Ele soltou um suspiro profundo, ainda pressionando as costas dela contra o corpo dele, os dedos entrelaçados nos cabelos longos dela, mantendo a proximidade íntima. Cada movimento, cada arqueio do corpo dela fazia o desejo dele crescer novamente, e ele não conseguia se conter:
— Tem certeza que não quer mais? — murmurou, a voz rouca, carregada de provocação e luxúria.
— Porque ainda posso sentir que ainda me quer tanto quanto eu te quero.
Ela mordeu o lábio inferior, respirando fundo, tentando não ceder, mas sentia o corpo inteiro reagir à proximidade dele. As mãos de Fernando deslizavam pelas costas e pelos ombros dela, a força dele mantendo-a presa sem ser agressivo demais, e cada toque seu fazia Bianca tremer, misturando frustração e excitação.
— Fernando… — disse ela, a voz firme, mas com um fio de vulnerabilidade.
— Eu não vou ceder. Você já teve o que queria. Agora me deixa ir. Eu não quero mais.
Fernando soltou um suspiro profundo, ainda mantendo o corpo dela colado ao seu. Um leve sorriso de compreensão surgiu nos lábios dele, ainda carregado de desejo:
— Tudo bem. Se você não quer mais… eu não vou forçar a barra. — Ele se afastou levemente, os músculos ainda tensos, os olhos faiscando de luxúria e fascínio.
— Mas só para deixar claro: esqueça essa história de trabalhar em outro lugar que não seja aqui no estaleiro. Não vai acontecer.
Bianca se recompôs, respirando fundo, sentindo o corpo ainda quente, os cabelos grudados aos ombros e costas. Ela recuou, endireitando o vestido, tentando recuperar a postura firme que sempre teve.
Fernando entrou no toalete do escritório para se recompor, os ombros tensos relaxando aos poucos, a respiração voltando ao normal, o corpo ainda vibrando com o calor da tensão que compartilhara com Bianca.
Enquanto se lavava, sua mente revivia cada instante: os dedos dele segurando seus cabelos, a respiração quente misturada à dela, a pressão firme do corpo dele contra o dela. Um misto de raiva, fascínio e desejo percorria suas veias, lembrando-a de que, por mais que quisesse resistir, ele tinha deixado uma marca que não se apagaria facilmente.
Ao terminar o banho, ela se envolveu na toalha, respirando fundo, sentindo a própria força e independência renascer. O corpo ainda reagia, mas agora a determinação predominava. Sabia que conseguiria encontrar alguém que reconhecesse seu talento, alguém que não tivesse medo do nome de Fernando ou de seu poder.
Enquanto se olhava no espelho, o reflexo mostrava uma mulher curvilínea, de cabelos longos descendo pela cintura, forte e cheia de presença. O corpo ainda carregava a lembrança da proximidade dele, mas os olhos faiscavam de decisão: ela era mais que desejo ou provocação, ela era capaz, inteligente e independente.
Bianca respirou fundo, deixando a água escorrer de seus cabelos e se espalhar pelo banheiro. Pela primeira vez depois de horas de tensão e luxúria, sentiu que podia recuperar o controle total de si mesma. O cheiro dele ainda pairava no ar, lembrando-a de que, por mais que ele a provocasse e dominasse, a última palavra sobre sua vida, seu caminho e seu destino ainda pertencia a ela.
Ela sorriu, quase desafiadora, enquanto saía do banheiro, pronta para encarar a cidade de novo. Fernando podia ser intenso, sedutor e poderoso, mas Bianca sabia que podia enfrentar tudo sem se submeter completamente, mantendo a chama da liberdade, da independência… e do próprio desejo, sob seu controle.

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