Resumo do capítulo Capítulo vinte e oito de Procura-se um pai
Neste capítulo de destaque do romance Romance Procura-se um pai, Katrina Cortesia apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Fiquei no quarto da minha amiga até todos irem embora, não tinha cara para voltar lá e fingir que nada aconteceu.
Eu estou quebrada em cacos há muito tempo e não consigo me reconstruir, pois toda vez que tento me quebro mais ainda.
Gabriela entra no quarto e cruza os braços encostada no batente. Percebo que estávamos só nós duas, Edu que costumava dormir aqui também foi embora, imagino que a pedido dela.
- Desculpa por dizer aquilo, eu não tinha o direito.
- Tinha sim. - Garanti um pouco envergonhada - O que eu faço agora?
- Olha - Ela caminha até a cama e senta ao meu lado - Como mulher eu diria pra você esquecer pois ele já é casado. Agora, como prima dele e sua melhor amiga, eu aconselharia vocês a ficarem juntos.
- Sou uma egoísta.
- E ele é um orgulhoso, e por isso vocês não estão juntos agora. Um vai ter que ceder.
- E se não der certo?
- Eu não acredito mais no amor se vocês não derem certo.
**
As semanas corriam, e meu emprego novo era maravilhoso. Era em uma empresa de materiais cirúrgicos também, porém dessa vez eu era vendedora e ganhava quase o triplo do que recebia aquela época.
Mesmo não sendo no mesmo lugar que a Gabi, nós tentávamos almoçar juntas todos os dias, alguns dele o Edu estava portanto era só risada.
- Meninas, preciso ir. - Ele avisou ao guardar o celular - O trabalho me chama.
Beijou os lábios da minha amiga e deu aceno de mão pra mim antes de sair apressado. Gabi suspira feliz.
- Vocês combinam demais. Nunca imaginei que falaria isso, há um ano atrás você o odiava.
- Nem me fale. Mas falando nisso, daqui dois dias é Natal, você vai voltar nos seus pais?
- Provavelmente, minha mãe está me ligando todos os dias, se eu não voltar é capaz dela ter um troço! - Conferi o celular para ver se tinha mensagem da Monique, a babá do Pedrinho.
Era uma mulher de quarenta anos, melhor amiga da mãe da Gabi, extremamente carinhosa e apaixonada pelo meu filho. Confiava muito nela, porém sempre estava alerta.
- Vocês poderiam vir também, não é? - Convidei esperançosa.
- Eu iria amar! Vou falar com o Edu, mas com certeza ele topa.
- Vai ser otim...
- Amélia? - Escuto a voz atrás de mim e meu corpo enrijece.
Meu queixo cai e eu daria tudo para ver a cara da Eliza ao saber dessas notícias.
- Sério?
- Sim. Estou fazendo Direito agora, quero abrir uma empresa. Mas enfim... - Estendeu a mão para um aperto e eu faço o mesmo. Ele mexe no bolso e me estende um cartão de visita. - Podemos manter contato.
- Por quê? - Questionei um pouco confusa, mas ele sorriu.
- Ora, você carregou um filho meu por meses - Os olhos brilhavam tristes toda vez que ele se referia ao filho.
Me senti culpada e arrasada com as coisas que Henry dizia, parte de mim se sentia um monstro, mas a outra insistia que eu agi certo.
Sentei na mesa intacta vendo a Gabriela com as mãos tampando a boca.
- O que foi isso? - Ela perguntou.
- O universo conspirando contra mim.
- O universo quer a sua cabeça, querida.
- E esta conseguindo.
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