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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 220

Bianca seguiu apressada pelos corredores da mansão, os saltos ecoando pelo mármore, até desaparecer na escadaria. Raul acompanhou o movimento com os olhos, o sorriso satisfeito surgindo em seus lábios. Aproximou-se de Paola e Alex, que conversavam próximos ao bar, e inclinou-se em falsa preocupação.

— Bianca não está se sentindo bem… — disse em tom baixo.

— Achei melhor pedir para alguém dar uma olhada nela. Como ela e meu primo não estão nada bem, e não quis minha ajuda e muito menos vai querer da Paola… — lançou um olhar enviesado para ela.

— …achei que só você poderia ajudá-la, Alex.

Alex franziu a testa.

— E por que não pediu para Célia, a sogra dela?

Raul suspirou teatralmente.

— Hoje é o aniversário dela, não quero preocupar a tia. Por favor, só vá até o quarto ver se Bianca precisa de algo, eu faria isso mas ela rejeitou minha ajuda e se algo acontecer com ela meu primo não vai me perdoar, afinal, ela estava na minha companhia.

A preocupação falou mais alto. Alex não pensou em segundas intenções, apenas assentiu e seguiu em direção ao andar superior. Raul ergueu a taça em discreto brinde para Paola, cúmplice, e os dois trocaram um olhar de vitória silenciosa.

No quarto, o som do chuveiro enchia o silêncio. Alex bateu na porta entreaberta.

— Bianca? É o Alex… está tudo bem?

Não obteve resposta, apenas o barulho constante da água. Avançou hesitante, até que a cena o fez congelar: Bianca estava sentada no chão do boxe, ainda vestida com o longo vestido vermelho, encharcada, os cabelos colados à pele. A respiração dela era pesada, os lábios entreabertos, os olhos semicerrados, como se lutasse contra algo invisível.

— Meu Deus, Bianca! — Alex entrou às pressas, agachando-se ao lado dela.

— O que aconteceu?

Ele tentou ajudá-la a se levantar, mas o toque em seu braço provocou nela um arrepio violento. Um gemido suave escapou de sua garganta, e seus dedos, desesperados, se agarraram à camisa dele.

— Não… me deixa… sozinha… — sussurrou, a voz rouca, implorante.

O afrodisíaco falava mais alto do que a razão. Bianca deslizou as mãos pelo peito de Alex, puxando-o para mais perto, a respiração quente roçando-lhe o pescoço. Ele tentou se afastar, mas ela se agarrou a ele como se seu corpo implorasse por aquele contato tão íntimo.

A porta do quarto foi aberta, batendo na parede com violência. Fernando surgiu no batente, os olhos faiscando de fúria. Por um segundo, ficou petrificado ao ver a cena: a esposa molhada, agarrada ao primo, os lábios quase tocando os dele. O coração dele se contraiu como se tivesse levado um golpe.

— Mas que porra é essa?! — a voz dele explodiu pelo quarto, carregada de ódio e incredulidade.

Alex se ergueu de sobressalto, tentando se explicar, mas Fernando já não enxergava nada além da suposta traição diante de seus olhos.

— Calma, Fernando… não é o que está pensando! Eu encontrei ela passando mal e só queria lhe ajudar. — Disse Alex em sua defesa, muito constrangido, porque já havia passado por aquela situação algumas vezes, mas a ironia é que dessa vez ele era realmente inocente.

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