Procura-se um pai romance Capítulo 27

- A chupeta caiu. - Sussurrou e transferiu o olhar pra mim.

Concordei com a cabeça e ele deu um sorriso sem mostrar os dentes, continuamos nos olhando e algo dentro de mim vibrava e saltava com tenta euforia que eu mal conseguia deixar as mãos paradas.

- Obrigada. - Agradeço sincera e retribuo o sorriso.

Ele encurta o espaço entre nós e coloca o rosto extremamente próximo ao meu, as nossas respiração se misturam e eu sinto o cheiro fraco de uísque saindo entre os seus lábios.

Minha respiração fica descompassada, essa proximidade era demais pra mim, não conseguia pensar em nada a não ser em como seria beija-lo.

Como seria a textura dos seus lábios e o gosto da sua língua?

Ele se aproxima mais um pouco e eu o que está prestes a acontecer. Quero me sentir culpada por isso, mas não consigo, o que sinto por ele intensifica conforme ele se aproxima. Não posso deixar esse beijo desviar para a testa novamente, mas também não quero que ele traia a mulher que está na sala.

Entro em conflito comigo mesma pensando na melhor opção. Antes de decidir qual é, sinto os lábios carnudos roçarem nos meus e a respiração quente na minha boca. Ele fecha os olhos e aperta.

- O que eu faço, Amélia? - Ele sussurra com a voz preenchida de preocupação, ainda com os lábios encostados nos meus.

Os pelos do meu corpo se arrepiam e tudo o que eu consigo pensar é em como desejo isso.

Acaricio sua barba com uma dor imensa no peito, eu quero o Marco, quero mais do que qualquer coisa nesse mundo.

Sentir os seus lábios foi uma das coisas que eu mais sonhei nesse último ano. A sensação de alívio saiu com o ar entre os meus lábios antes de iniciar o beijo. Sua língua entrelaçou na minha e em seguida as suas mãos grandes seguraram a minha cintura enquanto apertava levemente.

Arfei com seu toque, minhas mãos deslizam pelas costas dele, larga e forte. Quero rasgar a sua roupa e a forma da qual ele me beija também diz que ele quer o mesmo.

Marco se desaproxima rapidamente e de repente, abro os olhos e vejo seu braço ser segurado por uma mão feminina.

- Estão malucos? - Gabriela da bronca em um sussurro. - Qual o problema de vocês? Com a Larissa na sala, juram?

- A culpa foi minha. - Marco balança a cabeça algumas vezes.

- Não foi culpa sua. - Retruco. Não houve culpados, os dois queriam, ou não?

Marco não falou mais nada e saiu do quarto atordoado. Coloco as duas mãos na boca após perceber na besteira que havíamos acabado de fazer, meus olhos ardem e a angústia cobre o meu peito por completo. Ele está voltando pra ela.

- Que merda eu fiz? - Sussurrei encarando os olhos tristes da minha amiga.

- Sabe que eu quero vocês juntos, que torço por isso. Mas vocês deveriam ter feito antes dele casar, antes disso tudo acontecer e a mulher dele estar na minha sala. Vocês deveriam ter feito isso no natal passado, esse natal já é tarde demais, amiga.

As palavras da Gabi entraram como farpas no meu corpo, o pior foi entender que aquilo era a mais completa verdade.

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