Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 218

218 /303

Ela se aproximou dele, os dedos deslizando pelo braço de Raul com cumplicidade venenosa.

— E quando a poeira baixar… é claro que eu estarei lá, pronta para consolar Fernando, não é?

— É claro. — Raul sorriu, satisfeito com o próprio jogo.

— Você vai ter a chance de entrar no coração dele como o bálsamo depois do veneno. E eu… vou ser eleito de novo presidente do estaleiro e seguir desviando o que é meu sem ninguém perceber.

Paola inclinou o rosto, os olhos semicerrados, carregados de maldade.

— Só não esqueça do combinado, Raul. Eu quero a minha parte também.

Ele riu baixo, frio, sem se abalar. — Vai ter a sua fatia, Paola. Apenas o suficiente para calar essa boquinha perigosa.

Ela sorriu, mordendo o lábio, e respondeu com a firmeza de quem sabia o próprio valor.

— O meu silêncio, Raul, vale mais do que ouro.

— Eu sei. — Ele rebateu, estreitando o olhar.

— Por isso você está do meu lado e tudo sairá como o combinado pode ter certeza disso .

Bianca e Fernando chegaram à mansão no fim da tarde, carregando o peso de um silêncio denso. O lar, que também era a casa dos pais dele, parecia imenso e sufocante ao mesmo tempo., mas dessa vez porque a fazia lembrar que desde que foram morar ali , o casamento deles já não era o mesmo ,agora era. heio de altos e baixo ,não por culpa da cidade ,ou por culpa dos pais dele mas por culpa de Fernando que se tornou um homem extremamente ciumento e parecia ter perdido a confiança nela ,sendo que foi ele quem a traiu e não ao contrário.

Após um banho rápido, Fernando sugeriu que passassem um tempo com Valentina. A pequena gargalhava, distribuindo gestos que enchiam o coração de Bianca de ternura. Nos braços da mãe, parecia que nada no mundo poderia abalar aquele vínculo. Fernando observava à distância, os olhos suavizados por um amor silencioso. Para ele, ver Bianca com a filha era uma lembrança dolorosa do que sonhara: uma família unida.

Na hora do jantar, Bianca estranhou a ausência de Alice e Rosana.

— Alice e a mãe dela não vão descer para jantar? — perguntou, tentando soar casual.

Célia respondeu, com a calma habitual:

__Meu cunhado voltou de viagem e as duas voltaram para casa , a Alice que parecia gostar de viver aqui foi a primeira a querer embora , sinceramente não entendi .Acho que no fundo ela só estava aqui por causa do Fernando, mas deve ter se dado conta que vocês se amam e ela não tem nenhuma chance com você, filho ...Quer saber ? eu fico muito feliz por isso .Desabafou Dona Célia olhando para Fernando com um olhar carinhoso.

Bianca apenas assentiu. Por dentro, um turbilhão se agitava. Alice já não era ameaça, pelo contrário — havia quase uma trégua silenciosa entre elas. Não que fosse possível esquecer a traição de Fernando, mas Bianca percebia que Alice não tinha mais interesse nele. Talvez, suspeitava, o coração dela ainda pertencesse a Alex Monteiro, amigo de Fernando.

Agora, para Bianca, tanto fazia se Alice continuasse ou não na mansão.

Quando subiram para o quarto, o peso do dia caiu sobre os ombros dela. Em silêncio, começou a improvisar uma cama no chão com travesseiros e cobertores.

— O que está fazendo? — Fernando quebrou o silêncio, confuso.

— Vou dormir aqui. — a voz dela saiu firme, embora trêmula por dentro.

Ele arqueou as sobrancelhas.