de quem estava em sua própria casa. O blazer impecável, o perfume marcante, os olhos azuis escuros brilhando como se fossem armas — ele tinha essa presença que parecia atravessar qualquer barreira.

Bianca endireitou-se na cadeira, mantendo a compostura, mas sua irritação era evidente.

— Posso saber, senhor Monteiro, o que faz aqui? — perguntou, a voz firme, mas carregada de uma impaciência que ela não se preocupou em disfarçar.

Alex não pareceu se abalar. Ao contrário, sorriu de leve, aquele sorriso perigoso de quem está acostumado a testar limites. Caminhou até a cadeira em frente à mesa dela e se sentou sem pedir permissão, cruzando uma perna sobre a outra com um ar provocador.

— O que me trouxe aqui foi a curiosidade — disse, inclinando-se levemente para frente, fixando o olhar nela.

— Ficou muito claro para mim que você tem algo contra mim, senhora Venturini. Mas isso é estranho… porque nós nunca nos vimos antes, certo?

Bianca respirou fundo.

— Eu não sei do que o senhor está falando.

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