Resumo de Capítulo vinte e seis – Uma virada em Procura-se um pai de Katrina Cortesia
Capítulo vinte e seis mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Procura-se um pai, escrito por Katrina Cortesia. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Peço para o Edu passar a tijela de salada de batata e me sirvo. Minha amiga cozinha muito bem, por mais que odeie cozinha ela nasceu pra isso.
- Quanto tempo ele tem? - Ouço a Larissa perguntar enquanto corto a minha carne.
- Cinco meses. - Eu e Marco respondemos juntos. Meus músculos se contraem.
- Desculpa pensei que era comigo. - Peço e vejo ele morder o lábio incomodado.
- Era pra você. - Ela sorri sem graça e da uma rápida olhada para o marido, que está comendo de cabeça baixa.
Não entendo do porque estamos tão incomodados com a situação, seria desconfortável se tivéssemos tido algo, porém nunca nem nos beijamos.
Pensar em beija-lo me trás arrepios e eu tento conter tomando um gole do suco de maracujá.
- Ele está a sua cara! - Eduardo fala sem perceber o clima pesado. Mais uma vez salva por ele.
- Sim! Porém acho que lembra mais o pai.
- Não seja má com meu sobrinho. - Gabriela faz uma careta e eu dou risada.
- É a verdade! - Encolho os ombros e de soslaio vejo Marco me observando.
- Ele irá vir? - Eduardo continua, a minha amiga dá um chute nele por baixo da mesa e eu seguro a risada.
- Óbvio que não. - Marco responde e tenho a sensação de que ele bebeu demais. Larissa junta as sobrancelhas e encara o marido.
- Você o conhece? - Questiona.
- Um pouco. - Responde baixinho, irritado.
- Ele não sabe do Pedrinho. - Respondo ao Eduardo, tentando ignorar as mãos do Marco tremendo.
- Ah! - Respirou fundo e voltou a olhar para a sua refeição.
A cada minuto que passava essa janta ficava cada vez mais estranha é desconfortável.
Eu e Marco ainda não havíamos trocado olhares e nem palavras, ambos estavam incomodados com a situação. Agradeço por isso, odiaria ser a única a estar estranha.
Larissa permaneceu quieta o restante do jantar e só sorria ou respondia perguntas direcionadas a ela.
- Vamos tomar uma dose? - Eduardo convida o outro que concorda com a cabeça.
- Acho que ele já bebeu demais. - Larissa fala calma enquanto nos ajuda a retirar a mesa.
- De novo? - Ele vira os olhos de uma forma que eu nunca vi.
- Faz tempo que não sei o que é isso. - Comento tomando um gole do meu suco, não posso beber devido a amamentação - Sentar e conversar sem ser sobre fraldas e leite.
- Não é tão ruim assim. - Marco fala comigo pela primeira vez. - São engraçadas as histórias. Lembra da vez que ele fez xixi em você?
- Qual das trezentas?
Ele da uma risada alta, realmente esse dia foi engraçado. Atendi o telefone aos prantos dizendo a ele que não conseguia trocar uma fralda sem ser ensopada pelo xixi do meu filho. Sete dias depois chegou uma capa de chuva em casa. Remetente? Marco.
O final da noite foi divertido e coberto de risadas com histórias do Eduardo e da Gabi, começando pelo acampamento no meio do mato do Natal anterior.
Marco levantou-se para ir ao banheiro, cambaleou um pouco e seguiu seu caminho.
Continuamos conversando e dividindo experiências quando ouço o chorinho do Pedro.
Levanto rapidamente e peço licença indo até o quarto que meu filho está dormindo.
Quando estou próxima o choro para e eu continuo para conferir se ele está acordado.
Marco está parado ao lado do berço que a minha amiga fez questão de comprar. A única claridade é a do abajur com luz baixa ao lado.
O meu coração bate forte enquanto me aproximo e vejo que ele está acariciando os cabelos loiros do Pedro que chupava a chupeta ao se entregar novamente ao sono.
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