Procura-se um pai romance Capítulo 23

Resumo de Capítulo vinte e três: Procura-se um pai

Resumo do capítulo Capítulo vinte e três de Procura-se um pai

Neste capítulo de destaque do romance Romance Procura-se um pai, Katrina Cortesia apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Encaro os meus pés e entre eles os pisca-pisca embaraçados, alguns enfeites natalinos que vão na árvore, observo por alguns segundos até sentir uma mão ser apoiada no meu ombro direito.

- Filha. - Meu pai sussurra para não me assustar. - Está tudo bem?

- Só estou pensativa, pai. - Busco em seus olhos o consolo, deito minha cabeça no ombro dele e volto a olhar para os enfeites.

- Sabe que não precisa voltar pra lá, não é? Que aqui sempre vai ter lugar para você e o Pedrinho.

Eu sabia disso, sempre tive certeza, desde o dia em que apareci na porta deles pedindo abrigo e explicando o que houve. Já faz quase um ano, mas lembro-me como se fosse ontem.

De início meu pai quis ir atrás do Henry e lhe dar uma bela surra, mas depois percebeu que ficaríamos melhor sem eles.

Eliza no entanto cumpriu o que disse, até hoje mandava quantidade exorbitantes, porém eu devolvia todas. Não queria um real deles, criaria o meu filho sozinha.

Ser mãe de um menino nunca foi uma coisa que passou pela minha cabeça, sempre me imaginei no mundo rosa com laços e pompons, mas o Pedro fez com que eu me apaixonasse pelo mundo azul.

O dia do seu nascimento ainda me arranca sorrisos quando me lembro:

- Mãe! - Abro a porta desesperadamente sentindo um líquido escorrer entre as minhas pernas. Eu sabia exatamente o que era, e isso me apavorou.

- Meu Deus! Meu Deus! - Meu pai repetia diversas vezes enquanto jogava as bolsas no ombro e descia as escadas correndo.

- Calma minha filha, vai dar tudo certo, tá bom? - A mão da minha mãe passava nas minhas costas para aliviar a dor que começava a se espalhar. - Avisei a Gabi, ela está a caminho.

Gabriela se tornou presente na nossa família, o suficiente para ser chamada de filha pelos meus pais que são absurdamente apaixonados por ela. Milagrosamente ela está namorando o Eduardo mas as vezes brigam por gostos diferentes, nada que separe os dois, chega a ser engraçado as discussões.

Estava ansiosa para conhecer meu filho, mas a dor se estendendo das minhas costas, pé da barriga e quadril, me deixavam zonza e mal conseguia raciocinar o que estava acontecendo.

Seu choro mudou completamente a minha vida. Senti meu mundo virando de cabeça pra baixo e percebi que era o meu lado certo. Todo o amor que eu imaginava que sentiria no parto multiplicou por números infinitos. Foi inexplicável.

Os cabelos tão loiros que chegavam a ser brancos, nem em sonhos conseguiria imaginar essa perfeição.

- Ele é maravilhoso. - Elogiou com os olhos marejados extremamente felizes. - Sua cara.

Continuamos nos olhando, era sempre assim, a ligação que eu tinha com o Marco era inexplicável, como se fosse coisa de outras vidas. A sua presença me agradava e confortava de uma maneira especial.

- Você foi incrível, sua mãe nos falou. - Acariciou as costas da minha mão com o polegar - Chegamos trinta minutos depois do nascimento dele, a Gabriela praticamente voou com o carro. Estou aterrorizado.

Rimos, mas nossos olhos não desviavam para nenhum outro lugar.

- Marco, estou com medo. Medo de ser mãe, medo de uma vida depender de mim e eu não conseguir dar conta sozinha. - Confessei preocupada.

- Você não está sozinha. Nunca esteve, sabe disso. Estou aqui para o que vocês dois precisarem. Já está pago. - Referiu a proposta da Gabi quando descobrimos a gravidez.

Sua aliança dourada reluziu e meus ombros caíram. Precisei voltar para a realidade.

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