Procura-se um pai romance Capítulo 17

Não imaginava a dimensão da casa do Henry até o carro parar na frente do enorme portão preto. Desde que nos conhecemos e pelo que a Gabi falou, sempre soube que ele era uma pessoa com uma vida financeira confortável, mas não imaginava que a sua casa era imensa dessa forma.

O portão automático se abriu e em pequena velocidade fomos nos aproximando da mansão. Meu estômago revirou ao pensar na probabilidade dos pais dele me olharem de cima a baixo com desdém.

- Fica tranquila. - Henry sorriu quando descemos do carro - Eles só estão zangado comigo pela irresponsabilidade.

Falou com naturalidade como se fosse um menino de dezesseis anos que foi na balada escondido. Não tive mais dúvidas de que Henry era absurdamente mimado e nunca teve que lidar com consequências.

Se eu estava impressionada com a frente, minha boca fez um "o" quando a governanta abriu a porta e entramos no Hall. Os pisos de granito branco e brilhante, como se ninguém pisasse ali. No meio uma mesa com um vaso de flores bem cuidadas e coloridas, atrás uma escada de madeira quente que se divida em duas depois de alguns degraus.

Meu celular vibrou e olhei a tela vendo a notificação da Gabi enquanto andávamos, desbloqueei e abri a conversa com uma foto dela e do Marco no sofá. Ele estava distraído com a televisão e ela sorrindo abertamente para a câmera.

- Amélia. - Henry apoiou a mão aberta nas minhas costas. Tirei a atenção do celular e levantei a cabeça vendo os seus pais.

A mãe dele era alta e esbelta, com joias e um olhar rigoroso. O pai com cabelos brancos, mas elegante e com um sorriso simpático nos lábios. Ambos usavam roupas que eu só usaria em ocasião especial, mas provavelmente era a mais simples do guarda roupa deles.

- Mãe e pai, essa é a Amélia. - Apresentou.

- Olá Sr e Sra Vasconcelos - Cumprimentei educadamente. Ela desce o olhar até a minha barriga sem expressão.

- Que isso! - O pai estica a mão para o cumprimento - Pode me chamar de Augusto, e essa é a minha mulher Eliza.

- Prazer em conhecê-la, Amélia. - Falou cordialmente em um tom morno. As mãos entrelaçadas na altura da barriga estavam inquietas. - Vocês já fizeram o exame?

Meu rosto esquentou, envergonhada e irritada pela insistência dela. Já disse que faria quando o bebê nascesse, se ela não acreditava porque quis conhecer? Presumo que o pai, que a cutucou levemente com o braço é o verdadeiro interessado.

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