A notícia de que existia a probalidade dos Vasconcelos ir até a casa dos meus pais os irritaram. Não tirava a razão deles, pois essa família abandonou meu filho e me expulsou.
Eliza com certeza já está pagando pelos seus pecados, pedaço por pedaço. Morrer com o filho a odiando é pior do que morrer queimada.
Pedro foi a cidade com a Gabi e o Edu, eles viviam pra cima e para baixo com o meu filho e eu já tinha certeza que eles seriam os padrinhos, já que aquele bebe gordo adorava eles.
Fico perdida nos meus pensamentos enquanto estou no sofá da sala. Penso em como tudo mudou tão rápido em pouco tempo, há um ano atrás eu estava aqui nessa mesma casa apavorada com a ideia de que teria um filho, Marco estava solteiro, não sabia quem era o pai do meu filho e ainda não tinha sido chutada pela Eliza. Sem contar que ainda meus pais ligavam para perguntar de mim, e não do neto.
- O que te preocupa, pequena? - Meu velho senta ao meu lado e estica o braço no sofá, colocando-o atrás de mim.
- Tantas coisas, pai. O Natal me deixa nostálgica. - Confessei soltando o ar.
- Realmente essa época do ano trás lembranças, todos os anos eu lembro do seu primeiro natal.
Virei o pescoço pra ele, seus olhos iluminados me encararam amorosos e sinto seu polegar acariciar meu ombro.
- Já faz muito tempo.
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