- Que delicia! - Marco arfou satisfeito ao terminar de comer.
- Por isso eu não tenho mais a barriga em forma, garoto! Minha mulher me engordou ao decorrer dos anos.
- Ah, não foi a cerveja e o sedentarismo não, né Hugo?
- Querida, não estrague o elogio.
- Conheço alguém assim. - Marco me olhou e cutucou minha perna por debaixo da mesa. - Não posso estar falando algo bonito que ela dá uma voadora no meu peito.
- As mulheres dessa família são terríveis! - Disse meu pai ao Marco.
- Não somos não! - Mamãe defendeu - Você vai ver Marco, a convivência é mais fácil do que imagina.
Marco sorriu, mas não como sempre. Seu sorriso saiu um pouco triste, os castanhos não estavam tão iluminados. Eu fiz o mesmo, acho que naquele instante enquanto meus pais não percebiam, nós lamentávamos por isso tudo não ser verdade.
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Assim que passamos pelo batente da porta do quarto, ele me puxou com a mesma agilidade que fechou a porta atrás.
Puxou meu corpo pela cintura e pressionou o dele contra, segurei a respiração ansiosa.
- Você não parou de me olhar. - Comentou.
Estamos perto demais, sinto seu hálito quente e refrescante bater contra o meu rosto, nunca ficamos tão próximos assim.
- Não teria percebido se não estivesse me olhando também. - Falei lentamente, soltando o ar.
O seu cheiro era incrível, além do perfume ele tinha um aroma natural, o corpo quente aquecia o meu e eu poderia jurar que o coração sairia pela garganta a qualquer momento.
Nossos nariz se encostaram, seus olhos fecharam. Os cílios escuros e cheios se aproximaram.
Um objeto começa a vibrar no seu bolso dianteiro, ele passa a língua entre os lábios um pouco irritado. Eu totalmente frustrada dou um sorriso de puro nervosismo.
- Pode atender. - Sugeri, e não sei ao certo porque.
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